Moraes sentiu a pressão ou Anderson Torres contou o que sabe?

Ou já teria sido acertada uma delação de Mauro Cid, o que daria margem para Moraes libertar um golpista e manter o cerco contra o mandante dos atos de 8/1?

Alexandre de Moraes e Anderson Torres
Alexandre de Moraes e Anderson Torres (Foto: ABR)


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O ministro Alexandre de Moraes surpreendeu o país na tarde desta quinta-feira (11) ao determinar a soltura do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. O aliado de Bolsonaro estava preso desde de 14 de janeiro, acusado de omissão na política de Segurança durante os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília. 

Alexandre de Moraes impôs oito medidas cautelares para conceder liberdade provisória a Torres. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do cargo de delegado federal, proibição de usar redes sociais e de deixar Brasília. Ministro anotou que o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas vai levar Torres de volta à prisão.

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No momento em que escrevo este artigo, a pergunta que se faz é: o que levou Alexandre de Moraes a dar esta guinada e libertar Anderson Torres? Ao justificar sua decisão, o ministro do STF argumentou sucintamente que “as razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram”, e que a prisão preventiva já alcançou sua finalidade com a realização das últimas diligências. 

No mesmo dia da libertação de Anderson Torres, vem à tona a notícia de que ele aparece em conversas conspirando contra a corte. E, mais grave, arquitetando uma hipotética e golpista prisão de um ministro do STF, possivelmente Alexandre de Moraes, e que este magistrado "deveria ser deixado em local incerto e não sabido".

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O ministro Moraes vinha sendo alvo de críticas de juristas, políticos, membros do Ministério Público e até dentro da própria Suprema Corte, por sua atuação no caso envolvendo plataformas digitais e o PL das Fake News e na investigação contra Bolsonaro por falsificação de registro de vacina. Teriam estas críticas influenciado na decisão do ministro da Suprema Corte? Ou será que o ex-ministro Anderson Torres fez alguma revelação sobre a conspiração do golpe de 8 de janeiro? Ou ainda já teria sido acertada uma delação do tenente-coronel Mauro Cid, o que daria margem para Moraes libertar um golpista e ao mesmo tempo manter o cerco contra o mandante dos atos de 8 de janeiro? 

Cenas para os próximos capítulos desta novela golpista. 

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