Lula pagou nossa dívida externa ou é apenas conversa bolivariana?

A imagem revela que Lula recebeu um país quebrado, devendo ao FMI e sem reservas internacionais e de forma competente reverteu o quadro desfavorável

Rio de Janeiro - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento da campanha Se é público é para todos, organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento da campanha Se é público é para todos, organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Fernando Frazão/Agência Brasil) (Foto: Pedro Maciel)


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Nesses tempos sombrios, tempos em que um Tribunal Regional Federal declara que, em razão do Estado de Exceção, certo juiz não precisa cumprir a lei ou a constituição, nesses tempos de tristeza e trevas tem-se as versões sendo apresentadas como se verdade fosse isso ocorre à exaustão pelos meios de comunicação conservadores, o que forma convicções e certezas que não encontram qualquer relação com a verdade ou com a realidade.

Uma das versões apresentadas como se verdade fosse é a que diz: “não é verdade que Lula pagou a dívida externa”.

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Será que essa negativa representa a verdade?

Os quadros abaixo desmentem os semeadores das versões.

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A imagem revela que Lula recebeu um país quebrado, devendo ao FMI e sem reservas internacionais e de forma competente reverteu o quadro desfavorável.

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A verdade é que entre 1995 a1998, a política monetária esteve presa à estabilização do câmbio, mantido fixo e sobrevalorizado, a principal âncora para controle inflacionário. Pressões cambiais, decorrentes de saídas de capitais, eram arrefecidas por meio de elevações das taxas de juros básicas da economia. Como a valorização excessiva do real comprometia o desempenho das contas externas, essa política tornava estruturais e crônicos tanto a tendência altista da taxa de juros, quanto o componente financeiro do gasto público, além de submeter a economia a recorrentes solavancos recessivos. Em linhas gerais, a gestão da dívida pública brasileira esteve atrelada às necessidades de captação de recursos estrangeiros.

Há um belo artigo de Luis Nassif que trata disso[1], artigo que merece ser lido e relido.

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E mais, não se pode esquecer que com Lula e Dilma dívida pública recuou de 60,38% para 33,60% do PIB, mas a imprensa canalha esconde esses números.

 

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Nos governos Lula e Dilma, a dívida pública teve um importante recuo, o valor, em termos nominais, passou de R$ 892,291 bilhões para R$ 1,626 trilhão, um aumento de 82,26%% em 11 anos, muito inferior aos 482% dos 8 anos de FHC.

 

E o mais importante: em termos reais, a dívida recuou de forma expressiva, passando de 60,38% para 33,60% do PIB. Isso se deveu a quatro fatores: (i) ao maior crescimento econômico; (ii) à redução das taxas de juros, ainda que não na velocidade desejada; (iii) ao expressivo superávit primário; (iv) e ao recuo do dólar, que reduziu, em reais, o peso da dívida indexada à moeda estadunidense.

 

Esta redução na dívida pública nos governos do Lula e Dilma se deu sem a utilização do arsenal de medidas corrosivas do governo tucano. As empresas estatais, fundamentais ao social-desenvolvimento, não foram mais privatizadas, pelo contrário foram fortalecidas como no caso da Petrobrás com o modelo de partilha do pré-sal; as concessões da infra-estrutura realizadas passaram a priorizar a modicidade nas tarifas para os usuários e empresas e não mais a arrecadação para o caixa do governo; a carga tributária subiu menos que na era FHC, em torno de 3%, mas que resultou não na criação e aumento de impostos, mas na ampliação da base tributada, como no caso dos 20 milhões de novos trabalhadores formalizados; e os gastos públicos, sobretudo na área social, tiveram avanços expressivos.

 

Essa é a verdade. Lula tirou o Brasil do FMI e deixou reservas internacionais invejáveis.

A História, amparada pelo Tempo, haverá de restaurar a verdade e o futuro haverá de desnudar, para vergonha dos golpistas e seus filhos e netos, as verdadeiras e mesquinhas razões de seu discurso, afinal “O tempo dá, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira”, como nos ensina a cultura africana.



[1] http://brasildebate.com.br/a-divida-publica-nos-governos-fhc-lula-e-dilma-uma-analise-comparativa/

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