Lula é o centro e o centro é o Lula! Terceira via é falácia, farsa e mentira!
Quem ainda não entendeu vai pegar o bonde andando e cair de cara no chão
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Novamente escrevo neste espaço democrático do Brasil 24/7 para reiterar o que tenho dito: o Lula é o centro da política nacional e, por sua vez, o interlocutor confiável da comunidade internacional, não somente no âmbito político, ideológico e programático, mas, sobretudo, por ser o ex-presidente um político experiente e de grandeza internacional, de essência moderada e com vocação para o diálogo, como demonstrou, sem dúvida, no episódio do acordo nuclear proposto por Lula e aceito pelos líderes do Irã.
Um momento que surpreendeu a comunidade internacional, principalmente os EUA de Barack Obama, que apesar de ter pedido a Lula para negociar com o Irã, ficou tão surpreso com o estabelecimento de um acordo que logo depois os yankees deram um jeito para "melar" as conversações, a ficar claro que a atitude tão leviana comprovou que os EUA jamais falaram a sério sobre a concretização de um acordo nuclear com o Irã.
Contudo, a diplomacia liderada por Celso Amorim, um dos maiores chanceleres da história do Brasil, mostrou-se engajada, progressista e democrática, de tal forma que o Brasil no período Lula como presidente da República assumiu pela primeira vez a condição de ser um dos líderes mundiais, pois se tornou um player internacional que passou a liderar, inclusive, a criação de blocos econômicos e geopolíticos, o que desagradou os interesses dos EUA.
Lula é o centro. Inclusive em termos internacionais. O episódio do Irã mais do comprova tal realidade. Quem ainda não entendeu vai pegar o bonde andando e cair de cara no chão. O político trabalhista governou, democraticamente, durante oito anos e liderou processos complexos como a criação do Brics, do seu banco de desenvolvimento, assim como demonstrou muita desenvoltura a tratar de questões internacionais por meio de uma diplomacia inclusiva tal qual seus programas de inclusão social, sendo que os programas estão quase todos extintos pelo governo ultraliberal e de extrema direita de Jair Bolsonaro.
Lula foi um presidente de exceção na história deste País, cujos governos do PT foram profundamente de essência democrática, que chamou e ainda chama a atenção do mundo. Para se ter uma ideia, vários de seus programas sociais e econômicos, bem como os de Dilma foram copiados por inúmeros países, inclusive por governos de nações desenvolvidas. E continuo a exemplificar. Joe Biden, presidente estadunidense, anunciou que irá taxar as grandes fortunas porque o propósito, dentre outras questões, é financiar o bolsa família às famílias norte-americanas, que se encontram aos milhares em situação de fragilidade social e desemprego.
Trata-se de uma pá de cal no neoliberalismo, que a partir de 2008 arrebentou com a economia mundial, a levar à bancarrota os países europeus desenvolvidos que até hoje estão a recuperar suas economias, juntamente com os Estados Unidos, da profunda crise propiciada pelo sistema bancário somado ao imobiliário e à irresponsabilidade de governos lenientes que passaram pano e fizeram vista grossa aos desmandos financeiros de grupos econômicos poderosos. Lá como aqui, até hoje ninguém foi preso, porque para pôr rico ladrão e corrupto na cadeia é um Deus nos acuda.
Aqui no Brasil temos grupos sociais que se encontram em situação social e financeira vulnerável, além do desemprego, realidades essas escondidas pela direita nativa deste País e irremediavelmente colonizada, que sempre fez questão de mostrar os EUA como um paraíso na terra e o Brasil sempre como um lugar esquecido por Deus, além de fadado ao fracasso, principalmente quando Lula e Dilma estiveram no poder, mesmo a apresentarem resultados sociais e econômicos incomensuravelmente maiores que os dos governos de direita anteriores e posteriores à Era PT.
Mas, alguém poderá me perguntar: Ô, Davis, o que tem a ver essas questões citadas até agora nesse artigo com a afirmativa de que Lula é o centro? Respondo: Tudo! Somente governantes com o olhar social amplo e pleno tem condições de conversar para suscitar diálogos e sedimentar acordos, principalmente os sociais, porque a luta de classe existe e sempre existirá, apesar de as "elites", no decorrer de séculos, sempre passarem o pano com o a finalidade de amenizar e até mesmo negar as brutais desigualdades regionais, sociais e econômicas, que vicejam neste País dividido e altamente injusto e violento.
