Marina chora lágrimas de crocodilo e, messiânica, não aceita o debate
Se a candidata do PSB se considera a heroína da “nova” política, então porque seus principais técnicos de economia são pessoas que defendem um modelo econômico para o Brasil derrotado e fracassado em todo planeta?
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A presidenta Dilma Rousseff passou quatro anos a ser atacada impiedosamente pelas publicações e televisões da imprensa de mercado e desrespeitosamente pela oposição do PSDB e de seus aliados do DEM e do PPS. Além disso, durante todo seu mandato foi duramente atacada pelos coxinhas de classe média, que a xingaram de todos impropérios possíveis e imagináveis porque, ideologicamente e politicamente, não concordam com a mandatária, com o PT e, enfim, com o programa de Governo e projeto de País implementado há 12 anos, desde quando os trabalhistas chegaram à Presidência da República, em 2003.
Marina Silva abandonou o PT, partido pelo qual foi filiada por 27 anos, bem como a agremiação que lhe propiciou a galgar cargos importantes como os de ministra de estado e de senadora. Contudo, Marina, tal qual a Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, esqueceu tudo, sendo que FHC pediu a quem o ouvisse que esquecesse tudo o que ele escreveu. Marina, por seu turno, foi cooptada pela direita e, como um boto amazônico, sente-se muito bem em seu novo habitat, pois já que ela se diz ecológica e, como tal, está a vicejar em novos ecossistemas, a exemplo dos espaços naturais aos banqueiros e aos capitães das grandes corporações nacionais e internacionais.
Entretanto, Marina Silva se sente, convenientemente, acuada pelo PT, por Lula e Dilma, e seus aliados de última hora da imprensa oportunista e de negócios privados tomaram suas dores, e atacam, por intermédio de suas manchetes mequetrefes e rastaqueras, a candidatura e a pessoa de Dilma Rousseff, além de Lula, evidentemente, que se transformaram, através da ótica da imprensa alienígena e de Marina e seus aliados, nos Lobos Maus da história da Chapeuzinho Vermelho.
Marina ataca seus adversários violentamente, pois rancorosa e vingativa, desde quando ela foi preterida por Lula para ser candidata à presidenta da República. Em seu lugar, Lula preferiu Dilma, pois administradora e política mais preparada, que exerceu cargos de relevância no Rio Grande do Sul, como secretária municipal de Fazenda de Porto Alegre e, posteriormente, secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. Além disso, Dilma assumiu o Ministério das Minas e Energia, para tempos depois se tornar a ministra-chefe da Casa Civil do Governo Lula.
Dilma demonstrou ser uma técnica com sensibilidade política e social de alto desempenho profissional e administrativo, bem como se tornou a segunda pessoa mais poderosa da República. Tanto o é verdade que foi escolhida por Lula para ser candidata a presidente, a despeito de nomes históricos do PT, além de ter se tornado a primeira mulher brasileira a ocupar o cargo mais importante de um País etnicamente e culturalmente complexo e multifacetado, geograficamente gigante, além de poderoso politicamente e economicamente como o é Brasil.
A imprensa burguesa e seus áulicos ferozes, em campanha ferrenha e nitidamente oposicionista desde 2005 quando estourou o caso do "Mensalão", o do PT, porque o do PSDB completou este ano seu aniversário de dez anos sem ser investigado e julgado, agora estão a considerar críticas entre candidatos a presidente da República uma falta de respeito, um acinte à boa educação e um despropósito ético, no caso de Dilma, evidente, porque, para esse gente, Marina receber crítica, ou seja, participar do debate político só se for permito somente à "socialista" do Itaú falar, e, se possível, atacar. E foi o que ela fez e o fará até o dia 5 de outubro quando os brasileiros irão às urnas votar.
Marina chama todo mundo de corrupto e afirmou que o PT nomeou um diretor que está há 12 anos a roubar a Petrobras. Na verdade, Marina, a Fadinha da Floresta de direita e mais amiga da Natura do que da natureza, expressou o verbo assaltar. Só que o suposto "delator", Paulo Roberto da Costa, que teve seu inquérito vazado por alguém da Polícia Federal à revista "Veja" — a "Última Flor do Fáscio", pasquim que elabora há muito tempo um jornalismo de esgoto e baseado em off, foi preso pela PF sob o comando do Governo do PT.
