Lula só irá ao velório do neto se Bolsonaro deixar
Jornalista Alex Solnik defende que "a Justiça brasileira não pode repetir a maldade que cometeu ao impedi-lo de dar o último adeus ao irmão. Tem que liberar Lula para ir ao velório do neto de sete anos que morreu hoje de manhã, num hospital de Santo André, vítima de meningite. A lei é clara a respeito"; o colunista avalia que "na situação atual, porém, essa decisão, ao que parece, não está na alçada da juíza que é a carcereira do ex-presidente, mas do presidente da República"
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A Justiça brasileira não pode repetir a maldade que cometeu ao impedi-lo de dar o último adeus ao irmão. Tem que liberar Lula para ir ao velório do neto de sete anos que morreu hoje de manhã, num hospital de Santo André, vítima de meningite.
A lei é clara a respeito. Milhares de presos são liberados para comparecer a tais cerimônias. Na situação atual, porém, essa decisão, ao que parece, não está na alçada da juíza que é a carcereira do ex-presidente, mas do presidente da República.
Não adianta nem perguntar apenas a Moro. O episódio de ontem, em que Moro teve que colocar o rabo embaixo das pernas e desconvidar Ilona Szabó de um conselho do ministério por ordem de Bolsonaro expôs, mais uma vez, o estilo pouco democrático do novo chefe do governo. É ele quem manda em tudo, de forma autoritária. Sonha em ser o Fuhrer.
A recepção a Juan Guaidó também teve esse pano de fundo. Bolsonaro havia acertado com os chefes militares que o venezuelano seria recebido sem honras de estado, já que o presidente verdadeiro está em Caracas, entrar mudo e sair calado.
Bolsonaro rasgou o script e impôs o seu roteiro. Recebeu Guaidó oficialmente, o elogiou e deixou que continuasse a conspirar contra Maduro dentro do Palácio, em coletiva à imprensa. Uma afronta desnecessária a um governo amigo do Brasil.
O lema do governo mudou para "Bolsonaro acima de todos".
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