Milu Vilela ignora Doria e diz: “Não vamos fechar a exposição!”

Jornalista Alex Solnik comenta a reação de Milu Vilela, que dirige o Museu de Arte Moderna, diante da reação de grupos de direita, como o MBL, e do prefeito João Doria no sentido de proibir a performance em que um ator fica nu diante da plateia. "Não podemos caminhar para trás. A cultura ocidental proclamou em 1968: é proibido proibir. É dela que fazemos parte. Povos saudáveis pedem ao estado a ampliação das liberdades; só povos doentios pedem que o estado os censure", comenta Solnik

Jornalista Alex Solnik comenta a reação de Milu Vilela, que dirige o Museu de Arte Moderna, diante da reação de grupos de direita, como o MBL, e do prefeito João Doria no sentido de proibir a performance em que um ator fica nu diante da plateia. "Não podemos caminhar para trás. A cultura ocidental proclamou em 1968: é proibido proibir. É dela que fazemos parte. Povos saudáveis pedem ao estado a ampliação das liberdades; só povos doentios pedem que o estado os censure", comenta Solnik
Jornalista Alex Solnik comenta a reação de Milu Vilela, que dirige o Museu de Arte Moderna, diante da reação de grupos de direita, como o MBL, e do prefeito João Doria no sentido de proibir a performance em que um ator fica nu diante da plateia. "Não podemos caminhar para trás. A cultura ocidental proclamou em 1968: é proibido proibir. É dela que fazemos parte. Povos saudáveis pedem ao estado a ampliação das liberdades; só povos doentios pedem que o estado os censure", comenta Solnik (Foto: Alex Solnik)


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A frase de Milu Vilela a respeito da pressão de grupos de direita, como o MBL para proibir a performance em que um ator fica nu diante da plateia em exibição no Museu de Arte Moderna, que dirige, tem alguma coisa da célebre proclamação de Dolores Izaguirre, La Pasionária na Guerra Civil Espanhola contra os fascistas de Franco: "No pasarán"!

O pretexto para censura foi encontrado no dia em que uma criança, acompanhada da mãe, interagiu com o ator, tocando em seu tornozelo.

Mentes doentias ou contaminadas pelo clima policialesco-moralista que assola o país enxergaram nesse gesto algo semelhante a pedofilia.

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A partir desse falso pressuposto passaram a exigir o fim da apresentação e uma investigação (?) foi iniciada.

A arte criminalizada!

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O prefeito João Doria mais uma vez mostrou que seu rótulo de "novo" não tem respaldo na realidade. Teve reação típica de autoridades de regimes obscurantistas e arcaicos:

"Tudo tem limite".

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Em outras palavras: se o museu fosse seu ele fecharia a exposição.

Não podemos caminhar para trás. A cultura ocidental proclamou em 1968: é proibido proibir. É dela que fazemos parte.

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Povos saudáveis pedem ao estado a ampliação das liberdades; só povos doentios pedem que o estado os censure.

Eu já vi ditadores queimando livros, mas cidadãos querendo que o estado censure a arte é algo inédito.

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É masoquismo coletivo.

Não podemos ficar a reboque de uma manada de descerebrados.

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Não há censura em nosso país. O artigo 5º. da constituição garante o livre direito de expressão.

Queiram ou não, ela está em vigor.

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Quem não gosta de uma exposição, não vá; mas querer impedir outras pessoas de ir é extrapolar os limites democráticos.

Felizmente ainda temos, a resistir contra esses surtos autoritários pessoas como a herdeira do Banco Itaú.

Ela sabe que enquanto a arte for livre os brasileiros também serão.

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