Aliás, os governos Lula e Dilma prenderam, afastaram, demitiram e exoneraram milhares de pessoas nos últimos 12 anos, e Marina sabe disso, porque foi ministra de Estado, bem como também conhece esse processo de caça aos malfeitores a imprensa da Casa Grande, porque se ela tem acesso a processos e inquéritos que estão em segredo de Justiça, torna-se impossível aos magnatas bilionários donos de todas as mídias cruzadas e seus empregados, que são piores do que eles, não saberem que milhares de pessoas foram punidas no decorrer dos governos trabalhistas, até porque existe o Portal da Transparência, uma das ferramentas de informações mais republicanas e democráticas que se tem notícia neste País em todos os tempos.
Dilma e Lula apenas estão abertos ao debate. E Marina tem de aceitar, porque ela é candidata a presidente e não pode e não deve se furtar em debater as questões brasileiras. A "Nova Política" de Marina Silva se resume a um apanhado de itens de carátares neoliberais. Portanto, seu programa é natimorto. Morreu antes de nascer. Os países que implementaram o neoliberalismo a partir do Consenso de Washington em escala planetária fracassaram, basta-nos olhar a Europa, que eliminou 100 milhões de empregos, os Estados Unidos que até hoje sofrem com a crise de 2008 e compararmos com o Brasil que criou 20,4 milhões de empregos nos governos trabalhistas de Lula e Dilma.
Os governos e governantes petistas não jogaram nada para baixo do tapete, como o fizeram os tucanos, que tiveram um procurador-geral que era chamado de engavetador-geral da República. Geraldo Brindeiro era o nome dele. O Governo FHC também teve um ministro das Relações Exteriores, o Celso Lafer, que colocou em prática a diplomacia da dependência. Tal Governo neoliberal do PSDB vivia de joelhos para o FMI e inaugurou no planeta a diplomacia do tirar os sapatos para ficar descalço perante o Império Yankee. Essa gente era muito "criativa" e subserviente.
Ao que parece, Marina Silva quer voltar a esses tempos de trevas e desemprego em massa. Afinal, vamos lá, Neca Setúbal, do Itauuuú (esse U alongado é em homenagem às vaias dos coxinhas à Dilma, que partiram do camarote do Itauuuú no jogo de abertura da Copa, em São Paulo), e Eduardo Gianetti, neoliberal ligado aos tucanos, são até o momento seus porta-vozes sobre questões econômicas e financeiras.
Se a candidata do PSB se considera a heroína da "nova" política, então porque seus principais técnicos de economia são pessoas que defendem um modelo econômico para o Brasil derrotado e fracassado em todo planeta? Que "nova" política é essa? A verdade é que é a Velhíssima Política, sem aspas, e que defende implementar para o desgosto e a infelicidade dos brasileiros o seguinte: 1) redução dos direitos trabalhistas; 2) volta das privatizações; 3) diminuição do crédito; 4) aumento do desemprego; 5) arrocho salarial; 6) Banco Central sob o domínio dos banqueiros ("independência"); 7) elevação dos juros; e 8) tristeza e desespero das camadas mais baixas, que verão suas conquistas sociais e financeiras irem para o ralo da iniqüidade e da perversidade, porque o que a direita, a inquilina da Casa Grande quer é governar para os ricos e assim atender aos interesses do establishment nacional e internacional.
Lula e Dilma tem de desconstruir a Marina dos banqueiros, sim. A mentira não pode e não deve superar ou vencer a verdade. O Brasil tem um projeto nacional de País e programas sociais e de infraestrutura que estão a desenvolver a sociedade brasileira em todos os sentidos e segmentos sociais. Sou testemunha de décadas de pouco desenvolvimento e de administrações incompetentes e, sobretudo, irresponsáveis. Vi muito desemprego e fila para tudo. Aquele País administrado para poucos não existe mais. Sumiu nos escaninhos da história. A verdade é que o chororô de Marina reflete o que ela é: lágrimas de crocodilo, pois, messiânica, não aceita o debate e a crítica. É isso aí.
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