Mentiroso serial
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O Conselho de Ética vai apurar nos três próximos meses se Eduardo Cunha mentiu à CPI da Petrobrás quando disse que não tinha contas na Suíça. Não serão levadas em conta as eventuais mentiras posteriores nem as proferidas em outro espaço que não seja o da CPI. Mentir em outras dependências da Câmara dos Deputados e em outras circunstâncias, como em entrevistas à imprensa, pode. Mas ele vai continuar sustentando que não mentiu.
Ele não mentiu quando disse que não tinha contas na Suíça. O diabo é que os extratos foram enviados pelo banco à Procuradoria Geral da República e já publicados pela imprensa. São falsos? Parece que não. E por que as contas foram bloqueadas pela Justiça suíça? Perseguição? Se foi isso, por que ele não protestou? Ele não protestou, mas sustenta que não mentiu.
Ele não mentiu quando disse que o dinheiro era da carne que vendeu para a África. O diabo é que ele não deu essa justificativa logo que foi denunciado na Lava Jato! Não seria mais prático ter apagado o incêndio naquela hora? Bastava dizer: “Que nada, não recebi propina, o dinheiro é de comércio exterior”. Ele não fez isso, mas sustenta que não mentiu.
Ele não mentiu ao dizer que vendeu carne em lata. O diabo é que não tem uma lata ou a foto da lata e nem uma nota fiscal para mostrar, só o passaporte com viagens à África. Mas ele garante não mentiu.
Ele não mentiu quando disse que o depósito de 4,8 milhões feito por um dos presos da Lava Jato dizia respeito, provavelmente, à devolução de um empréstimo que teria feito ao amigo do peito Fernando Diniz que já morreu. O diabo é que o filho – acusado de ter autorizado o pagamento – diz que jamais ouviu falar desse empréstimo.
Há quem sugira que, quando não restar mais saída e ele estiver à beira de ser preso, o deputado adote a solução do pai de Duda Mendonça, que ficou conhecida como “a mentira final”.
Para escapar de mafiosos que vieram buscá-lo na Bahia a fim de assumir o compromisso de casar com uma moça italiana, irmã de um deles, o famoso pintor, com ajuda dos amigos Jorge Amado, Dorival Caymmi e Caribé fingiu-se de morto, com direito a sepultura e lápide no cemitério.
Os mafiosos voltaram à Itália, ele continuou vivo e sua jovem mulher deu à luz aquele que seria um dia o famoso publicitário que criou o Lulinha, paz e amor.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247