Lula, o G7 e a América Latina (parte II)
A forte presença do presidente Lula no exterior está incomodando certos grupos, que passam a se movimentar com intuito de tirar o brilho de sua liderança
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As derrotas impostas ao governo ao longo desse mês, não foram poucas. Nem a aprovação do regime fiscal, chegou a ser festejada. A vitória ficou por conta "do entendimento possível". Como se vê trataram de ofuscar todo o empenho e o bom trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por desencontros políticos e as amarras impostas pelo relator.
Na última semana, mais duas pauladas no governo. A primeira se deu na comissão mista especial que detonou a MP 1154, impondo uma derrota impensável: conseguiram impedir que um governo eleito se organize. Na segunda, a desatenção política foi total. Com a casa desarrumada se abriu a porteira para acabar com o que resta de Mata Atlântica. Não satisfeitos ainda buscam aprovar o PL 191, facilitador da exploração de todos os recursos naturais e minerais em terras indígenas. Portanto, dois brutais retrocessos.
Que o Congresso piora cada ano, todos sabem. A impressão que passa, é de total descrédito. Com respeito as exceções de sempre, o parlamento abriga uma parcela considerável do que há de pior na sociedade. Só que os fatos citados não se limitam a esse mês, vão continuar presentes desgastando o governo sem se importar com as consequências futuras. No curto período de Temer, já foi assim e o resultado foi o pior possível para o país. (*)
>>> Relembre: Lula, o G7 e a América Latina (parte I)
Para quem acompanha a política, alguma coisa está fora da ordem. A forte presença do presidente Lula no exterior está incomodando certos grupos, que passam a se movimentar com intuito de tirar o brilho de sua liderança global. A exitosa passagem pela Europa, China, EUA e países vizinhos, sua presença marcante no G7, o anúncio da próxima COP em Belém e o encontro dos presidentes dos países da América do Sul para breve, é uma agenda muita positiva que fortalece Lula perante o mundo.
A resposta a esse protagonismo está vindo com o apoio de parte da mídia, embalada numa narrativa que procura mostrar a fragilidade do governo na condução política do país. O objetivo, obviamente, é atrair Lula para a articulação política na Câmara e no Senado. Com isso o presidente muda a prioridade da sua agenda, passando a se envolver diretamente com o Centrão e a prática nefasta do "toma lá da cá" que é parte do roteiro.
De forma respeitosa e legitimado por um recente artigo publicado no blog e nas redes sociais, "Lula, o G7 e a América Latina", que foi selecionado e distribuído pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, aos ministros e lideranças políticas, retomo o tema para alertar que o Brasil precisa superar suas dificuldades sem abrir mão dos motivos que levaram Lula ao seu terceiro mandato. O que está em jogo não é pouca coisa. (**)
Se por um lado o campo da política está minado, também é verdade que o presidente precisa se encontrar com o seu destino. Ao meu ver o lugar de Lula não é o Congresso e seu amontoado de interesses. Se for necessário que se troque a articulação política, mas precisamos preservar o presidente e seu legado. A América Latina precisa se unir e só há um nome disponível para esse desafio continental, o de Lula. (***)
(*) Na década de 90 tive o privilégio de ser recebido pelo doutor Ulisses, na sua casa em Brasília. Na época ele já comentava, "o Congresso só vai piorar".
(**) No meu caso escrever é uma forma de registrar e expor a minha opinião. Por isso foi muito gratificante saber através do Brasil 247, um dos principais sites de notícias do país, que o artigo citado tinha sido selecionado pelo governo e oficialmente encaminhado as áreas de interesse.
(***) Ao ser convidado para ir no G7, sentar ao lado do Biden e do primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, Lula provocou inveja em muita gente. Aos olhos do mundo apareceu como a principal liderança política da América Latina.
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