Lula Xi Jinping da Silva - novo arcabouço desenvolvimentista
Brasil-China entra na onda de novo sistema monetário internacional que abandona, paulatinamente, o que começa a entrar em desuso, a dolarização global
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Novo horizonte para o ajuste fiscal e monetário é a mistura de China e reservas cambiais de Lula que fortalecem real, controlam inflação, impulsionam industrialização e nacionalismo e enfraquecem, em contrapartida, neoliberalismo do BC Independente de Campos Neto e sua meta irrealista de inflação às custas de juros inviáveis ao crescimento sustentável.
A sabotagem de Neto a Lula, para manter juro nominal Selic de 13,75%, que prejudica trabalhadores e empresários, enquanto eleva risco especulativo, quanto mais desestabiliza mercado consumidor, está tende a sair pela culatra por jogar a economia no buraco sem fundo.
O fator positivo de maior estabilidade econômica passa a ser perspectiva de negócios com os chineses, mediante novas regras monetárias ancoradas em trocas de moedas – yuan/real.
Brasil-China entra na onda de novo sistema monetário internacional que abandona, paulatinamente, o que começa a entrar em desuso, a dolarização global de Bretton Woods, vigente no pós-guerra em 1944 até hoje, como sustentáculo do imperialismo americano.
NOVA ORDEM
O novo líder mundial, Xi Jinping, emerge com a ultrapassagem espetacular da China sobre os Estados Unidos que deixam de ter utilidade para periferia capitalista dolarizada rumo à desdolarização forçada pela força da moeda chinesa em expansão com terceiras moedas na construção de novo sistema monetário internacional: yuan-real, yuan-peso, yuan-rublo, yusn-euro etc.
As consequências são maior oferta de investimentos com consequente queda das taxas de juros e de inflação, no contexto novo de fortalecimento dos bancos públicos como agentes desenvolvimentista, em contraposição à dolarização, tocada por bancos privados, juro horizonte são crises especulativas e implosões bancárias, como se vê, no momento, colocando Tio Sam na retaguarda.
Brics-BNDES será nova plataforma desenvolvimentista para tocar os projetos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – que Lula deve lançar a partir de maio, como anunciou, hoje, o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
NOVAS EXPECTATIVAS GLOBAIS
De onde virá o dinheiro?
Certamente, no jogo de troca de moedas, de emissões monetárias, ancoradas em reservas do tesouro e riquezas nacionais(petróleo, ouro, matérias primas, biodiversidade etc), sobre as quais o governo não paga juros, como aconteceria se emitisse títulos da dívida pública, necessariamente lastreados por títulos da dívida caros e impeditivos do crescimento sustentável.
Maior oferta de investimento no PAC, em parceria com chineses, desdolarizará economia, jogando preços para baixo, especialmente, petróleo, elevando competição econômica, para a ser exercitada por empresas nacionais, avalizadas pelo tesouro, mais negócio que avaliar bancos privados que se enriquecem na taxa de juros especulativa, bombeadora da privatização.
Trata-se de redesenho do quadro macroeconômico que tende a anular a sabotagem de Campos Neto a Lula, na medida em que os agentes econômicos e especialistas financeiros percebem a gritante irracionalidade do BC Independente de sustentar taxa de juro básica real de 8% frente inflação de 5%, como destacam vozes da direita liberal, como a do ex-ministro de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros.
NEOLIBERALISMO X NACIONALISMO
Sobretudo, a sustentabilidade do real, que se dá com o montante de reservas na casa dos 350 bilhões de dólares – herança lulista –, a inviabilizar movimentos especulativos contra moeda nacional, somada à prática de trocas de moedas, fragiliza neoliberalismo e fortalece nacionalismo.
Cria-se, dessa forma, condição política fundamental para mobilizar retomada da estatização das empresas privatizadas, como Petrobrás e Eletrobrás, agentes fundamentais do desenvolvimento sustentável.
Esse novo modelo, igualmente, servirá, também, como destaca o economista Almir Rockembach, especialista em finanças públicas e ex-consultor parlamentar, para promover mais rapidamente reforma tributária, se o governo emitir para pagar dívida dos Estados, livrando-os dos juros da dívida pública e liberando-os para os investimentos regionais, conforme planejamento combinado entre governo federal e estados e municípios para construção de novo federalismo.
Evidentemente, os executivos estatais, hoje, superendividados e carentes de recursos para investimentos, resistirão ao modelo tributário incapaz de promover maior arrecadação e distribuição de renda, se não permitir liquidação de suas dívidas, acumuladas pela imperialista Lei Kandir que isenta de ICMS exportação de produtos primários e semielaborados, cujas consequências são desindustrialização regional e crescentes conflitos federativos.
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