Lula contra guerra na Ucrânia vira aliado de Macron em choque com Biden

O presidente da França, Emmanuel Macron, acossado pelos franceses, socorre-se com Xi Jiping e lança apelo à Europa para que se desgarre de Washington

Lula e Emmanuel Macron
Lula e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert)


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A nova geopolítica global, aberta pela guerra na Ucrânia, onde Rússia luta contra EUA-OTAN, para proteger seu território de invasão pelo ocidente atlanticista, tece relações internacionais complexas que criam parceiros inusitados na cena global.

Por exemplo, os europeus, pressionados, pelo imperador Biden, a se armarem para fortalecer o governo ucraniano de Zelenski contra Putin, submetido a sanções impostas por Washington, reagem às ordens imperialistas para se descolarem não apenas de Moscou, mas, também, da China, aliada incondicional do presidente russo.

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Rompendo o cerco, o presidente da França, Emmanuel Macron, acossado pelos franceses, em rebelião nas ruas contra as contradições desatadas pela crise econômica detonada pela guerra, socorre-se com Xi Jiping e lança apelo à Europa para que se desgarre de Washington antes que o velho continente se desintegre em inflação, recessão, desemprego e rebelião social.

Lula entra em cena

Paralelamente, seguindo mesmo caminho de Macron, o presidente Lula chega, nessa semana, a Pequim para se estreitar com Xi Jiping, novo líder global, e fazer apelo pela paz, pois a guerra não interessa ao mundo, muito menos ao Brasil.

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O gesto soberano de Lula, no entanto, irrita o Globo, porta-voz de Washington, que, como se fosse chefe do presidente eleito, o ameaça por não ter direito de intrometer no assunto, como se o Brasil não fizesse parte do mundo e não sofresse, como já está sofrendo, as consequências da guerra.

Involuntariamente, nesse sentido, Lula vira aliado de Macron e de Xi Jiping, no teatro mundial de operações, levando tais ações diplomáticas intrincadas a isolarem Biden e fortalecerem Putin, ao qual o Globo acusa de ser sanguinário etc.

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Como ator decisivo, o presidente brasileiro entra de cabeça no assunto que levou o presidente da França a, também, visitar a China, semana passada, sendo seduzido por Jiping para as amplas possibilidades que ele oferece aos franceses atolados na recessão.

Irritado com o gesto soberano lulista, o Globo ousa ensiná-lo a governar, não a favor do Brasil, mas a favor dos Estados Unidos.

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Desespero do puxa-saco do império

Para os Marinhos, essa oligarquia midiática golpista, que se aprofunda em crise financeira quanto mais o dólar deixa de ser hegemônico, garantindo lucros especulativos no rentismo ao qual estão ligados, o presidente brasileiro não tem direito de dar palpite na guerra.

Lula não teria que participar de nada do que está acontecendo fora do Brasil, porém, com reflexos diretos aqui dentro.

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É o caso claro da guerra na Ucrânia, que os documentos vazados nos Estados Unidos demonstram estar Biden por trás de toda a armação que detonou a invasão de Putin à Ucrania como fator preventivo.

Ora, porque todos os povos não podem dar palpite no processo de guerra, se estão afetados por ela?

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O mundo está sofrendo as consequências da guerra, mas não pode falar nada, deixando o assunto ser resolvido apenas por aquele que se julga o dono desse mundo?

Brasil continental não pode participar?

Um país do tamanho do Brasil, continente do qual todos dependem por possuir capacidade para abastecê-lo em alimentos e matérias-primas, sobre as quais não cobra imposto de exportação, graças à imperialista Lei Kandir, tem que ficar calado?

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Não tem o direito de dar palpite, deixando essa tarefa para o Globo, o porta-voz do invasor?

Que papo é esse?

Os puxa-sacos do Império em decadência, porque já há milhões que se recusam a usar sua moeda antes hegemônica nas transações comerciais bilaterais etc, como é o caso da China, à qual se juntam milhões, ficam, como o Globo, irritados.

Lula-Brasil, na periferia do capitalismo, vira incômodo para o imperador, que já está nu no palco global para gozação da plateia.

Ator global decisivo

Lula afirma-se em sua liderança global inconteste, justamente, porque palpitou e seu palpite deu resultado positivo, como foi o caso, em 2010, da crise nuclear entre Estados Unidos e Irã.

O presidente brasileiro saiu por cima e consolidou respeito na comunidade internacional.

Se tivesse ouvido a voz dos sub a serviço sujo do chefe, como é o caso do Globo, Lula não estaria no topo da liderança à qual voltou nos braços do povo em 2022.

Agora, tentam anulá-lo, retirando seu direito soberano de exercitar política monetária independente do mercado especulativo, empenhado em manter o Brasil na recessão, por meio do Banco Central Independente, serviçal, como o Globo, dos rentistas, de Washington, Wall Street, etc.

A tarefa do Globo é parar o Brasil e impedir, por meio dos seus editoriais sabujos, a sua afirmação econômica e sua soberania nacional.

Para o Globo, Lula não tem que libertar, mas eternizar a desigualdade social que povoa populações de ruas, sem direito de cidadania, rasgando a Constituição.

A propensão lulista de influir na guerra na Ucrânia é pecado mortal para Washington e seus porta-vozes, não ato moral de valor universal por defender o bem comum da humanidade.

A disposição Lula sintoniza-se com à que toma conta dos que estão envolvidos na guerra, como é o caso do presidente da França.

Por isso, para irritação do Império e do Globo, Brasil e França, circunstancialmente, tornam-se aliados.

Fato novo

Eis o fato novo que joga Lula no topo da diplomacia mundial, incômodo ao imperador americano, que se transforma no adversário maior da humanidade do qual todos tentam se afastar.

Lula, em busca do seu projeto desenvolvimentista, chega a Pequim, aos olhos de Jiping, como novo aliado da França, enfim, da Europa, que quer libertar-se do garrote de Washington.

A luta, agora, que vai se tornando aberta entre Estados Unidos e europeus, resistentes à ordem imperial de cortar relações com Putin e se afastarem da China de Xi Jiping, passa a ter participação do Brasil.

Com Lula à frente, interessado na superação da guerra, para amenizar o caos econômico que se aprofunda, no Brasil, diante de BC Independente, serviçal da bancocracia rentista, o conflito, na Ucrânia, ganha outro colorido, pois arrasta toda a América Latina para deixar de ser o quintal de Tio Sam.

Por isso, o presidente brasileiro julga-se detentor de direito legítimo para dar sua opinião, independente dos que defendem seu silêncio para não incomodar o senhor da guerra.

Biden e o seu porta-voz no Brasil, o Globo, empurram Lula para os braços de Jiping e do seu aliado no conflito, Putin, presidente da Rússia, enquanto, concomitantemente, o titular do Planalto vai ganhando o coração da Europa.

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