Merval (Globo) pede penico — Zelotes, HSBC e Receita vem aí...

Merval mexeu os pauzinhos, politicamente. Afinal, o Governo é importante anunciante. Além disso, a Receita existe e a Zelotes e o HSBC também. As Organizações Globo pediram penico. Por enquanto...

Merval (Globo) pede penico — Zelotes, HSBC e Receita vem aí...
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Ao ler a coluna de Merval Pereira, no O Globo, percebe-se, nitidamente e claramente, que não se trata apenas de um juízo de valor do próprio jornalista, mas, sobretudo, da opinião de seu patrão, João Roberto Marinho, membro de uma das famílias mais ricas do Brasil e um dos donos de oligopólio midiático sem precedentes no mundo, pois, além de controlar a informação no Brasil, bem como pautar a vida da sociedade brasileira, as Organizações(?) Globo se transformaram em um poderoso partido político, que combate, sem trégua, os partidos e os governantes que, porventura, não seguem suas cartilhas de interesses econômicos e políticos.

Toda pessoa que conhece um pouco de história do Brasil sabe dos procedimentos "globais" de enfrentamento político, principalmente no que concerne a combater os políticos trabalhistas eleitos pelo povo brasileiro, a exemplo de Dilma, Lula, Brizola e Jango, com destaque para Getúlio, porque este estadista liderou a Revolução de 1930, um verdadeiro movimento revolucionário que deu fim à Política do Café com Leite, o que evidenciou, definitivamente, o fim da escravidão, bem como se deu início à revolução industrial brasileira, a alavancar a entrada do Brasil na era moderna.

São exatamente esses processos desenvolvimentistas que o grupo empresarial, do qual Merval Pereira é um de seus porta-vozes, sempre combateu. Não interessa à família Marinho a independência econômica e militar do Brasil, bem como a plena emancipação do povo brasileiro, que historicamente é impedido de ter acesso ao ensino escolar de boa qualidade, além de lutar, incessantemente, para melhorar sua condição de vida em todos sentidos.

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Quero ressaltar e lembrar aos navegantes que existem milhões de brasileiros que não tem ainda acesso ao esgotamento sanitário e à água potável. E, evidentemente, que a maior parcela de responsabilidade é de direito e dever dos municípios e dos estados, cujos políticos, sem generalizar porque não seria justo, teimam em protelar o direito sagrado de as pessoas beberem água limpa e poderem usar o vaso sanitário, e, com efeito, libertarem-se das humilhações e, principalmente, das doenças, que causam sofrimento e podem levar o enfermo à morte. Ponto.

Contudo, Merval Pereira baixou a poeira em nome da família Marinho, especialmente o de João Roberto, um dos irmãos do trio de empresários que luta para realizar o desejo de governar o Brasil, a valer suas agendas, que, obviamente, não são as mesmas do PT, de seus eleitores e de suas lideranças, que pensam e procedem de maneira diferente no que tange à administração do Estado, às empresas públicas, às questões econômicas e diplomáticas, além dos programas e projetos efetivados pelos governos trabalhistas de Lula e Dilma, no decorrer de 13 anos.

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A verdade é que Merval Pereira, em nome dos Marinho, pediu penico, afinal sabe-se que mesmo um grupo empresarial poderoso tem seus limites, ainda mais quando quem está no poder não faz parte do seu círculo social, de amizades e, principalmente, de influência. Realmente a família Marinho, na pessoa de João Roberto e por intermédio da coluna concedida pelos patrões ao Merval, resolveu ponderar e pedir moderação aos golpistas.

Por sua vez, torna-se imperioso lembrar que as mídias dos Marinho sempre apoiaram e cantaram loas e boas aos políticos do triunvirato de direita de caráter golpista (PSDB, DEM, PPS) que há mais de um ano, inacreditavelmente e irresponsavelmente, estão a lutar pela efetivação de um golpe à moda paraguaia, porque, simplesmente, são representantes de uma oligarquia antidemocrática, de essência elitista e preconceituosa, que se recusam a aceitar o resultado das eleições presidenciais de 2014 vencidas pelo Partido Trabalhadores de Dilma Rousseff e Lula.

