Lula aposta no imponderável

"Ao manter enfaticamente sua candidatura de dentro da prisão, em meio a uma conjuntura que não aponta caminhos para sua liberdade nos cinco meses que antecedem as eleições, Lula faz uma jogada de risco e aposta no imponderável, que é sinônimo de incalculável, indeterminado, inestimável, incomensurável e imprevisível", diz o colunista Alex Solnik; "Está dando certo, por enquanto: seu favoritismo não se abalou depois de 30 dias de reclusão, garantem as pesquisas, que são o oráculo eleitoral mais confiável atualmente"; "Lula aposta no imponderável porque sabe que, qualquer que seja o resultado final, ele sairá como vencedor"

"Ao manter enfaticamente sua candidatura de dentro da prisão, em meio a uma conjuntura que não aponta caminhos para sua liberdade nos cinco meses que antecedem as eleições, Lula faz uma jogada de risco e aposta no imponderável, que é sinônimo de incalculável, indeterminado, inestimável, incomensurável e imprevisível", diz o colunista Alex Solnik; "Está dando certo, por enquanto: seu favoritismo não se abalou depois de 30 dias de reclusão, garantem as pesquisas, que são o oráculo eleitoral mais confiável atualmente"; "Lula aposta no imponderável porque sabe que, qualquer que seja o resultado final, ele sairá como vencedor"
"Ao manter enfaticamente sua candidatura de dentro da prisão, em meio a uma conjuntura que não aponta caminhos para sua liberdade nos cinco meses que antecedem as eleições, Lula faz uma jogada de risco e aposta no imponderável, que é sinônimo de incalculável, indeterminado, inestimável, incomensurável e imprevisível", diz o colunista Alex Solnik; "Está dando certo, por enquanto: seu favoritismo não se abalou depois de 30 dias de reclusão, garantem as pesquisas, que são o oráculo eleitoral mais confiável atualmente"; "Lula aposta no imponderável porque sabe que, qualquer que seja o resultado final, ele sairá como vencedor" (Foto: Alex Solnik)


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Ao manter enfaticamente sua candidatura de dentro da prisão, em meio a uma conjuntura que não aponta caminhos para sua liberdade nos cinco meses que antecedem as eleições, Lula faz uma jogada de risco e aposta no imponderável, que é sinônimo de incalculável, indeterminado, inestimável, incomensurável e imprevisível.

Está dando certo, por enquanto: seu favoritismo não se abalou depois de 30 dias de reclusão, garantem as pesquisas, que são o oráculo eleitoral mais confiável atualmente.

Agora que lhe sobra tempo para refletir e não tem ninguém para soprar ideias na sua orelha, Lula deve ter chegado à conclusão de que não tem nada a perder e sim tudo a ganhar com sua decisão que parece fora de propósito para raciocínio de gente comum, como nós, que não estamos presos, não somos candidatos a presidente nem temos a preferência dos brasileiros.

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Ele deve ter avaliado, primeiramente, que, se ele abre mão da candidatura o apoio em torno dele se desmancha no ar como tudo que é sólido e o acampamento que lhe dá bom dia, boa tarde e boa noite é desmontado na mesma hora.

O acampamento, afinal, está lá para tirá-lo da cadeia rumo ao Planalto. E não rumo a São Bernardo. Se não for para isso vai todo mundo para casa. E se for todo mundo para casa arrefece a pressão pela sua libertação. Ou seja, se ele desiste fica mais difícil sair da cadeia. E, por outro lado, de que adianta para ele sair da cadeia e não ser candidato?

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Lula não tem outro caminho a não ser a candidatura porque o PT, por ser um dos grandes, não pode se apequenar sendo vice de um partido menor, como o PDT, como sugeriu Jacques Wagner nem tem outro nome com o seu peso para substituí-lo. As pesquisas mostram que o eleitor de Lula quer Lula e não Haddad, Wagner ou Amorim, por mais qualificados e por mais amigos de Lula que sejam.

Eis porque não há nem pode haver Plano B.

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Lula resolveu apostar todas as fichas em si próprio. Ele não tem com que se preocupar até 15 de agosto. Provavelmente seu ibope vai crescer ainda mais. E sua pré-campanha estará na rua com apelo emocional evidente. Só vai se falar em Lula.

Os pepinos só vão começar no dia do registro da candidatura. Ela será contestada, a defesa de Lula vai recorrer e a seguir virá uma batalha de decisões e recursos que ninguém sabe quanto tempo irá durar.

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Enquanto a batalha não tiver uma conclusão, Lula poderá ir em frente, como qualquer outro candidato. Não se sabe como e se irá participar de debates com outros candidatos, mas tudo se resolve.

Dando tudo certo para ele, poderá, teoricamente, ser sufragado e vencer a eleição no primeiro turno. Mas, no dia em que for – se for - barrado definitivamente pelo TSE, terá de suspender tudo. Até mesmo seu diploma, depois de concedido, poderá ser cassado.

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Lula deve ter pensado o seguinte: não importa a que etapa eu vou conseguir chegar; será uma etapa à frente da qual eu estaria se desistisse.

É claro que tudo pode também dar errado, sua candidatura ser abatida tarde demais para ele transferir suas intenções de voto não é uma possibilidade remota.

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Mas, se ele for abatido, ninguém poderá dizer que ele deixou de lutar.

Lula aposta no imponderável porque sabe que, qualquer que seja o resultado final, ele sairá como vencedor.

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