Moro e a ironia do destino

Ironia do destino é uma expressão usada quando o futuro acaba surpreendendo de alguma forma e que, a partir de um ponto de vista popular, é visto como "aqui se faz, aqui se paga", com o significado de que se a pessoa cometeu alguma injustiça pagará pelo seu pecado ainda em vida

Moro e a ironia do destino
Moro e a ironia do destino (Foto: Reprodução)


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Ironia do destino é uma expressão usada quando o futuro acaba surpreendendo de alguma forma e que, a partir de um ponto de vista popular, é visto como "aqui se faz, aqui se paga", com o significado de que se a pessoa cometeu alguma injustiça pagará pelo seu pecado ainda em vida.

Por sinal, há a música de Zé Ricardo e Thiago cuja letra diz:

O que se faz se paga, nessa vida pode crer;

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Se faz o bem pode ter certeza tudo pode acontecer.

E se o mal invadir sua mente, aí você vai ver.

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Em paralelo há a "Lei do Karma", um sistema filosófico medieval, que apresenta especulações de natureza mística, esotérica e taumatúrgica, afirmando que o universo é uma emanação divina e que, portanto, o mal em algum momento será derrotado.

Assim, eis que não mais que de repente são divulgados diálogos altamente comprometedores, prejudiciais não só aos envolvidos mas também demolidores dos julgamentos condenatórios promovidos pelos agentes do "direito" Moro e Dallagnol.

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E o que dizem os dois e seus apoiadores? Fogem do conteúdo (e assim comprovam a sua veracidade) e tendem a se fixar na forma, alegando que foram grampeados, que houve vazamento etc. etc. Esqueceram-se que grampearam e vazaram conversas da então Presidente Dilma com o ex-Presidente Lula? Ou que grampearam os escritórios dos advogados de defesa do Lula? Eis aí a ironia.

Por outro lado, há malfeitos conexos. O primeiro a recordar se relaciona com a enorme expectativa gerada com a operação batizada de "Lava-Jato", recebida como um sopro de esperança para o combate efetivo à corrupção. Criaram uma enorme e louvável expectativa na nossa gente. Assim, não há como não recriminar a dupla Moro e Dallagnol (e comparsas de todos os estamentos) – apagaram a chama da esperança, da crença na imparcialidade da Justiça.

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Mais que isso, identificados os corruptos e os corruptores nas mais diversas operações, ao invés de punir os indivíduos, penalizaram severamente as empresas e instituições nacionais envolvidas, a ponto de provocar insolvência, falência e absurda contribuição na queda do nível de emprego. Afora o favorecimento indireto (?) aos concorrente externos. As petroleiras e outras corporações estrangeiras têm muita a agradecer à Lava-Jato.

Adicionalmente houve a interferência na campanha eleitoral de 2018. E os diálogos divulgados, mostram claramente o viés eleitoral, politiqueiro e criminoso da dupla pernóstica. Não podem ficar impunes. Que se aplique neles e caterva o que aplicaram os tais "domínio do fato", as tais "evidências" que condenam apesar da gritante ausência de provas. Que se lhes deem amplo direito de defesa que negaram, principalmente ao Lula, mas que, acima de tudo, a confiança no Judiciário seja restaurada.

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Há contudo, muito mais. Não se pode perder a oportunidade de levar às barras da Lei, os consorciados da grande mídia que deram respaldo, cobertura e sustância à pantomima criada para ferir a Democracia. Em especial à Globo cujo desserviço ao país vem de muito tempo.

Certamente nem todos se lembram ou tiveram acesso aos primórdios sórdidos da Globo. Vale lembrar rapidamente alguns momentos de triste memória. Em 1962 por ocasião da luta para instituir o 13º salário para os trabalhadores, o jornal "O Globo" publicou, em letras garrafais, uma manchete que dizia que as empresas faliriam se esta medida fosse implantada (alguém faliu por isso?). Depois apoiou e foi um dos alicerces do golpe de 1964 (cumpre lembrar que a Globo cresceu a partir daí) e, passados vinte anos vieram a público pedir desculpas por terem apoiado a ditadura.

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Dar o tapa e esconder a mão tem sido uma das especialidades da Globo. Voltaram ao jornalismo rastaquera e tendencioso, apoiando e estimulando vergonhosamente sucessivos episódios de afronta à Democracia e à Constituição. Tentaram inviabilizar os segundo mandato do Lula, se empenharam a fundo na deposição da Dilma, em conluio com figuras tais como Eduardo Cunha, Temer e apaniguados todos comprovadamente corruptos (alguns já apenados e outros ainda apaniguados).

Buscaram um "salvador da pátria" e ao longo do processo eleitoral de 2018 foram procurando personagens que seriam vendidos ao público como tal. E chegaram, sem outra alternativa, ao Bolsonaro e sua equipe de transtornados.

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Fora a autêntica palhaçada de figuras exóticas assentadas em Ministérios importantes, há um guru astrólogo que orienta a menta confusa do Presidente, bem como (ou seria mal como) seus filhos, cuja performance espanta até os parceiros da empreitada demolidora da esperança e do futuro da nação.

Assim a consequência atual da Lava-Jato distorcida pela dupla Promotor do Power Point e Juiz de várzea é o Bolsonaro, cujos assustadores resultados em poucos meses são o ataque aos direitos humanos e ao patrimônio público mediante um entreguismo sem igual, a contribuição ao aumento da violência do desemprego e do desalento, o conluio com milícias, o dilacerar da Constituição e a crescente e recordista rejeição aqui e lá fora.

Contudo, o sofrido povo brasileiro é melhor do que essa elite equivocada, focada no próprio umbigo e distante dos princípios humanista fundamentais e aí reside a esperança. O povo tomando as ruas gritando: LULA LIVRE!

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