Mario Amato e Antônio Ermírio votariam em Lula

'Na lista de Lula, os empresários Mario Amato e Antônio Ermírio veriam os mais respeitados operadores da economia liberal', escreve o colunista Moisés Mendes

Mario Amato (círculo, à esq.), Antônio Ermírio de Moraes (círculo, no meio) e Luiz Inácio Lula da Silva
Mario Amato (círculo, à esq.), Antônio Ermírio de Moraes (círculo, no meio) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação / Reprodução)


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Por Moisés Mendes, para o 247

Mario Amato e Antônio Ermírio de Moraes não iriam reconhecer ninguém dos empresários que apoiam Bolsonaro, se fossem ressuscitados só para testemunhar o desfecho de quatro anos de terror.

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Antônio Ermírio morreu em 2014 e Amato em 2016. Se retornassem no metaverso, nem seriam apresentados à lista de colegas empresários bolsonaristas. Não saberiam quem são, porque nem de Bolsonaro eles se lembram.

Teriam diante deles o que importa, a lista de economistas liberais que apoiam Lula. Explicariam a eles que não há uma lista semelhante dos que apoiam Bolsonaro e Paulo Guedes.

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Na lista de Lula, eles veriam os mais respeitados pensadores e operadores da economia liberal brasileira, os que detêm o maior acervo de reputação, da direita à esquerda.

Não são alguns dos mais brilhantes, mas os mais brilhantes mesmo. Antônio Ermírio e Amato saberiam, porque quase todos são do tempo deles. 

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Armínio Fraga, Elena Landau, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Resende, Pérsio Arida, Andrea Calabi, André Esteves, Henrique Meirelles.

Até José Roberto Mendonça de Barros juntou-se a essa turma. Todos votam em Lula com voto aberto, declarado, público, explicitado, juramentado.

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Todos têm ao redor dos 70 anos, com exceção de André Esteves e Elena Landau. Nenhum precisa provar mais nada a ninguém, depois de trabalharem para o governo, Banco Central, George Soros, Itaú, universidades, Pactual e grandes grupos.

Já ganharam, perderam e empataram o que tinham que fazer na vida.

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E aí Antônio Ermírio e Amato perguntariam: e o Gustavo Franco ficou de fora?

Diriam que sim, que Gustavo Franco não tem bola para fazer parte desse time. Explicariam que Franco é hoje mais dramaturgo flutuante do que economista, desde aquele probleminha no câmbio lá em 1999.

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Antônio Ermírio lembraria que ele também andou escrevendo para teatro. E ficariam ali, ele e Amato, tentando entender o que se passa no Brasil num tempo tão estranho.

E aconteceria o momento mais emocionante do reencontro, quando Antônio Ermírio e Amato confessariam que votariam em Lula.

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Se Armínio Fraga está com Lula, se até José Roberto Mendonça de Barros, Pedro Malan e Neca Setúbal estão com Lula, não há do que duvidar.

Eles sabem o que fazem, diria Amato a Antônio Ermírio, ambos surpresos e ao mesmo tempo felizes com a própria decisão de apoiar Lula. 

E Antônio Ermírio perguntaria a alguém sobre qualquer nome com algum poder econômico real e respeito incondicional que apoia Bolsonaro.

Não há, responderiam. Só gente do novo varejo de utilidades chinesas, diria um economista presente. De qual varejo? – insistiria Antônio Ermírio. E a resposta seria: do varejo da extrema direita.

Amato e Antônio Ermírio iriam se entreolhar e sorrir. De vez em quando, em momentos graves, o Brasil poderia receber a visita de alguns mortos.

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