Lula é a grande ameaça ao estado-empresa

"O neoliberalismo prescinde de povo e portanto só se mantém pela força. Lula é o grande obstáculo à implantação completa do neoliberalismo no Brasil. Ele ameaça por se recusar a tirar o povo do orçamento enquanto o neoliberalismo quer o povo longe do orçamento", avalia o colunista do 247 Alex Solnik; para ele, quem quer tirar Lula das eleições do ano que vem não é apenas Moro, não é apenas a Lava Jato, não é apenas Dallagnol; "Mas o neoliberalismo encarnado neles, em Gilmar, em Temer, em Carmen Lúcia, em Cunha, em todos os inimigos do povo brasileiro que vão tentar não apenas acabar com Lula, mas com as eleições presidenciais, se perceberem que não terão - como não têm - um candidato vitorioso, porque ninguém faz um assalto ao poder como o que foi feito para ficar apenas dois anos"

30/08/2017- Lula é recebido pelo povo de Iguatu (CE) Foto: Ricardo Stuckert
30/08/2017- Lula é recebido pelo povo de Iguatu (CE) Foto: Ricardo Stuckert (Foto: Alex Solnik)


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  Quem é o inimigo do povo brasileiro? Já houve tempo em que achamos que era o Cunha. E que se ele fosse preso ficaríamos livres do grande obstáculo à nossa evolução como indivíduos e como nação. Mas Cunha foi preso e tudo continuou na mesma.

   Achamos às vezes que o grande inimigo é Temer e que ele é a fonte de todo o mal. Depois achamos que é Gilmar, que é Moro. Mas quem é o maior inimigo dos brasileiros? É a Carmen Lúcia?

   Podemos dizer que cada um deles é um grande inimigo dos brasileiros, o que constatamos neste ano mais claramente. Mas o inimigo mais forte é outro, pois cada um deles, individualmente é um tigre de papel. O grande inimigo é o neoliberalismo cuja agenda eles executam.

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   O neoliberalismo não é apenas um pensamento econômico nem se resume apenas no conceito do estado mínimo; é o novo nome do totalitarismo. Ele parte do conceito de que o Estado deve funcionar como empresa.

   O estado-empresa ocupa o lugar do estado de bem estar social. Agora é diferente. Cada um é cada um e sobrevive o mais forte. O Estado não tem que cuidar das pessoas, as pessoas é que tem que cuidar do estado.

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   O Estado tem no caso brasileiro 500 mil funcionários aos quais paga salários e 200 milhões que pagam a ele.

   O neoliberalismo prega que a escola não tem que formar pessoas que pensam, e sim empregados seja do estado seja das corporações já que o governo assume o papel de uma grande corporação. Isso explica a histeria em defesa da tal “escola sem partido” que é na realidade a escola onde o aluno não pode pensar. Está ali para aprender uma profissão, não para mudar o mundo. O horizonte do aluno não pode ir além do quadro negro. Não é uma invenção brasileira, já se espalha na América Latina.

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   No estado-empresa vale a máxima de que o empregador paga o menor salário possível e o empregado tem que ficar quieto. A cartilha neoliberal foi seguida na implantação da reforma trabalhista e haverá nova tentativa de subjugar o trabalhador com a reforma da previdência.

   O medo de perder o emprego tem que estar presente para garantir o sucesso da agenda neoliberal.

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   O neoliberalismo detesta democracia e eleições. O povo tem que ser mantido a uma distância regulamentar das decisões econômicas. Daí a necessidade de transformar a economia em uma coisa complicada que um cidadão comum não entende.

   Como ocorre com toda corporação, os maiores acionistas ganham os maiores dividendos. Os minoritários - o povo - ficam com as sobras.

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   Está ficando claro que o golpe brasileiro foi um golpe tipicamente neoliberal. Primeiro porque o primeiro artigo da constituição aquele que diz que todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido foi substituído por outro: todo o poder emana do estado e em nome dele deve ser exercido. Temer sempre declarou que não quer ser popular. E não é é nunca será.

  Vender as estatais e demais riquezas brasileiras também faz parte dessa agenda que combate a soberania nacional que deve ceder ao capital internacional.

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   O neoliberalismo prescinde de povo e portanto só se mantém pela força.

   Lula é o grande obstáculo à implantação completa do neoliberalismo no Brasil.

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   Ele ameaça por se recusar a tirar o povo do orçamento enquanto o neoliberalismo  quer o povo longe do orçamento.

   Ele ameaça por ter uma relação afetiva com o povo enquanto o neoliberalismo prega o Estado impessoal, frio, sem açúcar, nem afeto.

   Ele ameaça porque porque não vai deixar que as riquezas brasileiras sejam espoliadas como estão sendo.

   Ele ameaça porque tem apoio do povo, enquanto o neoliberalismo se baseia no apoio do grande capital.

   Quem quer tirar Lula das eleições do ano que vem não é apenas Moro, não é apenas a Lava Jato, não é apenas Dallagnol, mas o neoliberalismo encarnado neles, em Gilmar, em Temer, em Carmen Lúcia, em Cunha, em todos os inimigos do povo brasileiro que vão tentar não apenas acabar com Lula, mas com as eleições presidenciais, se perceberem que não terão - como não têm - um candidato vitorioso, porque ninguém faz um assalto ao poder como o que foi feito para ficar apenas dois anos.

   

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