Lira e Aras têm que decidir se estão com Bolsonaro ou com a democracia
"Tanto Lira quanto Aras têm interesses pessoais evidentes. Lira quer extrair o máximo do que ainda resta do governo. Aras tem a promessa de ser o próximo no STF se Bolsonaro se reeleger", destaca Alex Solnik
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A essa altura do campeonato, Brasília se divide em dois times. Os que estão contra e a favor de Bolsonaro. Os que são a favor dele são contra a democracia. E vice-versa. Não há terceira via.
Lira ainda não decidiu de que lado está. Na semana passada dizia que o voto impresso deveria ser descartado porque não passaria. Não passou na comissão especial, mas ele vai levar ao plenário. Pacheco, porém, garantiu, também hoje, que as eleições de 2022 serão realizadas com urnas eletrônicas.
Aras também está indeciso. E continuou assim depois do encontro, convocado por Fux. Ninguém sabe o que aconteceu entre quatro paredes, mas o mais provável é que Fux tenha instado Aras a abrir processo contra Bolsonaro.
Coincidência ou não, os subprocuradores-gerais da República, a nata do Ministério Público Federal afirmaram, hoje, que impedir o livre exercício do voto é crime de responsabilidade e crime comum. E pressionaram Aras a processar Bolsonaro.
Tanto Lira quanto Aras têm interesses pessoais evidentes. Lira quer extrair o máximo do que ainda resta do governo para se fortalecer no centrão e na Câmara. Não quer matar a galinha dos ovos de ouro. Aras tem a promessa de ser o próximo no STF se Bolsonaro se reeleger.
Se continuarem fingindo que não é com eles, será a prova de que preferem morrer abraçados com Bolsonaro.
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