Lula, a diplomação pela terceira vez

"Lula é uma síntese do povo brasileiro", escreve o colunista Arnobio Rocha. "Sua diplomação é um marco para a democracia brasileira"

Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre de Moraes
Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre de Moraes (Foto: UESLEI MARCELINO - REUTERS)


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Primeiro é preciso dizer que Lula é um ser muito superior, não é normal, uma trajetória absolutamente incrível e inacreditável. É óbvio que a emoção bate forte, pois é um privilégio viver numa época dessas e ter Lula como liderança.

Lula é uma síntese do povo brasileiro, suas origens, sua luta, primeiro pela vida, sobrevivência de retirante nordestino, morador da periferia de São Paulo.

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Lula foi forjado no meio do povo, com todas as suas contradições, limites, mas também da sapiência, da ousadia, do líder sindical, que preferia o futebol, o seu Corinthians.

Não obstante, Lula foi colocado no lugar e na hora certa, para liderar as mais importantes greves do país, que puseram à pique a ditadura militar, algo impensável, como aquele “semianalfabeto” poderia liderar não apenas peões de fábrica, mas a classe média urbana e intelectual.

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Lula cresceu, fundou o PT, tornou um partido nacional e seu nome correu mundo. Foi candidato nas eleições de 1989, 94 e 98, até que em 2002, se elegeu o primeiro presidente vindo dos de baixo.

Lula fez dois governos cheios de simbolismos e de grande sucesso econômico, social e de projeção mundial. Elegeu sua sucessora, a primeira mulher eleita, Dilma Rousseff.

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Os altos índices de aprovação, sempre causaram incômodos ao poder real, mesmo Lula não lhe sendo hostil, ele não era aceito e precisava ser destruído.

Lula sofreu a maior perseguição já vista num país democrático, criminalizado, sem direito a voz, finalmente injustamente condenado numa farsa de uma operação neofascista, a lava jato.

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Lula foi preso por 582 dias, não pode concorrer em 2018, apenas em dezembro de 2019, foi solto e todas as condenações e processos foram anulados um a um.

Lula estava livre e poderia descansar, com toda justiça, mas o país que ele ajudou a ser respeitado no mundo, foi destruído por um golpe em 2016 e depois pela eleição de Bolsonaro.

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Lula aceitou e liderou uma ampla frente e por uma grande virada da história, conseguiu vencer tudo, as mentiras, a desconfiança, a sua imagem tão atacada, a derrama financeira feita por Bolsonaro, gastando bilhões e compra aberta de votos.

O verdadeiro ser mitológico, Lula, venceu a mais dura das eleições do Brasil. Mais uma vez o eterno sobrevivente nordestino chegará ao governo e enche de esperança.

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Sua diplomação é um marco para a democracia brasileira, a luta maior está por vir, em 1° de janeiro de 2023.

Viva, Lula!

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