Louvemos agora @s corajos@s homens e mulheres
Honremos @s trabalhador@s que enfrentaram a empresa Amazon
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Traduzido e adaptado por Rubens Turkienicz com exclusividade para o Brasil 247
Honremos @s trabalhador@s que enfrentaram a empresa Amazon, especialmente Chris Smalls – descrito pelo advogado-chefe da Amazon como “não esperto, nem articulado” [que não articula bem as palavras] – e que liderou há dois anos uma greve no armazém da Amazon na Staten Island JFK8 [no aeroporto de New York City], no início da pandemia, para protestar contra as condições perigosas de trabalho. Ele foi imediatamente despedido. No entanto, os caros advogados da Amazon foram surpreendidos. Smalls sindicalizou o primeiro armazém da Amazon nos EUA. Junto com o seu cofundador, Derrick Palmer, ele construiu o sindicato deles trabalhador por trabalhador, com pouco apoio de fora e sem filiação com qualquer grupo nacional de sindicatos; eles levantaram US$ 120 mil através do fundo coletivo GoFundMe. Só no ano passado, a Amazon gastou mais de US$ 4,3 milhões com consultores anti-sindicatos, segundo os registros federais.
Não devemos subestimar esta vitória. Só reconstruindo os sindicatos e realizando greves poderemos interromper a espiral descendente da classe trabalhadora. Nenhum político o fará por nós. Tampouco os dois partidos dominantes serão nossos aliados. As mídias serão hostis. O governo, comprometido pelas corporações e os ricos, usará os seus recursos para esmagar os movimentos dos trabalhadores – não importando qual dos dois partidos dominantes esteja na Casa Branca. Esta será uma luta longa, dolorosa e solitária.
Pode-se ver o que os oligarcas temem por aquilo que estes tentam destruir – os sindicatos. A Amazon – o segundo maior empregador dos EUA, à seguir da Walmart – despeja recursos chocantes para bloquear a organização de sindicatos, como o faz a Walmart. Segundo documentos do tribunal, eles formaram uma equipe de reação, envolvendo 1- departamentos e incluindo um grupo de segurança formado por veteranos militares, para contrapor-se à organização dos trabalhadores em Staten Island e tinham planos já elaborados no seu “Protest Responses Playbook” (Guia de Respostas aos Protestos) e no “Labor Activity Playbook” (Guia de Atividades Sindicais) para impedir as atividades do sindicato. As equipes para impedir as greves organizaram reuniões compulsórias ao estilo maoísta – até 20 reuniões por dia, nas quais os supervisores denegriam os sindicatos. Eles fizeram uso de subterfúgios para dificultar o voto para formar um sindicato. Eles colocaram cartazes anti-sindicatos nos banheiros. Eles despediram trabalhadores suspeitos de organizar o sindicato. E se apoiaram no esvaziamento da legislação antimonopólios e a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA - Occupational Safety and Health Administration), bem como a emasculação do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB - National Labor Relations Board) – o que deixou os trabalhadores praticamente indefesos, apesar do NLRB ter tomado algumas decisões à favor dos organizadores do sindicato.
“Eles nos chamaram de 'um bando de bandidos' “-Smalls disse aos repórteres após a votação de 2.654 a 2.131 à favor de formar o sindicato. “Eles tentaram espalhar rumores racistas. Tentaram demonizar o nosso caráter, mas isso não funcionou.”
Assim como a maioria das corporações, a Amazon não tem mais compromissos com os direitos dos trabalhadores do que tem com a nação. Eles evitam o pagamento de impostos através de uma série de brechas na lei, projetadas pelos seus lobistas em Washington e aprovadas pelo Congresso dos EUA. Em 2021, a empresa esquivou-se de pagar US$ 5,2 bilhões ao imposto de renda federal para corporações, mesmo tendo declarado um recorde de lucros de mais de US$ 35 bilhões. Eles pagaram apenas 6% de imposto de renda federal sobre estes lucros. A Amazon declarou uma renda de mais de US$ 11 bilhões em 2018, porém nada pagou de impostos federais naquele ano e ainda recebeu uma restituição de US$ 129 milhões. Jeff Bezos, o proprietário da Amazon, é o segundo homem mais rico do mundo – sua fortuna pessoal vale mais de US$ 180 bilhões. Assim como Elon Musk – o homem mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal estimada em US$ 277 bilhões – Bezos brinca com foguetes espaciais como se estes fossem brinquedos, e está terminando a construção do seu yacht de US$ 500 milhões, o maior do mundo.
