MiShel Temer toma sua mesquinhez para medir o povo brasileiro

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Querida Pastora Mirian Preto, Cruz Alta, RS

A senhora me surpreendeu, para minha alegria, ao visitar a minha linha do tempo no Facebook e curtir a postagem que escrevi sobre a jovem combatente Deborah Fabri. Além disso, é pastora na Terra de Érico e de Fernando Veríssimo e do prof. Rafael Freitas Barbosa.

Sua visita a mim, sabendo de minha postura, é sinal maravilhoso de uma religiosa evangélica que valoriza o Credo Social de sua igreja, lamentavelmente abandonado por muitos, inclusive pelos seus bispos.

Que bom isso. Num universo de pastores/as e padres absolutamente alienados/as e irresponsáveis com nosso País, homofóbicos e fundamentalistas dá esperança encontrar pessoas de fé e não fanáticas desenraizadas da realidade. Obrigado.

Pois o presidente sem votos e golpista, MiShel Temer, participando do encontro G20 na China, desbordou sua alma obscura para declarar sua verdadeira visão a respeito do povo brasileiro.

Que o usurpador presidente é fruto de articulações urdidas nas sombras e produto de 61 estupradores canalhas da Constituição, todos sabemos. Que é mesquinho e pequeno, também. Mas que ele mesmo mostre isso de si mesmo é interessante.

Pois MiShel demonstrou a medida com que mede as lutas no Brasil usando a centimetragem com que mede a si próprio, como caberia dizer a partir do filósofo sofista grego clássico (480-411 a. C.) que ensinou que "o homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são." O Evangelho também não deixa uma afronta dessas sem a devida orientação, ainda mais indicativa das consequências contrarias à mediocridade do golpista. Diz Lucas: "Por que a mesma medida que vocês usarem para os outros, será usada para vocês" (6, 38).

No Brasil o usurpador golpista foge das multidões como, por exemplo, nas Olímpiadas quando covardemente pediu para que o seu nome não fosse proclamado pelo sistema de som do Maracanã, temendo as vaias que levou. Não saí às ruas e não viaja por aqui porque sabe que seria rechaçado. Tanto que cometeu falta de ética e desrespeito internacional ao fugir do encerramento do maior evento esportivo da terra.

Mas na China, longe do povo e através da mídia golpista, meteu bronca não no imperialismo com quem fala fino nem no mercado para quem arria tudo nem aos bancos para quem se curva, mas nos movimentos sociais organizados, que o denunciam com todas as letras e criatividade como golpista e traidor no mais amplo sentido.

O golpista usurpador da presidência declarou a jornalistas que as resistências a ele se dão por parte de movimentozinhos, de grupos de poucas pessoas.

Projeta em sua falsa e mentirosa análise jogada pela mídia, tentando fazer a opinião pública brasileira crer o que todo o mundo sabe que não é. Como legítimo representante da avaliação vira lata da vida e do Brasil – e sua legitimidade se dá somente nisso – tenta diminuir a resistência popular à sua posse como consequência perversa de um golpe parlamentar de Estado, apequenando os avanços populares tomando as ruas de quase todas as capitais todos os dias desde o fatídico 31 de agosto.

A pequenez desse cidadão é a régua de seu currículo. Tomo mais uma vez o artigo do filósofo Vlademir Safatle, que descreve muito bem a biografia do golpista como "um 'presidente' citado três vezes na Operação Lava Jato como beneficiário direto de corrupção e condenado pelo TRE-SP por doações ilegais. Uma figura especializada em conspirações, acostumada aos bastidores escuros do poder, liderando uma casta política disposta a usar de toda violência estatal necessária para compensar sua falta absoluta de legitimidade e seu medo atávico de eleições", membro de um partido oportunista nascido do ventre da ditadura e dominado por coronéis acostumados a abusos e autoritarismos na ânsia de seus negócios espúrios e do capitalismo mais atrasado e injusto nas relações com as pessoas.

Esse é o homem raso e pequeno que vê o mundo com sua própria medida e, pior, apequena a classe trabalhadora de seu País e o seu ímpeto por mudanças contra o golpe.

Vergonhoso que não tenhamos mais um chefe de Estado e de governo à altura do Brasil. Esse que está aí é pequeno e rastejante, que foge do povo e da democracia.

Tão vil e menor é o MiShel que fala e mente desde o grande País Socialista Chinês onde a classe trabalhadora das cidades e dos campos foi protagonista de uma revolução que libertou a China da mais desumana miséria e a colocou no patamar de a maior economia do mundo.

A impressão que dá é de que o ocupante usurpador do Palácio do Planalto e sua claque de canalhas vivem fora do mundo real. Dentro do Brasil foge do povo brasileiro e se ajoelha em orgasmos para os representantes dos Estados Unidos que, vindo às Olimpíadas, foram ao seu encontro para lhe dizer que os caminhos do golpe estavam certos. Teme até demorar muito em sua própria posse espúria porque sabe que o povo o rejeita, demonstrando isso em pesquisa. 68 % já se deram conta de que o enganou, apesar de todas as mentiras da mídia golpista.

Com a afirmação de que a resistência do povo brasileiro é "movimentozinho" o golpista provou nossa reação.

Devemos aceitar essa provocação e reagirmos com vigor forte e rigoroso para varrermos do poder os vendilhões do Brasil e assassinos da democracia, com o ator de bastidores e esgotos do poder agindo às sobras deslealmente, como está sobejamente provado.

A ofensa ao povo brasileiro, desferida por esse golpista é altamente grosseira, desrespeitosa e ferina à nossa tradição quilombola, cabana, farrapa, abolicionista, mineira pela República e de todas as lutas que derrubaram os tiranos e plutocratas opressores.

O desenho da história da alma brasileira é progressista, libertário, democrático e soberano e não reacionário como o quer esse branquelo, que já teria sumido do senário nacional se não fossem Lula e Dilma, que o convidaram a formar a governabilidade, que ele traiu por mesquinharia, pequenez e egoísmo.

Fora, Temer. Abaixo o golpe. Empurrado pelo povo!

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