Lula de novo a Paris. Uma relação de amizade e solidariedade que perdura
Presidente, bem-vindo a Paris! A comunidade brasileira de Paris, teus antigos e antigas companheiras te saúdam
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Muito antes de ser um símbolo admirado em muitos países do mundo, Lula foi um sindicalista militante que enfrentou a ditadura militar e contribuiu para a inovação do sindicalismo brasileiro com a criação da CUT. A primeira vez que veio a Paris foi nos anos 80 e foi recebido como um líder sindical na Bolsa do Trabalho, com a presença de representantes de organizações sindicais, principalmente da CFDT- França. Não podemos esquecer o fascínio que as centrais sindicais na Europa tinham por este novo líder que despontava no Brasil.
Nesse período, nos anos 80, Lula começava seu afastamento da liderança sindical para organizar e legalizar o recém-criado Partido dos Trabalhadores (PT).
Depois de disputar o governo de São Paulo, ser eleito deputado federal, ser três vezes candidato à Presidência da República e de ter ajudado na consolidação e ascensão do Partido dos Trabalhadores ao poder local, sobretudo na conquista de prefeituras e governos estaduais, Lula finalmente é eleito Presidente do Brasil e assume o poder executivo nacional em janeiro de 2003.
Da rede de solidariedade à cooperação internacional de reciprocidade
Quando eleito Presidente, Lula não esqueceu do elo de solidariedade internacional que foi desenvolvido em vários países da Europa quando ele era sindicalista, quando foi preso durante a ditadura militar e quando enfrentou todas as dificuldades para legalizar o Partido dos Trabalhadores. Com sua imensa cultura e experiência de negociador Lula passa a visitar vários países, principalmente a França. Nesse contexto, a relação institucional entre a França e Brasil vai sendo progressivamente reforçada através de um diálogo político em profundidade e de uma rica cooperação cultural, científica e tecnológica. Durante seus dois mandatos consecutivos, o Presidente Lula efetuou quatro visitas oficiais em 2005, 2006, 2008 2009, o que testemunha o indiscutível fortalecimento dessas relações. O estreitamento dos laços de amizade entre Brasil e França se fundamentam em princípios e valores comuns aos dois países: a promoção de direitos democráticos e humanos, o compromisso com a justiça social, com a proteção ambiental e diversidade cultural e o fortalecimento do direito internacional e multilateralismo. Além do respeito pela defesa da paz e segurança e o compromisso com a não proliferação de armas de destruição em massa e em favor do desarmamento.
Habilidade política, cordialidade e reconhecimento internacional
Durante seu mandato presidencial, Lula promoveu um Brasil que buscava parcerias com todos os países do mundo e sua personalidade adquiriu uma dimensão internacional. Seu governo implementou uma diplomacia de cortesia e habilidade política. Mercê dessa atuação, Lula passa a receber uma avalanche de convites para participar de inúmeros eventos como conferencista tanto na esfera pública como privada, onde o ex-presidente pôde demonstrar a forma pela qual seu governo conseguiu associar desenvolvimento econômico aliado a uma maior distribuição de renda.
Vale destacar que durante seu governo Lula foi eleito Personalidade do Ano por diversos jornais e pelas revistas mais prestigiados da Europa e dos Estados Unidos, tais como El País e Le Monde e a Revista Times americana (que considerou Lula o político mais influente do mundo). Além disso, inúmeros prêmios lhe foram concedidos por importantes instituições multilaterais, por Universidades e fundações, entre outros. Para citar alguns: O Prêmio pela Paz Félix Houphouët-Boigny - Unesco, o Prêmio de Governança Global no Fórum de Davos em janeiro de 2010, condecoração pela Organização das Nações Unidas como Campeão Mundial na Luta Contra a Fome e a Desnutrição Infantil. Lula recebeu também o prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa. Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland - Federação Americana do Trabalho e do Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), união das centrais sindicais dos Estados Unidos e Canadá (2019). A lista é excessivamente extensa para ser listada neste artigo.
Lula o Doutor Honoris Causa da mais prestigioso Instituto de Ciências Política de Paris.
No dia 27 de setembro 2011 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o ex-metalúrgico e sindicalista, o menino pobre do nordeste que não teve condições de estudar e que nunca frequentou a universidade, recebeu o título de doutor honoris causa do Instituto de Estudos Políticos de Paris- “Science Po”. Durante a cerimônia o economista Jean-Claude Casanova destacou: “sua presidência está para sempre associada ao surgimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ao aumento do protagonismo do Brasil nas relações internacionais e sua influência crescente no mundo. Em reconhecimento às múltiplas ações de Lula e de seu governo, o Presidente do Instituto Descoings (falecido) sublinhava: Internamente, os anos Lula foram sinônimos de crescimento, prosperidade e fortalecimento da coesão social.
