Moro admite que auxílio-moradia é salário disfarçado para juízes e promotores
A explicação de Moro não convenceu ninguém nesta parte do Hemisfério porque, somada ao salário e ao auxílio-moradia, alguns integrantes da lava jato ainda faturam alto com palestras cujos valores não precisam ser declarados

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O juiz Sérgio Moro admitiu nesta sexta-feira (2) que recebe o auxílio-moradia de R$ 4,3 mil como um salário adicional disfarçado. O magistrado da lava jato é proprietário de um imóvel em Curitiba, no bairro Bacacheri, a 3 km da Justiça Federal do Paraná, no bairro Ahú.
“O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”, admitiu.
O juiz Sérgio Moro tem salário mensal de R$ 28 mil, mas é acrescido de verbas indenizatórias e vantagens eventuais. O valor bate no teto constitucional de R$ 33,7 mil ao mês. Nesse caso, o auxílio-moradia não é computado como salário no contracheque. Ele vem “a mais”.
A explicação de Moro não convenceu ninguém nesta parte do Hemisfério porque, somada ao salário e ao auxílio-moradia, alguns integrantes da lava jato ainda faturam alto com palestras cujos valores não precisam ser declarados.
Além de Moro, os três desembargadores do TRF4 que condenaram Lula — Leandro Paulsen, João Pedro Gebran Neto e Victor Luís dos Santos Laus — também recebem a pecúnia (dinheiro) a título de auxílio-moradia, embora eles possuam imóveis próprios em Porto Alegre.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247