Lula depende da reforma tributária para ajuste fiscal de Haddad dar certo
O pacote Haddad, se der certo, deixa Lula competitivo para disputar eleição em 2026
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O pacote político econômico conservador do ministro Fernando Haddad (despesas crescendo apenas 70% das receitas + déficit de 0,5% do PIB em 2024 e superavit de 0,5% em 2025 e 1% em 2026, cercado de condicionalidades difíceis de suportar) depende do sucesso da reforma tributária que está sendo discutida no Congresso.
Ela vai ser fundamental para elevar a arrecadação sem aumentar a carga tributária(?) de modo a garantir mais investimentos na economia e mais consumo.
Os investimentos acontecerão se a arrecadação aumentar com expansão do consumo.
Essa conta dificilmente fechará se os gastos correrem atrás das despesas se estas não puderem ser pagas com mais ingressos tributários.
Será indispensável que aumente o poder de compra dos salários.
Estes darão conta do recado se a reforma tributária acabar com os impostos indiretos e se houver isenção de IR para quem ganha até 5 salários mínimos.
Os trabalhadores com mais dinheiro no bolso consumirão mais e o governo arrecadará mais. Não existe milagre.
Sem consumo não há arrecadação nem investimentos.
Os empresários dependerão dos consumidores com maior poder de compra para gastar.
Caso contrário, não produzirão para acumular mercadorias em estoque tendo queda da taxa de lucro.
O fim dos impostos indiretos que sacrificam apenas os assalariados terá de ser compensado com taxação sobre os que ganham mais para que os que ganham menos possam consumir de modo a salvar capitalismo produtivo estagnado no subconsumismo.
Se o lucro desabar por falta de consumidores sem poder de compra haveria - já está havendo - uma onda de inadimplência irresistível.
FORÇA DOS JUROS
O BC Independente(BCI) precisará, ao lado da reforma tributária, diminuir a taxa de juro como complemento indispensável do pacote Haddad.
Caso contrário, empurrará economia para deflação-estagflação, tudo misturado.
Chegou, portanto, a hora de os ricos pagarem impostos para que os trabalhadores pagando menos que eles continuem como esteios do sub capitalismo tupiniquim.
Sem reforma com características distributivas - o que nunca aconteceu no Brasil - os ricaços continuarão jogando na especulação para garantir sua sobreacumulação de capital enquanto o povo voltará para escravidao.
O pacote Haddad, se der certo, deixa Lula competitivo para disputar eleição em 2026.
Se ratear, abre espaço para oposição.
É de se perguntar: qual oposição?
Bolsonaro voltou dos Estados Unidos de bola murcha.
Não houve o auê que os bolsominios esperavam.
O fascista flopou.
Parece que a nova oposição, super conservadora, neoliberal, encarna nos governadores de Minas e de São Paulo.
Ambos, no entanto, apostam na reforma tributária de Lula já em tramitação no Congresso.
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