Lula enfrenta na sexta sua agenda mais cheia e importante
Encontro de Lula com presidente chinês "será o ponto alto" da viagem, diz Denise Assis
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Levando-se em conta o fuso horário e a exaustão de uma viagem de quase 30 horas, a agenda do presidente Lula, na China, nesta sexta, é de tirar o fôlego: às 09h30 ele terá audiência como presidente da empresa State Gri, Zhang Zhigang, que no Brasil recebeu o nome de Brazil Holding (SGBH). Fundada em Pequim, em 2002, a companhia chegou aqui em 2010. De lá para cá, transformou-se não apenas na empresa que mais investe no setor elétrico (R$ 6 bilhões em 2018) como também na maior distribuidora de energia do país.
Às 11h00 ele tem um encontro com o Presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo.
Às 11h45, Lula participa da Cerimônia de aposição de coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial, célebre pelos confrontos estudantis de 1989, que ficaram conhecidos como: o massacre da Praça da Paz Celestial, e atingiram o ponto alto no dia 4 de junho daquele ano. É mundialmente conhecida a imagem de um dos estudantes enfrentando com o próprio corpo a fileira de tanques que avançava para a praça.
Às 12h30, o presidente do Brasil se encontra com os representantes da Federação de Sindicatos de Toda a China, com sede localizada em Pequim, o que certamente é uma agenda que lhe é cara, pois remonta aos seus tempos de sindicalista, do qual ele sempre fala com muito carinho. Foi nesta atividade que Lula se projetou para a vida pública.
Com um intervalo apenas para o almoço, às 15h30 Lula já segue para o encontro com o primeiro-ministro da República da China, Li Qiang, novamente no Grande Palácio do Povo.
Às 16h30, será saudado em uma cerimônia oficial de chegada, também no Grande Palácio do Povo. Apenas 15 minutos após essa cerimônia de boas-vindas, às 16h45m, ele terá um encontro ampliado com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping. Esse será o ponto alto da visita, que se desdobra para, às 17h30 ter um encontro restrito com o presidente da China, Xi Jinping, também no Grande Palácio do Povo. Nessa conversa serão tratadas as questões de Estado, feitos os acertos para a assinatura dos 20 acordos previstos para serem assinados entre os dois países e, se houver espaço e boa vontade – e acredita-se que há -, falarão das negociações para a abertura de diálogo com nações interessadas em discutir caminhos para a paz na Ucrânia.
Para quem atravessou o mundo e tem a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de trabalhar e fazer diferente do seu antecessor, uma agenda carregada de simbolismos.
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