Lula pode ganhar no primeiro turno? Segundo os números, sim!

As regiões norte e centro oeste não conseguem alavancar em números a candidatura de Jair Bolsonaro

Ex-presidente Lula durante ato de campanha em Salvador 30/09/2022
Ex-presidente Lula durante ato de campanha em Salvador 30/09/2022 (Foto: REUTERS/Felipe Iruata)


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No primeiro turno das eleições de 2018, os paulistas levaram às urnas um total de 25.930.749 votos válidos. Jair Bolsonaro obteve 53,00% dos votos válidos no estado de São Paulo. Já Fernando Haddad, conseguiu 16,42% dos votos. Em números diretos, isso significou uma diferença de quase 8,5 milhões de votos para o candidato da extrema direita. Jair teve 12.378.012 votos, obtendo 53% dos votos válidos. Enquanto o petista Fernando Haddad teve apenas 3.833.982 votos, perfazendo um  total 16,42%

Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, os mineiros alcançaram um total de 12.214.681 votos válidos.  Destes, 27,65%, ou 3.037.957 mineiros e mineiras votaram em Fernando Haddad, já o atual presidente obteve 48,31% dos votos, obtendo 5.308.047. Assim, em Minas Gerais, Bolsonaro obteve uma dianteira de 2.271.000 votos. 

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No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país, os cariocas, somaram um total de 9.479.580 votos. Jair Bolsonaro teve quase 60% dos votos, Fernando Haddad amargou um terceiro lugar, ficando atrás de Ciro Gomes, com 14,69% dos votos, fazendo a soma de 1.255.425 votos válidos. No estado do Rio de Janeiro, Bolsonaro conseguiu colocar uma diferença numérica maior que o estado de Minas Gerais, chegando a um total de mais de 3,8 milhões de votos dos cariocas.

No Espírito Santo, 2.224.259 eleitores compareceram às urnas, destes 24,20% votaram no professor Haddad, obtendo 495.868 votos. Já o coiso recebeu 54,76% dos votos válidos, chegando a 1.112.131 votos. A diferença foi de 600.000 votos.

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O problema da extrema direita agora e o motivo que é melhor Jair embora, são os números comparados entre 2018 e 2022. E por isso que ele tem tudo para perder estas eleições tendo uma grande probabilidade de perder no primeiro turno, no próximo domingo. É que Bolsonaro já não consegue mais enganar o eleitorado com discurso de mamadeira de piroca, seu desprezo pela vida, seus ataques homofóbicos ou dos temas que os moralistas sem moral adoram. 

A perda de votos nos estados do Sudeste é astronômica e explica o motivo pelo qual a extrema direita não consegue passar do teto dos 34% das intenções de votos. Em 2022, o problema é que nos três maiores estados da federação, Jair no máximo empata, (Rio de Janeiro) quando não perde bonito (Minas Gerais) e perde no maior colégio eleitoral do Brasil, (São Paulo) . E neste caso, empatar significa perder, e perder muito. 

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Em 2018, no nordeste, Bolsonaro obteve 26% do eleitorado (pouco mais de ¼ dos votos) No norte houve uma diferença mais apertada a favor do atual presidente, de 43% a 37%. 

Já no centro Oeste e Sul a diferença foi enorme. 58% a 21% e 57% a 20% respectivamente.

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Mas analisando apenas os três maiores colégios eleitorais do Brasil, passados 4 anos, o resultado do governo desastroso de Bolsonaro dá mostras do mau humor dos eleitores na região sudeste. Segundo o IPEC (antigo IBOPE), no estado de São Paulo, se a eleição fosse hoje, Lula teria 43% dos votos, contra 33% do atual mandatário. Já em Minas Gerais, o resultado da pesquisa é de 46% à 31% a favor do petista e no Rio de Janeiro Lula ganha de 41% a 36% de Jair, o único estado que empata tecnicamente. Na eleição passada, a extrema direita conseguiu uma diferença de mais de 12,6 milhões de votos. Essa diferença não só evaporou, como hoje, em números, Lula sendo mantido nessa dianteira, abriu uma vitória de  mais de 7 milhões de votos à frente de Jair Bolsonaro. 

O Nordeste ampliará ainda mais a vitória já dada em 2018 para a esquerda e as regiões norte e centro oeste não conseguem alavancar em números a candidatura do direitoso, pois a quantidade populacional é a menor do país. E no Sul, que tem três estados, Lula ganha no Rio Grande do Sul, perde em Santa Catarina e empata no Paraná. Ou seja, até quando ganha, bolsonaro perde. Os números indicam. O povo quer Lula.  

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