Mais uma conquista do governo diabólico de Bolsonaro: alimentos sem prazo de validade

"Somos o país no mundo que mais liberou agrotóxicos, os mais venenosos. Há o dedo ruim do Agro em tudo de pior", escreve Hildegard Angel

Colheita de milho
Colheita de milho (Foto: Nacho Doce/Reuters)


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Por Hildegard Angel, para o 247

A senadora ruralista Simone Tebet fez seu primeiro discurso como candidata à Presidência da República, e já começou errando. Não me refiro ao fato de ela ter chamado coquetel Molotov de coquetel Molotok (faz pensar, seria um coquetel do TikTok?).

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Errou porque na mesma data passou a vigorar a nova lei do Agro, campo de sua atuação e campeão em emplacar leis contra o povo e até em mudar cláusulas pétreas constitucionais. É o lobby mais forte e mais poderoso do Congresso brasileiro. 

Apesar de o lobby, no Brasil, não ser regulamentado, ele não é proibido, e no atual desgoverno os absurdos correm soltos. 

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Somos o país no mundo que mais liberou agrotóxicos, os mais venenosos. Não é de se estranhar o número crescente de amigos, parentes e conhecidos que têm câncer ou morrem dele.

Há o dedo ruim do Agro em tudo de pior, nas queimadas das matas e florestas, nas invasões de terras para ampliar sua área de plantações em grilagens, na matança de trabalhadores rurais e de indígenas. 

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Para vocês terem leve ideia, a plantação, no Brasil, de soja para exportação já ocupa 50 milhões de hectares! A soja é uma commoditie negociada nas bolsas internacionais, que é vendida e comprada antes mesmo de ser plantada e colhida.

Por essas e outras, o nosso abençoado feijão preto de cada dia corre o risco de sumir das prateleiras do país no segundo semestre. O Agro não tem interesse em planta-lo, porque estrangeiro não come. Exportações não pagam imposto no Brasil.

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Entre outras calamidades, o lobby do Agro conseguiu plantar e implantar em nossas vidas esta nova lei escabrosa, inaugurada no dia do discurso da Tebet, de os alimentos serem vendidos nos supermercados e similares sem prazo de validade. O argumento esperto deles é de que é "pra evitar o desperdício", quando é para vender a xêpa, o resto, o podre, que por lei eram descartados até anteontem, e hoje o consumidor compra a preço de primeira qualidade.

Motivo: ao Agro não interessa produzir para o Brasil, é melhor vender para o estrangeiro. 

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Já imaginaram um latifundiário do Agro na Presidência do Brasil?

Vão pensando...

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