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Entretanto, Merval Pereira (leia-se João Roberto Marinho) escreveu texto de aviso ao PSDB que, na verdade, é um editorial, apesar de assinado pelo escriba de direita. A família Marinho sabe que o momento da oposição ao Governo, a incluir o grupo Globo, não é dos melhores. O jornal O Globo e a revista Época estão a ser processados por causa das leviandades e covardias perpetradas contra o ex-presidente Lula e seu filho, Luís Fábio — o Lulinha. Além disso, outros processos irão às barras da Justiça contra tais Organizações(?).

Trata-se do caminho tortuoso e cheio de labirintos daqueles que incorrem, de forma sistemática, em leviandades, para, propositalmente, transformar o jornalismo em uma tribuna de oposição à mandatária eleita, a espezinhá-la e desrespeitá-la de todas as formas e maneiras, pois a finalidade é impedi-la de governar, bem como colocá-la contra a parede, no sentido de acuá-la e, com efeito, enfraquecer seu governo ao paralisá-lo.

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Esse processo político e jurídico é sujo, porque se traduz em ações políticas baixas, a repercuti-las como se fossem democráticas e republicanas a imprensa dos magnatas bilionários e patrões do Merval Pereira, com o objetivo de dar-lhes uma conotação de legalidade, o que causa confusão à parcela importante da população, que, de alma conservadora e reacionária, torna-se ainda mais violenta, preconceituosa e intolerante, como acontece, agora, nas ruas, nos lares e nas redes sociais.

Trata-se de atos e ações tão descabíveis e desinteligentes que se chegou ao ponto de autoridades e ex-autoridades do Governo Federal, ou que simplesmente pertençam aos quadros do PT, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, serem ofendidas e desrespeitadas por coxinhas de classe média, estupidamente despolitizados, ferozes e histéricos, que insistem em impor suas "verdades" àqueles que não coadunam com seus pensamentos, ideias e propósitos. O nome para este tipo de procedimento atende pela alcunha de fascismo. Na veia!

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Mas, agora, o discurso é outro. O PSDB, conveniente e obediente, atendeu aos puxões de orelhas de Merval. Primeiro rifou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se tornou um aliado inconveniente, porque, acusado de corrupção e com contas não declaradas na Suíça, transformou-se em um cadáver político, que esqueceu de se "enterrar". Depois o PSDB votou contra o Fator Previdenciário, uma criação dos próprios tucanos, o que realmente é um absurdo, mas ratifica que o ódio é o combustível dos tolos e dos imprudentes. Além do mais, os tucanos resolveram ser contra a CPMF e a reeleição presidencial. Só que também esses dois assuntos foram também ideias aprovadas, no passado, pelos políticos do PSDB. Eles são coerentes, não são? Ou são irresponsáveis?

Depois disso tudo, e não satisfeitos ainda com suas incongruências e contradições movidas por oportunismos estratégicos, conveniências partidárias e ódios políticos, o PSDB pensou em sabotar ainda mais o Governo Dilma, quando pensaram em votar contra a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), instrumento fundamental que vai permitir ao Governo ter margem de manobra, no que diz respeito ao Orçamento. Logo depois, os tucanos anunciaram que vão votar a favor. Será que foi o artigo do Merval que demoveu o PSDB de ser contra a DRU? Ou é mera coincidência...

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Essa ferramenta, a DRU, foi criada pelo PSDB, uma forma de contornar a rigidez das verbas vinculadas. Similar a este processo são os casos das pedaladas, que os governos, em qualquer esfera de poder, realizam em favor de cobrir um setor, que naquele momento se encontrava sem verbas ou com elas aquém do que é necessário, a criar com isto dificuldades administrativas, bem como colocar em perigo projetos e programas importantes, no caso, para o povo brasileiro.

Se não fosse assim, todos os mandatários seriam derrubados ou apeados do poder, inclusive os presidentes dos Estados Unidos, o país amado pelos coxinhas de classe média e também pela casa grande brasileira. Trata-se de política de baixo nível efetivada, sobretudo, pela imprensa mercantil de Merval Pereira e seus patrões bilionários que, na verdade, recuaram em seus afãs golpistas porque compreendem muito bem o momento político, de embates e conflitos, que radicalizou a política brasileira. Os Marinho e seus empregados de confiança, a exemplo do Merval, sabem dos processos das Organizações(?) Globo que correm na Receita, bem como, aí, sim, não sabem como podem terminar os escândalos HSBC e Zelotes.

