Mentira, desinformação e canalhice
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O presidente Jair Capiroto adora fingir que se preocupa com o povo. Diante da insatisfação dos caminhoneiros e de todos que dependem de combustíveis para trabalhar, se deslocar ou para cozinhar, ele faz uma cena, parecendo preocupado com os abusivos preços praticados desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, há quase cinco anos.
Ao fazer isso, joga o povo contra os governadores dizendo que o problema é o ICMS, imposto estadual. Ora, o ICMS sempre existiu e as alíquotas praticamente não mudaram, como podemos ver abaixo:
Acre – 17%, Alagoas – 12%, Amazonas – 18%, Amapá – 18%, Bahia – 18%, Ceará – 18%, Distrito Federal – 18%, Espírito Santo – 17%, Goiás – 17%, Maranhão – 18%, Mato Grosso – 17%, Mato Grosso do Sul – 17%, Minas Gerais – 18%, Pará – 17%, Paraíba – 18%, Paraná – 18%, Pernambuco – 18%, Piauí – 18%, Rio Grande do Norte – 18%, Rio Grande do Sul – 18%, Rio de Janeiro – 20%, Rondônia – 17,5%, Roraima – 17%, Santa Catarina – 17%, São Paulo – 18%, Sergipe – 18%, Tocantins - 18%
O que mudou, então? Quando o PT governava o Brasil, a política de preços levava em conta o custo de extração e refino, as margens da Petrobrás e as variações dos preços internacionais, mas havia uma questão que estava acima de todas: o impacto na economia nacional, na inflação e na vida das pessoas. Por isso, acusavam o governo de “manipular” os preços. Pois bem. Veio o golpe, a inflação desandou, o dólar subiu e o que aconteceu? Entre julho de 2017 De julho de 2017 até janeiro de 2021, o preço do barril do petróleo aumentou 15,40%, mas a direção da Petrobras aumentou em 59,67% o preço da gasolina e em 42,64% o do diesel nas refinarias. O GLP (gás de cozinha) subiu 130,79%, oito vezes mais que o INPC no mesmo período de 15,02%.
A atual direção da Petrobras finge ignorar que a empresa é do povo, portanto não pode se basear apenas no lucro, mas na sua função social.
O presidente da República que mentiu como nunca na questão da pandemia, mente de forma criminosa na questão dos combustíveis, atacando os governadores e, portanto, o pacto federativo. Coisa de canalha, que acha que o povo será enganado, outra vez.
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