Michelle e o modus operandi Bolsonaro
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A cada investigação sobre um crime de Bolsonaro e sua família, se desata mais nós de esquemas, que podem levar a novas linhas de investigação. Já sabíamos que o Brasil foi governado por uma milícia, mas cada vez mais o escândalo parece não ter fim. E nós não merecíamos isso. A noção de tempo é relativa. Cada vez que olhamos Bolsonaro desafiando a democracia e as leis, como se fosse um intocável, olhando suas expressões faciais no dia-a-dia, maior é a indignação de cada um no país. E Bolsonaro é o símbolo de uma extrema-direita moderna, apesar de seus apoiadores serem na maior parte, o tiozão do pavê. O que esse tempo faz com nossos corações é o aumento da indignação e o que faz com o símbolo é a profanação jurídica. Por muito menos, Dilma foi retirada do poder.
Michele Bolsonaro, que está cada vez mais enfraquecida com os escândalos dos depósitos e uso indevido de dinheiro público, está mostrando um modo de agir da família Bolsonaro para conseguir driblar a todos. Isso vem de berço. É o que vai condenar Flávio Bolsonaro pelas práticas de rachadinha. O esquema de Michele, rodava o mundo até chegar em suas mãos. Desenhando: Tudo começava pelo Orçamento Secreto. O montante abastecia a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), presidida pelo Bolsonarista Marcelo Andrade Moreira Pinto, apadrinhado pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). Esta empresa, acusada de corrupção, contratou uma empresa chamada Cedro do Líbano. Esta empresa, depositava dinheiro para o ajudante de ordens do Bolsonaro, que está preso. Ele sacava o dinheiro vivo para pagar o cartão da Rosimere, famosa amiga de Michele, que pagava suas contas.
Percebam que sempre tem um esquema de desvio que roda caminhos diferentes para despistar os crimes. A tentativa de lavagem de dinheiro foi uma popularização italiana, mais precisamente da máfia italiana, da qual Bolsonaro se orgulha de falar que é italiano. Porém o termo foi cunhado pela primeira vez pelo jornal The Guardian, com o Caso Watergate, que derrubou o presidente Nixon. Cada vez mais o cerco se aperta para desvelar o quanto fomos governados por piratas. Somente lembrando que a avó de Michelle cumpriu pena por tráfico. A mãe se envolveu em falsidade ideológica e lesão corporal. Um tio de Michelle está preso por envolvimento com a milícia. Outro tio por estupro.
Enquanto os escândalos se multiplicam, o termo ética cada vez coloca-se em debate. Garcia (2012) nos diz: “O campo da personalidade corresponde àquilo que seja comum a natureza humana, pois, as diferenças entre pessoas e seus costumes, envolve o individuo como um todo, além dos aspectos da personalidade que representa as características das pessoas e respeitam os padrões consistentes do comportamento”. Os comportamentos inadequados dizem muito a respeito aos comportamentos anteriores de vida da pessoa. É necessário uma reforma íntima, para trabalhar um comportamento indevido, coisa que certamente não aconteceu com Michele e sua família, afinal, a lista de prática de crimes só aumentam a cada aprofundamento das investigações.
Existe uma discrepância entre o excesso de poder e a falta de orientação para utilização do poder é chamada de crise da ética na pós-modernidade. Vázquez (2002) diz que o comportamento prático-moral do cidadão, como ser social, sucede a reflexão sobre ele. Enquanto isso, Michele se desculpa de seus atos dizendo que Bolsonaro era pão-duro e isso levou a esse imbróglio, que em sua cara-de-pau, acha totalmente louvável.
Talvez por isso ela usa tantos cremes na pele.
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