No dia 2 de março 2020 Luiz Inácio Lula da Silva, foi nomeado cidadão honorário da cidade de Paris por decisão do Conselho de Paris. Nessa ocasião foi destacado “O compromisso do presidente Lula com a redução das desigualdades sociais e econômicas no Brasil tirou quase 30 milhões de brasileiros da extrema pobreza e teve acesso a direitos e serviços básicos".
A cidadania honorária da cidade de Paris é uma honraria excepcionalmente concedida a pessoas que tenham particularmente se destacado na defesa de direitos humanos ou em favor das pessoas que tiveram suas liberdades fundamentais violadas. Tem vocação para proteger seus destinatários e afirma o engajamento de Paris nestas lutas civilizatórias.
Apesar da imensa campanha mediática visando afetar a credibilidade internacional do ex-Presidente brasileiro e associá-lo a escândalos de corrupção no Brasil, sua popularidade nacional e internacional restará intacta. As acusações de corrupção colocando Lula como chefe de quadrilha, orquestrada ilegalmente pela operação Lava Jato, obrigaram Lula a passar 580 dias na prisão. Por curiosa coincidência, uma avalanche de delações ocorreu quando Lula se destacava nas pesquisas eleitorais como um forte candidato capaz de vencer pela terceira vez as eleições presidenciais de 2018.
Durante seu período de detenção na sede da polícia federal da cidade de Curitiba, seus administradores não sabiam como proceder diante da demanda de inúmeras visitas de relevantes personalidades internacionais e nacionais, além de milhares de cartas que eram destinadas a Lula e que precisavam ser verificadas, tendo em vista, a segurança necessária a ser assegurada ao emblemático prisioneiro. Os policiais tinham também que conter a ira de vizinhos “anti-Lula” que reclamavam de um acampamento criado na frente da sede da Polícia Federal curitibana. Seus seguidores e correligionário ficaram acampados em frente ao seu cativeiro durante os 580 dias em que Lula esteve injustamente na prisão. Todos os dias essas pessoas cantavam e davam Bom dia e Boa noite para o ex-presidente Lula.
Segundo os advogados do presidente, Lula foi vítima do método “lawfare” por parte do juiz Sergio Moro e sua equipe. “Lawfare” é uma palavra inglesa que designa o uso indevido de recursos jurídicos para fins de perseguição política. Lula também é foi vítima de “fake-news”, que são informações totalmente falsas e sem fundamento. Todavia, essas mentiras foram marteladas nos canais de televisões, rádios, jornais do Brasil até serem transformam em "verdades" junto à opinião pública. Lula sempre afirmou ser vítima deste complô jurídico-mediático com a participação indispensável de uma parte do parlamento
Solidariedade internacional como aliada
Este emblemático líder político sempre contou com a solidariedade internacional, que mais uma vez, mobilizou-se pela sua liberdade. Para confirmar esse intuito basta verificar o Manifesto assinado por milhares de pessoas no mundo, desde a Confederação Sindical Internacional, a maior organização sindical mundial, com cerca de 180 milhões de trabalhadores de 161 países, aos grandes intelectuais, personagens políticas e religiosas, movimentos sociais, partidos políticos etc.
Nesse contexto, Lula tinha convicção de sua inocência e rejeitava qualquer regime de semiliberdade, declarando que preferiria ficar preso e provar sua inocência. Para ele, aceitar tal medida equivaleria a uma admissão de culpa.
Aos poucos os brasileiros e a opinião pública internacional foram entendendo o que representava o Law-Fare na perseguição ao grande líder mundial. Há mais de um ano, Lula foi inocentado de todas as acusações e o juiz Sergio Moro foi julgado parcial pela Corte Suprema.
Além de cidadão honorifico de Paris, Lula volta a Paris para receber o prêmio “Coragem Política 2021” da conceituada Revista de Ciência Política.
A revista justifica sua escolha afirmando que nos seus dois mandatos o Presidente Lula ( 2003/2010) realizou “uma obra marcada pelo desejo de promover a igualdade racial e social em seu País" (em sua dupla gestão, 30 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza); destaca também a tenacidade exemplar dos argumentos de Lula diante das perseguições políticas e judiciais - argumentos reconhecidos pela decisão do Supremo Tribunal Federal de reverter suas condenações; pela esperança que Lula voltou a encarnar aos olhos de uma grande maioria de seus compatriotas, desiludidos com a presidência do Bolsonaro.
Primeiro, dia 16 de novembro Lula vai participar do evento organizado pelo Instituto de Ciência Política de Paris, a famosa "Grande École de SPO” - como é conhecida. Trata-se da conferência intitulada "Qual o lugar do Brasil no mundo de amanhã". Nesse prestigiado recinto acadêmico Lula recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” em 2011.
Em seguida, o Presidente Lula receberá no dia 17 de novembro o Prêmio “Coragem Política 2021”, em Paris na presença de inúmeras personalidades aderentes deste conceituado Club.
Esta revista é a publicação francesa mais influente dedicada a questões internacionais. A cada trimestre, por mais de 4 décadas, os chefes de estado e de governo se expressam assim como líderes políticos de todos os países e renomados especialistas de questões internacionais.
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