Michel Zadan entrevista Evson Malaquias

(Foto: Reprodução/YouTube)


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Por Michel Zaidan 

O professor dr. Evson Malaquias, professor-titular do Centro de Educação, é um dedicado pesquisador que vem revolvendo as entranhas da sua instituição e obrigando os seus pares a enfrentar as mazelas do passado recente na UFPE. Em consequência disso, vem sofrendo muitas perseguições. Vamos, nessa oportunidade, entrevistá-lo sobre seu bom combate travado na UFPE.  

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PERGUNTA- Professor Evson, quem conhece sua trajetória academica e política,  sabe que você vem de uma tradição de esquerda mais ortodoxa e se entregou, posteriormente, ao estudo do imaginário político da sociedade brasileira. E tem dado contribuições relevantes nesse campo. O que o fez mudar de enfoque, em suas pesquisas?

Em primeiro lugar, quero agradecer-lhe por esta oportunidade de conversar com o grande público, e por você utilizar-se de seu tempo e imagem à minha pessoa. Fico-lhe grato por tanta honra.

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Pois, bem, sim, sem dúvida vim de um campo “ortodoxo”, se podemos dizer assim. Tive influência marxista, advinda das lutas estudantis contra a ditadura. Ser marxista, na conjuntura, era lutar contra este regime discricionário. Mas minha maior influencia foi o leninismo. Li muito mais Lenin do que Marx. A revolução era nossa meta. Foi no movimento estudantil da FESP – hoje UPE – que assumi as lutas estudantis, inclusive, a de transformar a FESP, uma fundação, numa Universidade. Vencemos. Estudava Educação Física que se alojava em Boa Viagem – ainda é hoje lá o curso. Fui do DCE e da UEP entre os anos de 1982/1983. Fui cassado [quando estava] na presidência do DCE com argumento de que tinha sido reprovado em uma disciplina. Na época da ditadura, reprovação impedia o acesso aos cargos estudantis e de representação, mesmo com apoio e desejo dos estudantes. Fui do MR-8, saí, e anos depois, acho que uns 5 anos, entrei no PCB. Fui candidato a vereador no Recife por esse partido em nome de um partido aproximado das classes populares – o PCB neste época era dominado pela classe média e seguidor do PMDB. Éramos contra. Defendíamos aproximações com o PT. Minha campanha fora feita pegando ônibus, pois não tínhamos carro para deslocamento, até que um estudante de UFRPE, Raimundo Malheiros, cedeu seu carro, um fusquinha; ele motorista, eu não sabia dirigir, para que eu pudesse levar as mensagens à classe trabalhadora.  

Bem, entrei na UNICAP, acho que em 1987, no curso de História. Continuei influenciado pelo marxismo, pois os professores, quase todos, eram marxistas. O prof. Aluisio era marxista “convicto”, como referem-se os documentos sobre seus monitorados, sendo uma das principais referências intelectuais lá.

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Bem, depois desse breve percurso, foi no doutorado em Sociologia da UFPE, sob a influência do professor Paulo Henrique Martins, que tomei contato com Cornelius Castoriadis sobre o campo do imaginário. Tenho um apreço grande por Paulo Henrique por sua generosidade comigo e com todos seu alunos. Antes de entrar no mestrado da UFPE eu vendia coisas na rua para sobreviver. Durante toda minha graduação na UNICAP, eu sobrevivia nas ruas com vendas, sem carteira assinada, sem proteção social. Posso dizer que era um lumpem proletariado neste momento da minha vida. O que quer dizer é que não sou “cria” da UFPE com bolsas de todo tipo como hoje – talvez, por isso, não sou uma pessoa fácil de ser manipulada e controlada pelas “forças ocultas” da UFPE. Tive que ralar muito para sobreviver. Ao ter oportunidade do mestrado de Ciência Política, que nos possibilitou aproximações com o senhor – e já sabia, vagamente, que o senhor tinha proximidades com o PCB – facilitou muito minha adaptação no curso. E isso, você não sabe, muito obrigado.

Pra encerrar, esta resposta longa, desculpe-me, o estudo do imaginário social faz parte da minha trajetória: a luta pela emancipação no sentido castoriadiano. O estudo do imaginário social é o estudo da busca pela autonomia econômica, política, cultural. A minha prática política na UFPE é influência castoriadiana. Castoriadis me ajudava também a pensar a cultura brasileira: o patrimonialismo, o coronelismo urbano, o patriarcalismo etc. Paulo Henrique nos ofertou a teoria da Dádiva, a partir dos seguidores de Marcel Mauss. A minha tese de Doutorado, “Brasilidade e a democracia escolar. O jeitinho, a malandragem e as formas autoritárias”, segue esse caminho.

