Lula dá aula de capitalismo aos capitalistas e condena Operação Lava Jato por desindustrializar o Brasil

Vem aí, com Lula eleito, segundo deixou claro, nova política trabalhista por meio do revigoramento do contrato coletivo de trabalho

Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


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O presidente Lula assegurou aos empresários industriais, na Federação das Indústrias de São Paulo(FIESP), que garantirá a eles o que mais necessitam para sobreviver e acumular lucros com aumento da produtividade: o consumidor por meio de valorização do salário mínimo; disse que retomará política que exercitou enquanto presidente, de reajustar salário pela inflação e crescimento do PIB acumulado nos dois anos anteriores; essa estratégia, que fortaleceu mercado interno e melhorou padrão de vida da população, foi suprimida pelo golpe neoliberal de 2016, que paralisa a economia há seis anos; retomá-la, segundo Lula, será fator de estabilidade, estabilidade, credibilidade e sustentabilidade.

Também vem aí, com Lula eleito, segundo deixou claro, nova política trabalhista por meio do revigoramento do contrato coletivo de trabalho em exercício de permanente diálogo entre trabalho e capital; estabelecida a base fundamental da mudança nas relações sociais e trabalhistas, Lula adiantou que tocará, conforme descrimina seu programa de governo, reforma administrativa e tributária capazes de criar as oportunidades para fazer valer o silogismo capitalista: consumo, produção, arrecadação e investimento com justa distribuição da renda nacional pela valorização do trabalho, sem a qual o capital não sobrevive.

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Já nas primeiras horas de um pretenso novo governo Lula será discutida reforma tributária dentro do princípio de que quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos; ou seja, o empresário terá desonerada sua produção, mas seu lucro será taxado, para sustentar os investimentos em infraestrutura, na qual, frisou, terão destaques gastos públicos como princípio fundamental de investimentos; nesse sentido, saúde e educação terão prioridade absoluta; depois da pandemia, que, ainda, persiste, investir em saúde virou demanda fundamental da sociedade, visto que a realidade demonstra claramente o malefício da Covid expresso efeitos colaterais; estes exigem do sistema de saúde gastos adicionais que não estavam previstos pelas autoridades, não, apenas, no Brasil, mas em todo o mundo.

E quanto ao investimento em educação, que não guarda relação com despesas, mas com multiplicação de riqueza, Lula ressaltou ser indispensável multiplicar oferta de ensino de qualidade como âncora da nova industrialização nacional, que requererá outro nível, mais superior de qualificação, voltado pela desenvolvimento científico e tecnológico colocado a serviço da produção e produtividade, consumo e investimento; deixou claro o possível novo presidente que o ajuste fiscal, no qual os neoliberais, fazem questão absoluta, para realiza-lo, apenas, do ponto de vista do capital sobreacumulado, que destrói taxa de lucro, terá, para Lula de cumprir viés não meramente econômico, mas, sobretudo, fiscal e social, com o qual concordou empresário que lhe dirigiu perguntas nesse sentido.

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ATAQUE À LAVA JATO

Lula fez duros ataques à Operação Lavajato como promotora da desindustrialização brasileira; eles vieram num crescendo argumentativo na explicação das razões da desindustrialização, associada pelo presidente à disputa de mercado internacional que levantou resistência de capitais externos à conquista nacional frente aos concorrentes; enquanto países, como Estados Unidos, Europa, Japão, China e outros, vangloriam-se de ações governamentais voltadas ao fortalecimento das empresas nacionais,  para ganhar mercado externo, Lula, ao fazer, exatamente, isso, nos Estados Unidos, na América do Sul, na África, no Oriente Médio e, especialmente, na África, foi condenado como corrupto endêmico, captador de propinas etc; por alavancar exportação de serviços pelas empresas brasileiras de engenharia foi entendido como promotor de corrupção, algo típico de ingenuidade de país acostumado a ser eternamente explorado de dentro para fora e vice-versa, sem ter chances de exercitar suas potencialidades.

Lula lançou ataque que silenciou os empresários, na Fiesp, ao destacar que a classe empresarial assistiu a tudo isso silenciosamente diante de argumentos forjados pelos procuradores como Deltan Dallagnol etc, agora, exposto às acusações cabeludas pelo Tribunal de Contas da União por práticas de improbidade administrativa etc; nesse cenário, é bom destacar que a mídia corporativa nacional enfiou a cabeça na areia, tal qual avestruz; por exemplo, jamais deu espaço à discussão do assunto pela mídia internacional quanto à corrupção praticada pelo Departamento de Justiça americano, que cooptou largamente os integrantes da Lavato; é, por exemplo, o que relata Frederic Pierucci , em “Arapuca Estadunidense – Uma lavajato mundial”, editora Kotter, 2021, ao descrever a destruição de grandes empresas internacionais, como a francesa Alston, pela articulação de procuradores americanos para destruí-la em favor da General Motors etc; os exemplos são inúmeros.

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Lula mostrou que sabe muito bem dessa história. A Petrobrás, seguramente, está nas garras do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, por obra e graça das manobras criminosas e antinacionais de procuradores brasileiros, como Deltan Dallagnol, na tarefa de detonar o lulismo e abrir espaço ao bolsonarismo. Sem a Petrobrás, no momento, esquartejada, internacionalmente, pelos seus acionistas privados, empenhados em jurisdicioná-la, conforme leis americanas, os empresários brasileiros, que escutavam Lula, na Fiesp, perderam mercado e viram a industrialização de suas empresas irem para o buraco. Eleito, certamente, Lula não deixará de colocar os pingos nos iiis do entreguismo neoliberal tupiniquim, favorecidos por Sérgio Moro e cia ltda.

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