Lula depende da reforma tributária para ajuste fiscal de Haddad dar certo

O pacote Haddad, se der certo, deixa Lula competitivo para disputar eleição em 2026

(Foto: Ricardo Stuckert)


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O pacote político econômico conservador do ministro Fernando  Haddad (despesas crescendo apenas 70% das receitas + déficit de 0,5% do PIB em 2024 e superavit de 0,5% em 2025 e 1% em 2026, cercado de condicionalidades difíceis de suportar) depende do sucesso da reforma tributária que está sendo discutida no Congresso. 

Ela vai ser fundamental para elevar a  arrecadação sem aumentar a carga tributária(?) de modo a garantir mais investimentos na economia e mais consumo.

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Os investimentos acontecerão se a arrecadação aumentar com expansão do consumo. 

Essa conta dificilmente fechará se os gastos correrem atrás das despesas se estas não puderem ser pagas com mais ingressos tributários. 

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Será indispensável que aumente o poder de compra dos salários. 

Estes darão conta do recado se a reforma tributária acabar com os impostos indiretos e se houver isenção de IR para quem ganha até 5 salários mínimos. 

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Os trabalhadores com mais dinheiro no bolso consumirão mais e o governo arrecadará mais. Não existe milagre. 

Sem consumo não há arrecadação nem investimentos. 

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Os empresários dependerão dos consumidores com maior poder de compra para gastar.

Caso contrário, não produzirão para acumular mercadorias em estoque tendo queda da taxa de lucro. 

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O fim dos impostos indiretos que sacrificam apenas os assalariados terá de ser compensado com taxação sobre os que ganham mais para que os que ganham menos possam consumir de modo a salvar capitalismo produtivo estagnado no subconsumismo.

Se o lucro desabar por falta de consumidores sem poder de compra haveria  - já  está  havendo - uma onda de inadimplência irresistível. 

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FORÇA DOS JUROS

O BC Independente(BCI) precisará, ao lado da reforma tributária, diminuir a taxa de juro como complemento indispensável do pacote Haddad. 

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Caso contrário, empurrará economia para deflação-estagflação, tudo misturado.

Chegou, portanto, a hora de os ricos pagarem impostos para que os trabalhadores pagando menos que eles continuem como esteios do sub capitalismo tupiniquim. 

Sem reforma com características distributivas - o que nunca aconteceu no Brasil - os ricaços continuarão jogando na especulação para garantir sua sobreacumulação de capital enquanto o povo voltará para escravidao.

O pacote Haddad, se der certo, deixa Lula competitivo para disputar eleição em 2026.

Se ratear, abre espaço para oposição. 

É de se perguntar: qual oposição? 

Bolsonaro voltou dos Estados Unidos de bola murcha.

Não  houve o auê que os bolsominios esperavam. 

O fascista flopou.

Parece que a nova oposição, super conservadora, neoliberal, encarna nos governadores de Minas e de São Paulo.

Ambos, no entanto, apostam na reforma tributária de Lula já em tramitação no Congresso.

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