Licença para matar: decreto de golpistas autoriza repressão sanguinária ao povo boliviano

O colunista Jeferson Miola critica o Decreto do governo golpista da Bolívia que exime as Forças Armadas e as polícias de responsabilidades criminais pela repressão brutal contra o povo boliviano. "É urgente um pronunciamento do Conselho de Segurança da ONU e o rechaço de toda a comunidade internacional ao golpe promovido pelos EUA na Bolívia e que está causando uma catástrofe humanitária no país"

Protestos na Bolívia após golpe de Estado contra Evo Morales
Protestos na Bolívia após golpe de Estado contra Evo Morales (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)


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O governo ilegítimo e usurpador da Bolívia publicou Decreto através do qual exime as Forças Armadas e as polícias de responsabilidades criminais pela repressão sanguinária perpetrada contra o povo boliviano.

Diz o artigo 3º do Decreto:

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O pessoal das Forças Armadas que participe das operações de restauração da ordem e da estabilidade pública, ficará isento de responsabilidade criminal quando, em cumprimento de suas funções constitucionais, atuar em legítima defesa ou estado de necessidade”.

Com o Decreto, militares e policiais civis da Bolívia receberam licença para matar seu próprio povo, quando teriam a responsabilidade constitucional de defendê-lo.

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O Decreto que dá carta branca para o banho de sangue na Bolívia só foi publicado na tarde deste sábado, 16/11, porém com assinatura do dia anterior, quando ocorreram mais 9 assassinatos de populares pelas forças policiais que reprimiram manifestações pelo país.

O golpe planejado em Washington e executado em solo boliviano diretamente pela OEA de Almagro com o apoio decisivo de governos capachos e subservientes aos EUA como Bolsonaro, no Brasil; Iván Duque, na Colômbia e de Piñera, no Chile, está evoluindo para uma ditadura sanguinária.

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Apesar do aprofundamento da violência e do terror de Estado, cresce a cada dia e se radicaliza ainda mais a resistência popular e democrática ao golpe.

É urgente um pronunciamento do Conselho de Segurança da ONU e o rechaço de toda a comunidade internacional ao golpe promovido pelos EUA na Bolívia e que  está causando uma catástrofe humanitária no país andino.

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