Medidas anticorrupção
Os tentáculos da corrupção se espalham no Brasil e no exterior, com envolvimento de pessoas ligadas ao poder e à influência para captação de clientela e o aumento do lucro financeiro, cujo retorno para a Nação não pode ser expresso na capacidade de perda de pontos no produto interno bruto
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Os tentáculos da corrupção se espalham no Brasil e no exterior, com envolvimento de pessoas ligadas ao poder e à influência para captação de clientela e o aumento do lucro financeiro, cujo retorno para a Nação não pode ser expresso na capacidade de perda de pontos no produto interno bruto.
As medidas anticorrupção lastreadas no ponto de apoio da força tarefa são necessárias e devem contar com a participação e colaboração da sociedade civil. A estratégia para se computar perda na produção é equivocada, pois quantos bilhões foram retirados da saúde, educação, transporte, hospitais, disso poucos ou quase ninguém se ocupa ou preocupa.
A exemplo do Ministério Público Federal, são imprescindíveis medidas fortes para o combate diuturno da corrupção que chafurda a Nação e nos coloca em desvantagem perto das nações desenvolvidas. Um aspecto relevante é ampliarmos a concorrência e diminuirmos o peso do Estado na ordem e no domínio econômico, pois que as estatais sempre circundam uma influência de conotação política, o que foge do lastro da meritocracia.
Não haverá qualquer pessoa livre da corrupção e completamente despreocupada com os rumos da economia enquanto a corrupção for preponderantemente marcante e o estilo de grandes empresas que apontam, no cenário local e internacional, suas vantagens, em cooptar e coonestar com o dinheiro público.
Acaso no Brasil a investigação tome rumos distintos, no exterior, notadamente no EUA e na Suíça, as coisas acontecem de forma dinâmica, diferente e multidisciplinar. Enquanto temos meios pouco eficazes do controle da remessa do dinheiro e da sua circulação, fora a coisa se comporta bem distinta, com o rastreamento e o monitoramento, de tal modo que, em poucos dias, já ficamos sabendo quem são os titulares e a origem ilícita dos valores.
O maior contributo dessa megaoperação, começada e ainda que tarda por findar diante das monstruosidades encontradas em comportamentos delinquenciais, diz respeito ao alimpamento da contratação e dos perfis dos interessados nos contratos da administração pública.
O governo jamais poderia se cercar em um grupo de grandes empresas e nele se apoiar para os seus projetos de sobrevida, já que o fundamental é termos um conjunto de grandes, médias e pequenas empresas que sirvam de diretriz para o futuro da mão-de-obra e notadamente para a distribuição dos serviços.
Quando constatamos que nossa economia se apoia em 95% de micro empresas e aquelas empresas de pequeno porte, já observamos que o mercado é assimétrico e, por causa dessa grave anomalia, as disputas não são concorrências, mas se estabelece uma diagramação da deslealdade.
Com efeito, na medida em que dez ou doze empresas, de antemão, sabem que somente elas e exclusivamente por suas mãos devam passar as grandes obras de infraestrutura, direta ou indiretamente, por meio de consórcios já previamente estabelecidos, tudo que temos fica reduzido a pó.
Expliquemos, pois, o raciocínio, a abertura do mercado é o ponto crucial, a transparência, fundamental, e a anotação do dinheiro público imprescindível, eis que os mecanismos de controle administrativos sempre tardam e não são muito eficazes ou mesmo eficientes.
Aplaudamos as medidas propostas num total de dez pelo Ministério Público Federal, na sua hercúlea missão de dar um basta, ou pelo menos desencorajar, a quase todos, de enveredarem pelo espinhoso e tenebroso caminho da corrupção sem volta.
As mentes devem ser despoluídas e, quando se tiver a absoluta certeza da punição, todos refletirão de modo a desistirem desse quadro sombrio e tenebroso que carcome as regras do serviço público e nos torna reféns de um jogo de interesses entre um clube fechado dominante do poder econômico.
O momento de apoiarmos as medidas propostas é agora, quem se propuser a reconstruir o País fique alerta e os demais que projetam consentir de modo expresso ou tácito com o silêncio eloquente frente à corrupção que se preparem para os desvios, vicissitudes e destruições do amanhã.
Estamos tomando de goleada e esse jogo merece uma reviravolta por meio da sociedade civil organizada e consciente daquilo que pretende e deseja para o amanhã do Brasil.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247