Bezos é o dono do Washington Post. O bilionário biocientista Patrick Soon-Shiong é dono do The Los Angeles Times. Fundos de derivativos e outras empresas financeiras são proprietárias de mais da metade dos jornais diários nos EUA. A televisão está nas mãos de uma meia dúzia de corporações, as quais controlam 90% do que os estadunidenses veem na telinha. A Warner Media, atualmente uma propriedade da AT&T, é dona da CNN e da Time Warner. A dona da MSNBC é a Comcast, que é uma subsidiária da General Electric – o 11º maior fornecedor da defesa nos EUA. A News-Corp (da família Murdoch) é dona do Wall Street Journal e do NY Post. Os oligarcas reinantes não se importam com o que nós vemos/lemos, desde que permaneçamos extasiados pelos espetáculos triviais e emocionalizantes que eles fornecem. Nenhum destes veículos desafiam os interesses dos seus donos, acionistas ou clientes – os quais orquestram o assalto aos trabalhadores. Quanto mais poderosos os trabalhadores se tornam, mais as mídias serão usadas como armas contra eles.
A primeira matéria que eu publiquei num jornal importante – o The Christian Science Monitor – foi sobre o esmagamento feito pela corporação estadunidense Gulf and Western sobre uma organização sindical na sua zona industrial livre em La Romana, na República Dominicana – uma campanha que incluiu intimidações, espancamentos, demissões e assassinatos dos organizadores sindicais dominicanos. A estória foi inicialmente aceita pela seção Outlook (perspectiva) do Washington Post até que a Gulf and Western – que era a dona da Paramount Pictures – ameaçou retirar do jornal todas as propagandas dos seus filmes. O jornal The Monitor - fundado pela The Christian Science Church (Igreja da Ciência Cristã) não publicava propagandas. Esta foi uma primeira e importante lição sobre as severas limitações da imprensa comercial.
Um ano antes, o The New York Times jogou no lixo uma matéria investigativa escrita pelo considerado como o nosso maior jornalista investigativo, Seymor Hersh, a qual expunha a matança executada pelo exército dos EUA de uns 500 civis desarmados em My Lai e a tortura em Abu Ghraib, bem como a reportagem de Jeff Gerth sobre a empresa Gulf and Western. Hersh e Gerth documentaram como a Gulf and Western fez fraudes, abusos e sonegação de impostos, e tinha conexões com o crime organizado. Charles Bluhdorn, o CEO da Gulf and Western, mantinha laços sociais com o Publisher do The New York Times, Arthur “Punch” Sulzberger – o que incluía convites para assistir pré-lançamentos de filmes que seriam lançados em breve pela Paramount no cinema privado na casa de Bluhdorn. Este último usava as suas conexões no jornal para desacreditar Hersh e Gerth, bem como para bombardear o jornal com cartas acusatórias e telefonemas ameaçadores. Ele contratou investigadores privados para procurar sujeira sobre Hersh e Gerth. Quando os dois repórteres apresentaram a sua matéria de 15 mil palavras, o editor de negócios, John Lee – segundo as palavras de Hersh – e o seu “círculo lambe-botas [no original: “ass-kissing” = beijadores de bunda] de editores idiotas” a neutralizaram, quiçá com medo de serem processados judicialmente. Hersh descobriu que uma coisa era ir contra uma instituição pública; porém era uma outra coisa completamente diferente enfrentar uma grande corporação. Ele nunca mais trabalhou regularmente para um jornal.
“A experiência foi frustrante e enervante”, escreve Hersh nas suas memórias no livro “Reporter”. “Escrever sobre as corporações estadunidenses esgotou a minha energia, desapontou os editores e me enervou. Eu temia que não haveria investigações sobre as corporações dos EUA: a Ganância havia vencido. A repelente luta com a Gulf and Western havia sacudido o Publisher e os editores ao ponto de que foi permitido aos editores responsáveis pelas páginas de negócios corromper e erodir o bom trabalho que Jeff e eu havíamos feito. Eu não pude evitar de perguntar-me se alguém havia contado aos editores sobre a conexão pessoal de Bluhdorn com “Punch” Sulzberger. Seja como for, ficou claro para mim e para o Jeff que a coragem que o Times havia demonstrado ao confrontar a ira de um presidente [Nixon] e o seu advogado-geral na crise dos Documentos do Pentágono (Pentagon Papers) em 1971 havia desaparecido quando confrontada pela tagarelice de vigaristas corporativos...” - escreve Hersh.
Os Estados Unidos tiveram as guerras trabalhistas mais violentas do mundo industrializado, com centenas de trabalhadores assassinados por valentões e milícias pagas por empresas, milhares de feridos e dezenas de milhares incluídos em listas negras. A luta pelos sindicatos e, com estes, por salários, benefícios e proteção de emprego decentes, foi paga por rios de sangue e enormes sofrimentos da classe trabalhadora. No passado, a formação de sindicatos incluía uma longa e perversa guerra de classes. Os aparatos de segurança e vigilância – incluindo o departamento de Segurança da Pátria (Homeland Security) e o FBI – serão usados, junto com as empregas privadas de segurança e os bandidos contratados pelas corporações para monitorar, infiltrar e destruir a organização de sindicatos.