Lula é o centro. A direita que se autodenomina centro não é centro e sim direita. Trata-se apenas de fazer os incautos levar gato por lebre, sem perceber que está a tratar com os lobos no lugar das ovelhas. Lula é o político no Brasil e na América Latina que tem destreza e talento para colocar na mesma mesa grupos antagônicos e até mesmo inimigos para que se cristalize e, com efeito, seja concretizado um novo pacto social, como o foi a promulgação da Constituição em 1988.
A Carta, que, diga-se de passagem, é odiada pelas oligarquias brasileiras e grupos econômicos estrangeiros, pois uma Constituição profundamente democrática e garantidora de direitos à população. E se tem algo que as "elites" mais atrasadas detestam é a democracia, pelo simples fato que a democracia exige respeito a todos os grupos sociais de uma sociedade, bem como, irremediavelmente, estimula a inclusão social, sendo que incluir é verbo transitivo direto que não faz parte do dicionário dos grupos dominantes da sociedade brasileira patriarcal e de ranço escravocrata.
A Constituição estabeleceu novos paradigmas à Nação brasileira, porque o Brasil era uma sociedade recém-saída de um ditadura civil-militar de 21 anos, sendo que desde o início do século XX os mandatários populares e de sensibilidade social, a exemplo de Getúlio Vargas e João Goulart, foram duramente combatidos pela direita brasileira, a serem depostos em 1945 e 1964, sendo que Getúlio foi ao suicídio em 1954, assim como Jango morreu no exterior e somente após sua morte pôde voltar ao Brasil, em 1976. Em seu sepultamento, em São Borja, os meganhas da ditadura ocuparam o cemitério, a constranger com suas presenças lúgubres a família, os amigos e os correligionários de João Goulart.
Além disso, para não esquecer, o presidente Juscelino Kubitschek quase não tomou posse ao ser eleito presidente em 1955, assim como enfrentou ameaças de golpe durante seu mandato. Por seu turno, o político mineiro foi profundamente desrespeitado após terminar seu mandato como presidente da República. Um dos integrantes da Frente Ampla de 1966, a ter a companhia de João Goulart e Carlos Lacerda, Juscelino foi duramente perseguido e humilhado pelo regime ditatorial com seguidos depoimentos aos novos donos do poder, os generais da ditadura militar de 1964.
Com a publicação do AI-5 pelo general Costa e Silva, em 1968, Juscelino foi preso, de forma que após a prisão praticamente abandonou a política, sendo que em 1976 morreu por causa de acidente em plena Via Dutra, quando seu carro, um Opala, colidiu com um ônibus. É o que os investigadores da época disseram... Posteriormente, como todo mundo sabe e vivenciou, Lula e Dilma também foram alvos e ainda o são da direita que está no poder. Os dois sofreram campanhas de desmoralização altamente cruéis e violentas, sendo Dilma deposta por uma farsa, a maior e mais grave da história do Brasil, assim como Lula foi preso por 580 dias, sendo o que fizeram com ele e a família dele é algo inominável e digno de atos diabólicos cujos autores são os homens da "lei", ou seja, juízes, procuradores e delegados. O verdadeiro barbarismo e, evidentemente, o fim da picada!
Entretanto, o centro é o Lula. Isto está mais do que estabelecido, e a esquerda, se for responsável, e o centro direita, se for sensato, sabem disso, com exceção de Ciro Gomes, aquele que adora Paris, principalmente quando se trata de decidir eleições presidenciais no segundo turno a favor do fascista Jair Bolsonaro. Foi o que Ciro lamentavelmente fez, em ato deplorável que o colocou no lixo da história ao tempo em que passeava na Cidade Luz. Ciro é o cavalo de Tróia da direita a andar perdido pelo campo da esquerda, a ter como propósito dividir a esquerda e cooperar com os seus iguais de direita, de onde Ciro veio e que jamais deveria ter saído. Ciro não engana ninguém. Ciro é de direita!