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PERGUNTA - De um tempo para cá, seu programa de pesquisa tem sido os movimentos politíco-estudantis na UFPE. [Diga] A partir de quando se fez essa escolha temática e se havia alguma motivação especial?

Foi por acaso, Michel. Antes de falar no movimento estudantil na UFPE, meu primeiro objeto de pesquisa foi propriamente a UFPE. Eu pesquisava o patrimonialismo nas gestões educacionais e escolares. Ao tomar contato com documento sobre a UFPE, nas pesquisas das bibliotecas, percebi que era importante tentar conhecer para compreender a UFPE sob seus obstáculos para as transformações profundas que ela precisava ter.

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Comecei com o fundador Joaquim Amazonas. Minha primeira pesquisa publicada em livro sobre este tema “O reitorado de Joaquim Amazonas através das atas do Conselho Universitário”. E não foi à toa. No estudo do imaginário, na perspectiva que adoto, a fundação de uma organização é importante para se entender o seu desenvolvimento histórico. Qual narrativa sobre a fundação? Quem foi seu fundador? Qual classe social, contexto, motivação? Ora, sabemos que é o presente que faz viver uma certa narrativa sobre o passado e que o presente, as forças hegemônicas institucionais, trabalham a idealização e a ilusão com esse momento. Purifica-a. Ou seja, despolitiza-a (no sentido político e filosófico), aliena e evita a criticidade. A administração pode-se até compreender tal atitude, mas não ao pesquisador. O papel do pesquisador deve ser sempre a da crítica e não do pieguismo de bajulação. Isso incomoda. Apresentando num dos encontros do PIBIC, um professor de História alertou-me publicamente: Não desmitifque o fundador Joaquim Amazonas, pois a apresentação da pesquisa era Joaquim Amazonas como “mito fundador” da UFPE, antes, Universidade do Recife.

Pois bem, foi recente este foco. Não me lembro bem, mas foi quando li questões da ditadura nas universidades, e por que não aqui? Corrijo: foi o senhor e Arleandra que me colocaram neste objeto: a UFPE no tempo da ditadura. O senhor promoveu um debate sobre o livro de Arleandra, o DOPS em Pernambuco. Adorei a discussão – os meus estudantes saíram maravilhados de lá. A partir daí, elaborei projeto sobre este objeto e caí em campo. Comecei a levantar documentos dos órgãos de informações no Arquivo Público Jordão Emereciano e no Arquivo Nacional sobre docentes. Descobri documentos que tratavam sobre Cajá, muitos mesmos, e aí, decidi focar no movimento estudantil, em particular, sobre a perseguição, prisão e tortura, na perspectiva dos órgãos de informações. O livro já se encontra em segunda edição, revista e ampliada, Cajá está sendo torturado e você vai à aula?

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PERGUNTA - Você e sua equipe de jovens pesquisadores, nos legaram um bom estudo sobre papel da mídia, diante das violações dos direitos humanos, no regime militar. Como você define a posição ambígua e hesitante da imprensa sobre esses pontos  criticos?

Não é exclusivo da imprensa no geral. Venho defendendo da necessidade de realizarmos o luto sobre este passado. Não podemos e nem devemos jogá-lo para debaixo do tapete como historicamente os intelectuais e “pessoas públicas” de esquerda vêm fazendo. Os fantasmas sempre voltam quando não os enfrentamos de cara, de frente.

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Publiquei o livro de como o jornal O Globo construiu a imagem de Herzorg e justificou o seu assassinato pelo governo ditatorial – refiro-me ao livro “Sentidos, investimentos e afetos de O Globo acerca do assassinato de Vladimir Herzog em outubro de 1975”. Também pesquisei e publiquei, em artigos, sobre como este mesmo órgão jornalístico (!?) construiu e fabricou as imagens dos manifestantes do Rio de Janeiro e criminalizou-os. Recebi dos advogados do Rio de Janeiro congratulações por eles, já que utilizaram da minha pesquisa para defender os manifestantes nos tribunais. Fiquei muito orgulhoso disso: uma pesquisa com influência direta no destino dos lutadores.

Assim, você vê que as violações de direitos são históricas na imprensa. Mas não é somente uma questão da imprensa. Veja a UFPE. Ela conviveu por décadas com o Estatuto da ditadura. Somente agora, [de] uns 3 anos pra cá, estamos com um Estatuto novo. Apesar de ter sido instituído de forma autoritária – resquícios do passado?. Pergunto-me se esta omissão nossa por décadas não é um indicador das formas e forças hegemônicas autoritárias que continuam presente nas práticas institucionais.