Durante algum tempo, os sindicatos possibilitaram a existência de salários de classe média para os trabalhadores da indústria automotiva, motoristas de ônibus, eletricistas e trabalhadores da construção. Porém, estes ganhos foram revertidos. Como foi assinalado pelo The New York Times, se o salário-mínimo tivesse acompanhado a produtividade crescente, agora os trabalhadores estariam ganhando US$ 20 por hora.
A nascente organização sindical atual na Amazon, Starbucks, Uber, Lyft, John Deere, Kellogg, a fábrica de Special Metals em Huntigton, West Virginia – e propriedade da Berkshire Hathaway; a REI, a União dos Marceneiros do Noroeste (Northwest Carpenters Union), a Kroger, os professores de Chicago, West Virginia, Oklahoma e Arizona; os trabalhadores de fast-food, centenas de enfermeiras em Worcester, Massachusetts, e os membros da Aliança Internacional dos Empregados nos Palcos Teatrais (International Alliance of Theatrical Stage Employees – teatros, indústria cinematográfica e de espetáculos), são sinais de que os trabalhadores estão descobrindo que o único poder real que eles têm é o coletivo – apesar que um reles 9% da força de trabalho nos EUA é sindicalizada. Depois de uma greve que durou quase três meses no outono passado, mil e quatrocentos trabalhadores da fábrica da Kellogg's em Omaha que fabricam Cheez-Its conquistaram um novo contrato com 15% de aumento dos seus salários em três anos.
A traição do Partido Democrata à classe trabalhadora – especialmente durante o governo Clinton, as leis anti-sindicais, incluindo acordos comerciais que permitiam que trabalhadores explorados n México e na China substituíssem os trabalhadores sindicalizados nos EUA – foi aprovada por políticos comprados-e-pagos nos dois partidos dominantes, para benefício das grandes empresas. A desindustrialização e a insegurança empregatícia metamorfosearam-se na economia “gig” [trabalho temporário e precário, sem carteira assinada nem direitos] – na qual os trabalhadores são reduzidos a viver com salários de subsistência, sem benefícios nem segurança empregatícia e poucos direitos.
Como Karl Marx assinalou, os capitalistas têm apenas duas metas: reduzir o custo do trabalho – o que significa empobrecer e explorar os trabalhadores – e aumentar a taxa de produção – o que frequentemente ocorre através da automação, incluindo os onipresentes robôs laranjas móveis que carregam pilhas de produtos nos chãos de armazéns de milhares de metros quadrados. Quando seres humanos interferem com estes dois objetivos capitalistas, eles são sacrificados.
A miséria financeira que aflige os trabalhadores, encurralados em armadilhas de dívidas e caçados por bancos, empresas de cartões de créditos, empresas de empréstimos estudantis, a economia “gig”, um sistema de saúde para o lucro que resultou num sistema que não evitou que os EUA tivessem cerca de um sexto de todas as mortes registradas por COVID-19 no mundo – enquanto temos menos de 8% da população mundial – e empregadores que pagam salários baixos e não provêm benefícios, está ficando cada vez pior, especialmente com a inflação crescente.
Enquanto ele esbanja US$ 13,6 bilhões na Ucrânia e expande o orçamento militar para US$ 754 bilhões, Biden supervisionou a perda dos benefícios estendidos de desemprêgo, ajuda para aluguéis, indulgência dos empréstimos estudantis, cheques emergenciais, a moratória dos despejos e, agora, o fim da expansão dos créditos de impostos para crianças. Ele recusou-se a cumprir até as suas mais tépidas promessas de campanha – incluindo o aumento do salário mínimo para US$ 15/hora e o cancelamento das dívidas dos empréstimos estudantis. O seu projeto 'Build Back Better' (Reconstruir Melhor) foi jogado no lixo.
Assim como muitos trabalhadores nos EUA, os empregados da Amazon aguentam condições de trabalho terríveis. Eles são obrigados a trabalhar em turnos compulsórios de 12 horas. Lhes é recusado fazer pausas para ir ao banheiro – muitas vezes eles têm que urinar em garrafas. Eles aguentam trabalhar em temperaturas sufocantes no armazém durante o verão. Eles são obrigados a perscrutar um novo item a cada 11 segundos para cumprir as suas quotas. A empresa sabe imediatamente quando eles atrasam o ritmo. Falhe em cumprir a quota e você é despedido.
