Maia, Alcolumbre e Toffoli não podem ser coniventes com a irresponsabilidade de Bolsonaro

"Seja por impeachment, seja por interdição, seja pela cassação da chapa por fraude eleitoral, Jair Bolsonaro deve ser contido pelas instituições. Estamos em uma crise sem precedentes no mundo. Tudo o que o Brasil menos precisa é de um presidente lunático, candidato a ditador e disseminador de coronavírus", escreve o jornalista Aquiles Lins, editor do 247

(Foto: Reuters)


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Por Aquiles Lins, para o Jornalistas pela Democracia 

Jair Bolsonaro deu nesse domingo (15) mais uma demonstração do tamanho da catástrofe que o Brasil sofrerá se não houver uma reação imediata. Duas cenas de absoluta irresponsabilidade com a vida das pessoas e com a vida do País foram protagonizadas por este senhor que ocupa a Presidência. 

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Ignorando as recomendações do Ministério da Saúde, das autoridades sanitárias, e ignorando sua própria quarentena, já que teve contato com 12 pessoas positivas para o coronavírus, Bolsonaro estimulou e participou das manifestações fascistas que pedem o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, a volta da Ditadura Militar e do AI-5.

Durante uma hora, Bolsonaro expôs ao risco de contágio de coronavírus pelo menos 272 pessoas ao interagir com elas na frente do Palácio do Planalto. Ele manuseou ao menos 128 celulares, trocou ao menos quatro objetos com a plateia e cumprimentou 140 pessoas, de acordo com levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. 

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Uma atitude irresponsável, infantil e muito perigosa, no momento em que o coronavírus para literalmente os países, em que há um esforço dentro do próprio governo, na pessoa do ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, de estabelecer orientações para evitar o contágio. 

A reação das instituições brasileiras frente a este ataque duplo de Jair Bolsonaro foi tímida, como tem sido, o que também denota o risco que todos nós corremos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, condenou a atitude de Bolsonaro, dizendo que o ex-capitão "fez pouco caso da pandemia" e cometeu um "atentado à saúde pública". O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que Bolsonaro "confrontou a democracia". O presidente do STF, Dias Toffoli, se calou, enviou uma declaração anterior sobre os protestos.

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A gravidade da situação em que se encontra o País exige mais do que palavras dos dirigentes do Congresso do Judiciário. É urgente retirar Jair Bolsonaro da Presidência, porque ele representa uma ameaça para a vida das pessoas. 

Seja por impeachment, seja por interdição, seja pela cassação da chapa por fraude eleitoral, Bolsonaro deve ser contido pelas instituições. Estamos em uma crise sem precedentes no mundo. Tudo o que o Brasil menos precisa é de um presidente lunático, candidato a ditador e disseminador de coronavírus.

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