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Afinal, as famílias oligarcas de todas as mídias cruzadas e controladoras de poderosos monopólios também tem seus pontos fracos, que geralmente envolvem muito dinheiro, questões fiscais, tráfico de influência, remessas de lucros e contas no exterior. Fragilidades que não acometem somente os coronéis midiáticos e da imprensa alienígena, mas também a grande maioria do empresariado brasileiro de diferentes negócios e segmentos da economia.

Trata-se de um salseiro de tiros, e salve-se quem puder! Neste momento, a família Marinho tem o interesse estratégico de apaziguar os ânimos, diminuir o tiroteio e umedecer a pólvora. Como se dissesse: "Governo, não quero mais dar golpe de estado à moda paraguaia e midiática (por enquanto), não porque eu fiquei democrática, boazinha e sensata, mas porque eu não sei como vão acabar certos escândalos que podem atingir a mim e a meus sócios, como os da RBS". Ponto.

Merval (Marinho) puxou as orelhas da rapaziada ansiosa, tresloucada, neurótica, sempre a pensar que o Brasil e a sociedade brasileira existem para lhes servir porque se consideram herdeiros da casa grande de alma escravocrata. O escriba e servidor da alta burguesia disse ao PSDB que é bom parar, mas, apesar de criticar o impeachment contra a Dilma, que ele e seus patrões sempre apoiaram e desejaram, ressalto que o jornalista, cinicamente e hipocritamente, ainda considerou que derrubar a presidente petista do poder é como se fosse legítimo e justo, porque "consta na Constituição".

Merval falou igual aos coxinhas replicadores da imprensa de negócios privados; ou os replicadores coxinhas falam igual ao Merval? A verdade é que existe uma simbiose entre a imprensa familiar e golpista e os coxinhas reacionários de classe média, que odeiam o Brasil e detestam ver pobres a ocupar os espaços que eles sempre consideraram como "deles".

Enquanto isto, o Brasil espera por estabilidade política e recuperação econômica, que virão com o tempo e não vai demorar muito, não. E por quê? Porque a crise é política e, não, econômica. A verdade é que a crise tem nome: imprensa! É visível que o Brasil está a iniciar sua recuperação. Os últimos números e índices das bolsas, de empresas como a Petrobras, dentre outras dos segmentos públicos e privados, demonstram, inquestionavelmente, que a crise brasileira não é o crocodilo ou o tubarão que a imprensa de mercado dos magnatas bilionários sonegadores de impostos apresentam aos brasileiros.

A crise, reitero, é muito mais política do que econômica e visa a queda de Dilma Rousseff e a inviabilização de uma possível candidatura Lula às eleições de 2018. Merval sabe disso, bem como os Marinho, na pessoa de João Roberto. A imprensa de direita tem DNA golpista. Por causa disso conspira e apoiou as pautas bombas aprovadas ou elencadas para serem votadas no Congresso, e, com efeito, prejudicar o orçamento do Governo e suas ações sociais e estruturais.

Estratégias draconianas, a não se importar com o Brasil e nem com a manutenção dos empregos dos trabalhadores brasileiros. Tudo em nome da luta política e do ardor da direita, já há algum tempo transtornada, porque deseja retomar o poder presidencial de qualquer jeito ou maneira. Merval Pereira faz parte dessa engrenagem escabrosa e metodicamente engendrada, que não respeita limites civilizatórios, ao ponto de as empresas Globo se valerem de vazamentos seletivos e direcionados, retirados de um contexto maior, que são os processos em segredo de justiça, manuseados e manipulados por servidores públicos, que trabalham na PF, no MP e no Judiciário, mas que, inacreditavelmente e criminosamente, transformam-se em manchetes eleitoreiras de oposição ao Governo Trabalhista e às lideranças do PT.

Merval é apenas um parafuso da máquina moedora de reputações, que são as Organizações Globo(?), por intermédio de canhões como o Jornal Nacional, o jornal O Globo e a revista Época, sendo que estão a ser processados, apesar de o jornal de João Roberto, onde trabalha o Merval Pereira, ter se desculpado com o Lulinha em uma "errata" publicada na capa de O Globo, que, se não fosse a TV Globo, estaria falido. Merval mexeu os pauzinhos, politicamente. Afinal, o Governo é importante anunciante. Além disso, a Receita existe e a Zelotes e o HSBC também. As Organizações Globo pediram penico. Por enquanto... É isso aí.

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