Numa matéria investigativa para a seção Reveal do Centro para Reportagens Investigativas, Will Evans descobriu que “a obsessão da empresa com a velocidade transformou os seus armazéns em usinas de ferimentos”. Evans juntou relatórios de ferimentos internos de 23 dos 110 “fulfillment centers” (centros de cumprimento de pedidos) no país todo... Ele escreve que “Considerados como um todo, a taxa de ferimentos sérios nestas instalações foi mais do que o dobro da média nacional na indústria da armazenagem: 9,6 ferimentos graves por cada 100 trabalhadores de tempo integral em 2018, comprados com uma média de 4 na média da indústria.
Evans descobriu que os feridos são afastados como bens danificados, ou são enviados para trabalhos que os ferem ainda mais.”
“A duração do trabalho de Parker Knight – um veterano inválido que trabalhou este ano no armazém de Troutdale, Oregon, da Amazon, demonstra a precisão cruel do sistema da Amazon” - escreve Evans. “Foi permitido que Knight trabalhasse em turnos mais curtos depois que ele sofreu lesões nas costas e nos tornozelos no armazém, porém o sistema ADAPT [controle de ritmo de produção] não o poupou. Knight foi avisado três vezes em maio por não cumprir a sua quota. As expectativas eram precisas. Ele devia processar 385 itens pequenos, ou 350 itens médio por hora. Numa semana, ele atingiu 98,45% do seu ritmo esperado, porém isso não era suficiente. Aquele déficit de 1,55% no seu ritmo de trabalho resultou no seu último aviso por escrito – o último antes de ser demitido.”
O The New York times revelou no ano passado que a Amazon também engana regularmente novos pais, pacientes com crises médicas e outros trabalhadores vulneráveis de licença.
A reportagem do jornal registra que “trabalhadores do país todo que enfrentam problemas médicos e outras crises de vida têm sido demitidos quando o software de presença erroneamente os assinala como faltantes - segundo membros atuais e ex-membros dos funcionários de recursos humanos, alguns dos quais só falaram anonimamente, por medo de sofrer castigos”. “Anotações de médicos desapareceram em buracos negros nos bancos de dados da Amazon. Os empregados lutaram até para falar com os gerentes dos seus casos, tendo que vadear em árvores automatizadas de telefones que dirigiam as suas chamadas para centros de atendimentos sobrecarregados na Costa Rica, na Índia e em Las Vegas. E o sistema de licenças inteiro era processado em uma miscelânea de programas que frequentemente não falavam entre sí. Alguns trabalhadores que estavam prestes a voltar ao trabalho descobriram que estava sobrecarregado demais para processá-los, resultando em semanas ou meses de renda perdida. Os funcionários corporativos com salários mais altos, que tinham que navegar os mesmos sistemas, descobriram que arranjar uma licença de rotina poderia transformar-se num atoleiro.
Através de gurus de autoajuda como Oprah, pregadores do “evangelho da prosperidade” e a indústria de entretenimento, a classe dominante privatizou eficazmente a esperança. Eles vendem a fantasia de que a realidade jamais é um impedimento para aquilo que desejamos. Se acreditamos em nós mesmos, se trabalhamos duro, se compreendemos que somos verdadeiramente excepcionais, podemos ter qualquer coisa que queiramos. A privatização da esperança é perniciosa e autodestrutiva. Quando falhamos em alcançar as nossas metas, quando os nossos sonhos são inatingíveis, somos ensinados que isso não se dá devido a injustiças econômicas, sociais ou políticas; a falha está dentro de nós. A História demonstra que o único poder que os cidadãos têm é através do coletivo; sem o coletivo, somos tosquiados como ovelhas. Esta é uma verdade que a classe dominante gasta muito tempo obscurecendo.
Qualquer avanço que conseguimos em justiça social, política e econômica é imediatamente assaltado pela classe dominante. A classe dominante nos retira os ganhos que conseguimos – que é o que ocorreu após os levantes de movimentos de massa nos anos de 1930 e, mais tarde, nos anos de 1960. Os oligarcas buscam exterminar aquilo que p cientista político Samuel Huntington chamou cinicamente de “o excesso de democracia”. Por esta razão, o sociólogo Max Weber chamou a política de uma vocação. Mudanças sociais não podem ser conseguidas simplesmente votando; elas exigem esforços infinitos para construir uma nova ordem política, uma ordem que exige dedicação vitalícia, organizando-nos para conter os excessos vorazes do poder e exige sacrifício pessoal. Esta eterna vigilância é a chave para o sucesso.
Enquanto eu escrevo isso, sem dúvida a vasta maquinaria da Amazon está conspirando para destruir o sindicato de Staten Island. Ela não pode permitir que isso seja um exemplo de sucesso. A empresa tem 109 “fulfillment centers” (centros de atendimento) e está decidida a mantê-los dessindicalizados. Porém, se não formos complacentes, se continuarmos a organizar e resistir, se unirmos os braços com os nossos aliados sindicalizados no país todos, se formos capazes de fazer greves, nós – e eles – temos uma chance.
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