Mais um sinal de propina: presentes da Arábia Saudita a outros governantes não custam milhões
Não há na lista nada que se aproxime do valor do pacote diamantífero que Bolsonaro quis tanto reaver da Receita Federal
![Mais um escândalo envolvendo Michelle surge (Foto: ABR) Mais um escândalo envolvendo Michelle surge](https://cdn-staging.brasil247.com/pb-b247gcpstaging/swp/jtjeq9/media/20230303190328_58631c813a59b9bc2899866ac0c4294c69c49afbe2c1c30b9b3d4552f181f303.jpg)
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O cientista político Marcelo Zero fez uma pesquisa e constatou que a Arábia Saudita e outras ditaduras do Golfo Pérsico costumam dar presentes a governantes estrangeiros avaliados em milhares de dólares, nunca em milhões, como o pacote retido pela Receita Federal e supostamente destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, avaliado em três milhões de euros, ou R$ 16,5 milhões.
A discrepância reforça as suspeitas de que o presente era, na verdade, propina.
Donald Trump, por exemplo, segundo documentos oficiais americanos, ganhou do rei saudita um pingente com esmeraldas avaliado em US$ 6.400 (cerca de R$ 32 mil). Do príncipe dos Emirados Árabes, Trump ganhou uma estatueta de bronze avaliada em US$ 3.700 (cerca de 18 mil), e uma outra escultura avaliada em US$ 470 (cerca de R$ 2.500).
O protocolo da Presidência americana registra uma série de outros presentes dados por governantes da região, quase todos na casa dos mil dólares. Estes presentes foram devidamente registrados por Trump conforme a legislação dos Estados Unidos.
Não há na lista nada que se aproxime do valor do pacote diamantífero que Bolsonaro quis tanto reaver da Receita Federal.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247