Lula e o protagonismo internacional do Brasil (A diplomacia presidencial)
Há diplomatas muito experientes nesta matéria, como Celso Amorim, Rubens Ricupero e outros. Ao invés das bestas quadradas do governo anterior.
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Com a volta de Lula ao poder, o Brasil retomou o protagonismo internacional e passou a ser o que se chama de um “Global Player”. Intervir nas questões internacionais com propostas e saídas por meio de uma política multilateral, soberana e independente, aliada sobretudo com os interesses de seu povo. É o antigo pragmatismo econômico e geopolítico posto em prática. Nada de alinhamentos automáticos que coloquem em xeque os interesses econômicos e políticos do país. A nossa política externa sempre foi pacifista, multicultural e negociadora.
O Brasil não tem interesse em ser potência hegemônica militar. Mas quer se apresentar como um mediador diplomático à disposição da comunidade internacional. Já fez isso antes, com relativo sucesso na América Latina e na América Central. Quer também recobrar o protagonismo no processo de integração regional, fortalecendo o Mercosul, projeto estratégico para lidar com outros blocos econômicos.
Neste ponto, tem plenas condições de assumir um papel de liderança, pelo lugar que ocupa no subcontinente. Também nos BRICS, onde Dilma Rousseff ocupa a presidência. É possível que Lula consiga melhores resultados nessas gestões do que na frente interna, em razão dos compromissos e concessões típicas do nosso presidencialismo de coalizão. O chefe do executivo terá que fazer muitos acordos e transações com um Congresso de evangélicos e bolsonaristas, além dos fisiologistas de sempre.
De todo modo, o país volta a se abrir para o mundo. Sai de seu isolamento provinciano e monolíngue, de sua sujeição aos americanos e ao Estado de Israel. Tem tudo para pleitear uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, apesar do veto das grandes potências, que obedecem a geometria geopolítica da Segunda Guerra Mundial.
E há diplomatas muito experientes nesta matéria, como Celso Amorim, Rubens Ricupero e outros. Ao invés das bestas quadradas do governo anterior.
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