Enquanto isso, por mais difíceis que sejam as tentativas de superar as barreiras ideológicas e partidárias, somadas às pedras colocadas no caminho por setores reacionários, radicais, que utilizam todos os meios de sabotagem e inúmeros preconceitos para inviabilizar qualquer acordo de ordem verdadeiramente republicana, pois grupos indelevelmente intolerantes, Lula busca caminhar em direção à luz, ou seja, viabilizar a costura de uma colcha de retalhos política, onde todos os grupos que se consideram democráticos e que não compactuam ou deixaram de compactuar com o governo Bolsonaro, em um rompimento que propõe o enfrentamento eleitoral.
Alianças viáveis, apesar das diferenças entre os atores políticos, que possam estabelecer estratégias e efetivar paradigmas e, com efeito, poder enfrentar a extrema direita bolsonarista, que ainda tem o apoio de uma parte do empresariado arcaico e de segmentos do setor público, como as forças armadas, polícias, justiça e procuradorias, exatamente os setores ligados à repressão e que historicamente sempre foram refratários à democracia, ao estado de direito e à Constituição, com ódio especial aos direitos humanos, movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores e associações de estudantes, além de detestarem os grupos étnicos, a exemplo dos índios, favelados e quilombolas, a incluir nesse bojo os sem terra e os sem teto.
Para isso, é necessário nos dias de hoje um homem e político de centro com a experiência de vida de Luiz Inácio Lula da Silva e sua vocação democrática, a demonstrar tolerância e paciência mesmo após ter passado por incontáveis sofrimentos no decorrer de quase uma década, quando logo após deixar a Presidência passou a ser observado de perto pelo status quo do sistema de capitais e pelo governo dos EUA, a ter como seus agentes os procuradores, delegados da PF e juízes, principalmente os de primeira instância de Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília, com a participação de alguns de São Paulo.
Esses agentes públicos passaram a agir como se fossem um corpo único de combate ao PT e às suas principais lideranças, a convencer com suas farsas criminosas muitos juízes de segunda instância como os de Porto Alegre, que irresponsavelmente aumentaram a pena de Lula, que também teve de enfrentar os juízes de STJ, que vergonhosamente resolveram apenas sacramentar o que o bandoleiro Sérgio Moro tinha decidido, de forma injusta, cruel e capciosa prender o Lula sem provas e por "ato de ofício indeterminado".
O Estado brasileiro sequestrou o Lula e o prendeu, bem como o afastou criminosamente das eleições presidenciais de 2018. Cadeia para o Moro e todos seus comparsas quadrilheiros da Lava Jato! É o mínimo. O restante da história todo mundo conhece e tem ciência de como acabou a quadrilha da Lava Jato, cujos delinquentes ainda não foram severamente punidos, como deveria ser em uma democracia que não tolera golpes e muitos menos intervenções ilegais para perseguir os grupos políticos considerados por essa gente, rasteira e covarde, como inimigos.
Lula é o centro. Terceira via é golpe, palhaçada e distorção política para inglês ver. A terceira via está morta antes de nascer, porque a realidade e a verdade é que o Brasil está literalmente dividido desde que a classe média branca, golpista, estúpida, egoísta, perversa e reacionária saiu às ruas feito doidivana, de maneira insana e completamente sem noção ao ponto de chegarmos onde chegamos: um desgoverno pária e considerado fascista pelo mundo, além de cruel com os mais pobres e entregador de empresas públicas. O desgoverno que arrasou com a economia e sedimentou o desemprego e a desigualdade brutais. O desgoverno da morte, porque pandêmico e associado aos quintos dos infernos.
Lula é o centro! Ainda mais quando se trata de unificar novamente o País, como aconteceu em 1988 com a promulgação da Constituição Cidadã, que teve em Ulysses Guimarães um timoneiro de espírito democrático, mas, sobretudo, corajoso e severo contra qualquer tentativa de golpe contra a Constituinte (1987/1988).
Eu estava lá e vi, pois fiz alguns trabalhos de reportagem para o extinto e tradicional jornal "Tribuna da Imprensa", do lendário jornalista Hélio Fernandes, recentemente falecido aos 100 anos. Lula é o centro, bem como o único político e interlocutor com competência para unir o País e colocar o Brasil nos trilhos para ir em busca de seu desenvolvimento com democracia. Terceira via é farsa, falácia e mentira. Lula é o centro e o centro é o Lula! É isso aí.
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