Mais dois nomes para não esquecer
Luis Carlos Ramiro e Hélio de Oliveira "reforçaram a imundície que o atual governo espalhou sobre as artes e a cultura", diz o colunista Eric Nepomuceno
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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia
Os dois vieram do nada, para onde voltarão sendo o que sempre foram: nada. Mas ainda assim vale a pena anotar seus nomes.
Estou falando de Luis Carlos Ramiro e de Hélio de Oliveira.
O primeiro preside a Biblioteca Nacional. O segundo ocupa a secretaria especial de Cultura, que antes da chegada nefasta de Jair Messias era ministério e teve entre seus titulares luminosidades como Antônio Houaiss, Sérgio Rouanet, Celso Furtado e Gilberto Gil.
A razão de anotar os nomes dessas nulidades é simples: numa canetada só os dois reforçaram a imundície que o atual governo espalhou sobre as artes e a cultura, destroçando o que foi possível destroçar e tratando de cobrir de estrume o que sobrou.
Foram eles os autores – cumprindo ordens ou num lance extremo de sabujice – da concessão da Ordem do Mérito do Livro, honraria concedida pela Biblioteca Nacional a quem contribui para a literatura, a ninguém menos que Daniel Silveira, o bandoleiro que conta com o afeto e a proteção escandalosa de Jair Messias.
Ao saber disso, dois nomes de peso e, estes sim, profundamente mergulhados na literatura, Marcos Lucchesi e Antônio Carlos Secchin, se negaram a receber a honraria. E deixaram claro o motivo: jamais admitiriam compartilhar espaço com Daniel Silveira.
Esse cafajeste insultou e ameaçou ministros do Supremo Tribunal Federal, incentivou atos de violência, propôs em detalhes um golpe. Por essas e outras façanhas foi condenado pela corte suprema de Justiça, e, claro, de imediato indultado – recebeu uma “graça” – por Jais Messias.
Agora é homenageado nada menos que pela Biblioteca Nacional, que ele certamente nem sabe onde fica.
Aí está mais um exemplo claro de atos que não têm outro resultado que espalhar estrume na vida brasileira.
Conceder a Ordem do Mérito – seja do livro, seja do que for – a Daniel Silveira é um reflexo nítido de que este governo não tem limites, a cada dia supera o que parecia insuperável.
Seu único verdadeiro mérito demonstrado até agora não dependeu nem dele, mas de Jair Messias: atropelar a Justiça.
É tudo muito assombroso, tudo muito abjeto, tudo muito escandaloso, tudo muito perigoso neste país náufrago.
Vale reiterar: anotem os nomes de Luis Carlos Ramiro e Hélio de OIiveira. Essas duas asquerosidades voltarão para o nada, mas já deixaram suas pegadas enlodaçadas no chão da Biblioteca Nacional.
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