Malcriados, intolerantes, levianos, canalhas, ignorantes, irresponsáveis, ressentidos e invejosos?

São os Olavobolsonaristas, que, na falta de argumentos substantivos à mão, usam o método da desqualificação, mas meus amigos não são desse naipe



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Hoje, 19 de junho de 2023 estou vivendo uma experiência curiosa; vejam só: dois conhecidos meus - com quem mantenho relação cordial e até fraterna, -, resolveram tentar me ofender através da desqualificação; um é advogado, que se reconhece de esquerda – fomos amigos e somos conhecidos há mais de quarenta anos -, o outro é um “amiguinho novo” e que se apresenta como sendo um democrata de direita.

 O primeiro me chamou de “queridinho de fascistas” e o segundo sugeriu que recebo “alguma coisa” para, segundo ele, não criticar Lula e o governo.  

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 Bem, as tentativas de desqualificação e as ofensas não me alcançaram, pois, como já escrevi aqui, não quero “ter razão” – razão quem quer é bobo -, desejo apenas criar um ambiente para o debate de ideias.

 Tenho afirmado que são os Olavobolsonaristas, que, na falta de argumentos substantivos à mão, usam o método da desqualificação, mas meus amigos não são desse naipe.

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 Dito isso, aproveito o fato para refletir sobre o “porque” algumas pessoas precisam ofender e usam a desqualificação do interlocutor como método de debate.  

 Uma introdução – Sou parcial em todas as minhas opiniões, mas me proponho a ser honesto, tanto que quando estou errado nas opiniões e previsões, estou sempre disposto a ouvir e me retratar.

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 Mas, nem todos os que se apresentam como “democratas” transitam com tranquilidade pelo campo das diferenças e do respeito a elas, na verdade muitos deles não gostam do debate, preferem a desqualificação do articulista, a fofoca nos escaninhos da própria mediocridade a enfrentar o conteúdo que lhes causa incomodo ou mal-estar.

 Abaixo dou alguns exemplos do que estou tentando expressar.  

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 Em 15 de janeiro de 2016 escrevi que estava em curso um golpe de Estado, com uma metodologia curiosa: (a) a Judicialização da Política; (b) a Politização do Poder Judiciário; (c) a espetacularização (midiatização) do que foi judicializado e, por fim, d) a criminalização da Política, dos políticos e dos partidos políticos, tudo para justificar o golpe1.  Em razão desse artigo fui duramente criticado e ofendido pelos antipetistas (não posso reproduzir aqui os adjetivos usados para atacar a minha opinião; opinião assinada e publicada).

 Há ainda o artigo de 28 de abril de 20182, no qual informei que os impactos da Lava Jato em 2015 tiraram 142,6 bilhões de reais da economia brasileira e que a queda abrupta das atividades das empresas investigadas pela Lava-Jato fechou inúmeros postos de trabalho (foram quase 3 milhões de trabalhadores demitidos). Após a publicação deste artigo foram os lavajatistas que ofenderam a mim e a minha mãe, logo ela que, enquanto mãe, é a única pessoa que se aproxima do que imagino por santidade.  

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 Noutro artigo, esse de 18 de março de 2019, cujo título é: “O golpe continua. O alvo é o STF3., escrevi que a extrema-direita, através das redes sociais, começava a desacreditar os Ministros do STF e a própria corte, frente a população, mobilizando os seus fanáticos seguidores a gritarem histéricos pelo fechamento do STF. Em “homenagem” a esse artigo recebi mensagens no meu Facebook e Instagram de bolsonaristas; chegaram a dizer que sabiam onde eu morava e onde trabalham meus filhos. Denunciei o fato à uma autoridade policial.  

 E, para coroar a saga que descrevo acima, a publicação do artigo "O velho, o menino, o burro" e os luas-pretas4, dessa semana, no qual reflito sobre a questão da moradia, a partir da construção de embriões de 15m2 em Campinas; constou no artigo que os embriões construídos em terrenos de 90m2 não são adequados e que o ideal teria sido construir as casas definitivas, mas que foi o possível de ser realizado nas circunstâncias dadas: ordem judicial de desocupação.  Fui chamado de “queridinho de fascistas” e de “belo cristão” por um petista local.   

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 Vejam só, sou uma unanimidade: criticado por antipetistas, lavajatistas, bolsonaristas e petistas. Talvez eu precise ser estudado.

 E os meus amigos, citados com discrição nesse artigo?  

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 Talvez eles sejam apenas bobos, pois não quero acreditar que façam parte das pessoas que criticam e reclamam por prazer, uma gente que não existe sem maldizer, que tem a maldade na sua essência; não posse crer que pessoas tão educadas e corretas como eles, estejam entre aquelas que tem mais facilidade para criticar e reclamar das ações e opiniões dos outros do que das suas próprias.   

 Não acredito que os meus amigos – tanto o que me chamou de fascista, quanto  que sugeriu que “ganho alguma coisa” para, segundo ele, poupar Lula e o STF -, sejam más pessoas, malcriadas, intolerantes, levianas, canalhas, ignorantes, irresponsáveis, ressentidos, invejosos, ou, muito menos, que tenham algum transtorno mental, síndrome ou perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento, eles apenas “erraram a mão” ao trocarem a crítica, tão necessária, ela ofensa.  

 Especialmente porque são meus amigos, por isso, como me disse Álvaro de Campos, com quem me aconselhei, esses amigos são campeões em tudo, ao passo eu reles e porco, tantas vezes vil, tantas vezes irrespondivelmente parasita e indesculpavelmente sujo; que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, eu que não tenho par nisto tudo neste mundo, não posso sequer considerar que eles, verdadeiros semideuses, me ofenderam de forma consciente.

 Essas são as reflexões.  

  1 https://www.brasil247.com/blog/da-inflexao-conservadora-ao-golpe-de-estado
 

  2 https://www.brasil247.com/blog/direito-da-lava-jato-o-caos-como-legado

  3 https://www.brasil247.com/blog/o-golpe-continua-o-alvo-e-o-stf

  4 https://www.brasil247.com/blog/o-velho-o-menino-o-burro-e-os-luas-pretas

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