Massacre de Paraisópolis não pode ficar impune

"A primeira medida do governador, se quiser mostrar que discorda da atuação truculenta e desproporcional dos policiais que resultou em nove mortos, seria afastar o coronel Marcelo Vieira Salles do comando da PM. Entre janeiro e junho deste ano, a polícia que ele comanda matou 414 pessoas", escreve o jornalista Alex Solnik

João Doria
João Doria (Foto: Governo do Estado de São Paulo | Reprodução)


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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

Em levantamento publicado n’ O Estado de S. Paulo a 20 de março de 2015, os repórteres Felipe Resk, Marcelo Godoy e Rafael Italiani traçaram o mapa da letalidade dos batalhões da Polícia Militar em São Paulo responsáveis pelo patrulhamento da cidade.

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Depois de analisar 745 casos com 923 mortes, entre 1/1/2014 e 28/2/2015, a reportagem constatou que o agrupamento que mais matou foi o 16º. Batalhão, com 26 mortes em 20 ações.

Ele se localiza na Zona Oeste, área de policiamento que estava, então, sob chefia do coronel Marcelo Vieira Salles.

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A 16/4/2018 o coronel Marcelo Vieira Salles foi promovido a comandante-geral da PM de São Paulo pelo governador Márcio França, que substituiu Geraldo Alckmin.

O novo governador, João Dória, o confirmou no posto em 2019.

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Especialista em controle de distúrbios civis, ele tem que ser responsabilizado, além dos PMs que participaram do ataque, pelo massacre da PM na favela de Paraisópolis.

A primeira medida do governador, se quiser mostrar que discorda da atuação truculenta e desproporcional dos policiais que resultou em nove mortos e que repudia a política de segurança de Bolsonaro, seria afastar o coronel Marcelo Vieira Salles do comando da PM.

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Entre janeiro e junho deste ano, a polícia que ele comanda matou 414 pessoas.

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