Mesmo com o fim da ditadura, tomemos o ano de 1985 como marco da grande negociação nacional conservadora; tivemos 4 reitorados, por 16 anos, que tinham vínculos com o projeto da ditadura. Somente em 2003, com Amaro Lins, este ciclo se encerra. Mas, continua trabalhando com o Estatuto da ditadura, fazendo produção mítica sobre o fundador da UFPE, e uma reitoria que estava a serviço do governo Lula, e não da UFPE. Não era assim também na ditadura? Repetindo o passado?

Pra encerrar, dois exemplos atuais: o reitor atual, Alfredo Gomes Macedo, estuda parceria com o Ministério do Exército sobre memória institucional deste órgão autoritário, a demissão do pesquisador de História Mondaine da TV, por censura, por parte da Reitoria. E, por fim, a celeuma que foi no Centro de Educação, a proposta de mudança do nome do auditório Carlos Maciel – representante da ditadura - para um outro, e a resistência velada de professores para a sua manutenção. São três exemplos recentes... e fortes, de como este passado comanda ainda o presente. Observe que são pesquisadores das áreas de humanas. A Pós-Graduação foi criada pela ditadura. Enquanto mito fundador, não quer dizer algo? “Mitos” que não são problematizados no campo do imaginário retornam e continuam com força comandando.

PERGUNTA- Mais recentemente você nos entregou estudos sobre a prisão e o processo do estudante Caja e tocou numa questão crítica que foi a omissão dos órgãos durigentes da UFPE em relação à perseguicão política sofrida por ele. Como você avalia o papel das reitorias da UFPE em face do regime militar?

Este é um passado que precisamos passar a limpo. Precisamos realizar o luto. Forças políticas que querem que este passado fique recalcado são grandes. A luta será difícil, mas não impossível. Está em andamento uma pesquisa com minha equipe sobre o reitorado de Murilo Guimarães, o primeiro reitor da ditadura.

Já indiquei anteriormente como será difícil mudarmos. Esqueci de acrescentar algo: a gestão atual é protegida pela família Coelho. Família que teve grande participação nos governos da ditadura. Outro indicador importante sobre a cúpula da UFPE.

O que eu posso adiantar é que aguarde um livro denso com muitas informações e análises sobre o reitorado de Murilo Guimarães e seu contexto, provavelmente para 2023, e um outro a ser publicado no segundo semestre de 2022, sobre o movimento estudantil de esquerda e de direita na UFPE, na sua relação institucional com as administrações.  

Em síntese, os professores, e não poucos, foram partícipes diretos das administrações autoritárias educacionais e governamentais. Poucos levantaram-se contra.

PERGUNTA - Agora, na hora presente, você corajosamente vem pondo o dedo nas sequelas deixadas pela inconclusa Justiça de Transição no Brasil, apontando as sobrevivências autoritárias, servis e clintelísticas que aparecem nas placas, nomes, homenagens gravadas nas paredes da instituicão, favorecidas ou patrocinadas pelo regime militar. Você não acha que a UFPE precisa fazer um ajuste de contas com esse passado ainda vivo, que convive teimosamente com a democracia e a busca de passar a limpo essa triste história?

Sem dúvida, Michel. Você toca num ponto central: a constituição de uma Comissão da Verdade da UFPE. Uma Comissão da Verdade não para inglês ver, mas uma Comissão que coloque o dedo na ferida. Não deve ser uma Comissão para agradar a todos, pois, se isto acontecer, ela será apenas uma grande negociação de bastidores para permanecer do jeito que está.  

Tomei conhecimento de que a reitoria atual está pensando em constituir uma Comissão da Verdade. Esta já nascerá morta. Esta reitoria já demonstrou pra que veio: protegida pelos Coelhos, parceria com Exército e Polícia, atacando o direito de cátedra como foi com Mondaine, e seu grupo político, parte dele, contra mudança do nome do auditório, representativo da ditadura, já diz tudo.

Mas se conseguirmos construir uma CV de baixo pra cima, com discussões amplas pelos três segmentos universitários, discutindo finalidade, objetivos, constituição, etc, aí acho que esta terá uma contribuição grande a dar ao Brasil.

PERGUNTA - É do conhecimento público o constrangimento administrativo e disciplinar que a atual administração da UFPE vem impondo a você, inclusive com obstrução ao devido processo legal e o princípio da ampla defesa, em razão de sua  luta de denúncias acerca da sobrevivência autoritária na UFPE e a necessidade de  enfrentá-la, em nome da democracia e dos direitos humanos. Como avaliar essas perseguições, injustiças e ilegalidades, à luz dessa transição politico-acadêmica incompleta, e as sobrevivências da ordem militar na UFPE?. Mais ainda a omissão de muitos colegas que permanecen calados diante dessas injustiças?

