Lula é o único que pode reunificar o Brasil

"As propostas de saída da crise por parte da oposição são todas conservadoras. Algumas apenas aprofundam o equivocado e ineficiente ajuste fiscal do governo", diz o colunista Emir Sader; "Nessa condições, a única política que pode reunificar o pais é a de retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, que gozaria de amplo apoio popular e poderia incorporar os empresários interessados na expansão produtiva da economia e até mesmo setores do capital financeiro"; ele afirma ainda que a única liderança para levar adiante este projeto é o ex-presidente Lula

"As propostas de saída da crise por parte da oposição são todas conservadoras. Algumas apenas aprofundam o equivocado e ineficiente ajuste fiscal do governo", diz o colunista Emir Sader; "Nessa condições, a única política que pode reunificar o pais é a de retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, que gozaria de amplo apoio popular e poderia incorporar os empresários interessados na expansão produtiva da economia e até mesmo setores do capital financeiro"; ele afirma ainda que a única liderança para levar adiante este projeto é o ex-presidente Lula
"As propostas de saída da crise por parte da oposição são todas conservadoras. Algumas apenas aprofundam o equivocado e ineficiente ajuste fiscal do governo", diz o colunista Emir Sader; "Nessa condições, a única política que pode reunificar o pais é a de retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, que gozaria de amplo apoio popular e poderia incorporar os empresários interessados na expansão produtiva da economia e até mesmo setores do capital financeiro"; ele afirma ainda que a única liderança para levar adiante este projeto é o ex-presidente Lula (Foto: Emir Sader)


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O pais saiu dividido das eleições, em que o mais significativo – e quase decisivo – foi o fato de que a oposição conseguiu captar uma parte importante do voto popular, beneficiário dos programas sociais do governo. Além disso, pela primeira vez um presidente foi eleito no Brasil com a oposição de praticamente a totalidade do grande empresariado, isto é, numa sociedade capitalista, o capital se choca com a oposição majoritária da população, que seguiu preferindo o modelo de desenvolvimento econômico com distribuição de renda.

O governo só fez a leitura das condições de desequilíbrio das contas publicas que ele herdava do seu próprio primeiro mandato, resultado do erro de ter promovido isenções e subsídios sem ter cobrado contrapartida das grandes empresas que as recebiam. Não levou em conta que o objetivo principal da esquerda é conquistar de volta o popular.

Além de que a virada da situação internacional também contribuiu para a extensão da estagnação econômica do primeiro mandato, que o próprio governo transformou em recessão, com seu infeliz ajuste fiscal, que fez recair sobre os trabalhadores e não sobre os responsáveis pelos desequilíbrios, o ônus da crise.

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A direita se aproveitou de um governo enfraquecido de apoio popular, que puxou o  próprio tapete sob os seus próprios pés, com o ajuste e alienou o apoio dos que o haviam reeleito, na busca infrutífera de apoio do mercado. O governo acabou sem um e sem outro, quase que suspenso no ar, isolado social e politicamente.

A divisão do pais se tornou fratura, conforme a direita – mídia, partidos, grande empresariado, setores do Judiciário e da Policia Federal – promoveram uma política de ódio ao governo, ao Lula e ao PT, e arrastaram setores significativos da classe media e da burguesia nessa campanha. Note-se que os setores populares que votaram pelo candidato da direita não se deixaram arrastar nesse ódio. Embora não apoiem o governo, não encontram nas lideranças de direita seu dirigentes.

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As propostas de saída da crise por parte da oposição são todas conservadoras. Algumas apenas aprofundam o equivocado e ineficiente ajuste fiscal do governo, apontando de maneira mais direta com vingança dura contra os setores populares beneficiários das políticas do governo. Se aprofundaria a fratura social e política no pais, com perspectivas de instabilidades muito maiores que as atuais, com enfrentamentos abertos de classe.

Não somente não haveria retomada do crescimento econômico, porque o aprofundamento do ajuste intensificaria a recessão, como a fratura social seria ainda mais profunda e a democracia seria profundamente afetada, porque a direita, sem legitimidade popular, usaria a repressão contra os movimentos populares e qualquer forma de reivindicação que afetasse sua política de exclusão social e de reconcentração de renda.

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Nessa condições, a única política que pode reunificar o pais é a de retomada do desenvolvimento com distribuição de renda, que gozaria de amplo apoio popular e poderia incorporar os empresários interessados na expansão produtiva da economia e até mesmo setores do capital financeiro, que se disponham a ajudar a financiar o crescimento econômico mediante créditos para o investimento, para o consumo e para a pesquisa.

A única liderança com credibilidade com o povo e com dialogo com o empresariado é a do Lula, como ele ja demonstrou nos seus dois mandatos de governo, que representaram o momento mais feliz e virtuoso de crescimento e combate às desigualdades que tivemos até aqui na nossa historia. Sua capacidade de agregação faz dele o único líder politico capaz de recompor a unidade do pais em torno de um projeto de futuro, de progresso, de reunificação social e política.

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Por isso a direita, que não se interessa que o pais avance nessa direção, tenta projetar uma imagem negativa, odiosa, do Lula, tenta criminaliza-lo, tira-lo da vida política. Exatamente porque conhece esse formidável potencial do Lula, que ao reaparecer aos olhos da grande massa da população depois da frustrada tentativa de detê-lo, ressurge como a esperança de que o Brasil volte a ser um pais que progride, gera empregos, se projeta de forma extraordinária no mundo, recomponha o dialogo no debate politico, reconquista o apoio popular de que só o Lula pode deter. Só Lula pode reunificar o Brasil, condição da saída democrática da crise atual.  

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