Pois é. Você tocou num ponto de muita violência que estou sofrendo de forma sistemática pela reitoria da UFPE. Digo Reitoria, pois a Comissão de Sindicância, instituída pelo reitor, que encaminha processo contra minha pessoa vem deliberada e sistematicamente passando por cima das leis.

Venho denunciando também e informando a comunidade universitária o que vem acontecendo.

Michel, eu interpreto isso como continuidade do patrimonialismo conservador e modernizador, para pegar emprestado de Paulo Henrique, e que a UFPE é parte desse projeto da classe dominante burguesa, territorial, latinfundiária e especulativa. A Universidade surge em 1946 para dar resposta à crise econômica que a classe produtora e industrial da cana e dos empresários urbanos – que são os mesmos - [viviam]. A universidade surge depois da Segunda Guerra Mundial. A cana de açúcar [estava] em queda no mercado internacional e local – a disputa com São Paulo é histórica.

A Universidade do Recife não surge para proteger as 400 mil pessoas que moravam nos mocambos (pretos e pretas), os 60% de analfabetos em Recife, as milhares de crianças que viviam na prostituição. Ela surge para ter quadros preparados para auxiliar e proteger o mercado e o Estado que lhe serve. Uma Universidade com preocupação social surge dependendo do professor, como Nelson Chaves, que se preocupava com a fome e a desnutrição. Ora, ele tinha proximidade com a “esquerda”, como Naide Teodósia, que era comunista. Ou seja, esses professores, e poucos outros , eram os que davam uma conotação social, mas eram marginais do ponto de vista do projeto institucional, apesar do prestígio social e institucional que detinham.

Na ditadura de 64, a UFPE viveu de parcerias com o empresariado para aumentar produtividade do grande mercado. Esta pesquisa ainda precisa ser feita. Não me detive neste estudo. Alguém que trabalha Sociologia e Geografia Econômica como Economia, precisa iniciar estudos sobre essas parcerias para dar a magnitude dessas vinculações orgânicas da UFPE com o empresariado.

Eu venho dizendo que a UFPE foi capturada pelo mercado desde a origem. Os reitorados atuais continuam esse projeto com novas maquiagens: defesa da democracia, antirracista, igualdade de gênero, etc., imposta pelas lutas sociais que têm impacto no interior da universidade. Mas este impacto é retórico, superficial. Basta ver a violência institucional que estou sofrendo como outros professores que não fazem parte da panela. Não podemos esquecer a denúncia de racismo no concurso público realizado recentemente no departamento de Método e Técnicas de Ensino, no Centro de Educação

Venho alertando, também, que não haverá democracia com instituições públicas privatizadas. A UFPE, como já disse Damatta, tem dono – quando se referia aos “donos das festas”. Saiu da privatização dos representantes da ditadura, e agora se encontra privatizada por uma certa “esquerda” domesticada ao capital. Ela é mais perigosa já que não tem vergonha em falar e divulgar pautas dos marginalizados e espoliados (gays, pretos, trabalhador rural, indígena, quilombolas). Mas só aceitam esses que forem do seu grupo, da sua panelinha. Os outros marginalizados são espoliados, massacrados com toda fúria. Pior: aproveitam-se da pandemia para, a partir da burocracia, dizer quem manda na UFPE já que ela tem dono. O uso da lei é só quando lhe interessa.

Quanto a omissão, podemos ter um conjunto de variáveis interligadas, mas vou focar numa importante que traz coesão à instituição: benesses oferecidas pelo Rei. Não há como fugir dessa prática tão comum, institucionalizada. Cargos, bolsas, viagens, editais, etc, são oferendas que cobram compromissos. Se seguirmos Mauss, “dar, receber e retribuir” é a tríade do vinculo social. É também, em sociedades desiguais, como a nossa, cooptação e fortalecimento da dependência.

Mas podemos adicionar outras variáveis: pandemia, impondo enclausuramento forçado, fortalecendo a exclusão – menos a da burocracia, que se fortaleceu com ela; podemos incluir, também, o neoliberalismo, que estimula competição e individualismo, eliminando o sonho de projetos emancipatórios; o tempo histórico é da ultradireita, e ele transpassa as instituições sociais, inclusive, as universitárias – a universidade assimila bem a lógica autoritária de Bolsonaro, mesmo, na votação, não estando com ele. Mas a prática é a mesma.

Espero não ser processado novamente por manifestar meu pensamento que, em parte, aprendi aqui na UFPE. O Espírito que ronda a UFPE não é a do manifesto comunista, mas a espada de Bolsonaro

Assim, termino dizendo que a UFPE é ANTI-REPUBLICANA, ANTIDEMOCRÁTICA E ANTI-ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO.

Agradeço mais uma vez, Michel, por essa oportunidade dada por você numa conjuntura muito autoritária e violenta.

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