Lawfer e "cancelamentos" no parquinho imperialista

Os relacionamentos escorrem pelos dedos, no mundo pós-moderno: a inteligência artificial dirige o intelecto. E a pós-verdade se afirma transformando assassinos em vítimas. Deus é o capital. Religião é o capitalismo. E o Lawfer é o novo Caronte que quer levar as almas do povo incauto para o Haddes da Censura obscena contra o Jornalismo independente



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A política do Imperialismo é antiga, ela remonta as grandes conquistas de terras por parte de um MERCANTILISMO sugador. O Imperialismo é a etapa superior do capitalismo. E o termo último em si entrou para o vocabulário econômico do mundo na década de 1860. Em 1867, aquele que foi o maior crítico do Capitalismo lança “O Capital”. O triunfo de este pensamento econômico está em sua quarta Revolução (atualmente).

A filosofia de comprar tudo barato e vender mais caro, incluindo o trabalho, foi se expandindo; com tímida participação popular: nos limites necessários para garantir a ordem burguesa, evitando o risco de ela ser derrubada.

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Historicamente, a partir de 1848, ano que encerra didaticamente a Era das Revoluções, a “democracia” ainda era vista como o prelúdio rápido e certeiro para o “socialismo”. O capitalismo gerou um mundo de vitoriosos e de vítimas: os últimos foram mutilados através do que se chamou de progresso, ou melhor, drama do progresso.

A História é filha de seu tempo, ela narra o fato do presente para o presente, não se importando em qual temporalidade ele habite. O pensador político francês Alexis de Tocqueville ergueu-se na Câmara dos Deputados para expressar sentimentos que muitos europeus partilhavam e proferiu: Estamos dormindo sobre um vulcão... Os senhores não percebem que a terra treme mais uma vez? “Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte”. 

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Já que dois exilados alemães, Karl Marx e Friedrich Engels, o primeiro com 30 anos, e o segundo com 28 divulgavam os princípios da Revolução proletária, na França.

Sim, o Manifesto comunista nasceu. Ele engatinhou, e caminhou. É documento e perdura; mesmo que a revolução do socialismo ainda não tenha mudado os rumos sociais da Terra. Em 1871, o advento da Comuna de Paris; uma resistência proletária que perdurou apenas dois meses: viu o massacre de 20.000 pessoas. E aqui no Brasil, em Canudos, na Bahia; um número aproximado a predecessora francesa fora de 25 mil massacrados que apenas desejavam viver livres da espoliação desumana.

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Com uma diferença de apenas 26 anos, ambas as Revoltas foram canceladas pelo poder da arma. E hoje temos outro armamento tão poderoso quanto o fuzil: o lawfer.

O termo significa “guerra jurídica”, e o direito é usado como arma, e não como justiça. Vivemos tempos líquidos, tempos em que a estética predomina sobre a ética. Tempos de pós-modernidade doentia: que transformam o tempo em um eterno presente, sem memória, sem respeito e sem moral. Tempos de incerteza geram permanências anacrônicas, e rupturas indecentes.

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Os relacionamentos escorrem pelos dedos, no mundo pós-moderno: a inteligência artificial dirige o intelecto. E a pós-verdade se afirma transformando assassinos em vítimas. Deus é o capital. Religião é o capitalismo. E o Lawfer é o novo Caronte que quer levar as almas do povo incauto para o HADDES da Censura obscena contra o Jornalismo independente.

E a obrigação de um verdadeiro Homem posicionado à esquerda de pensamentos utilitários como o do liberal Alexis de Tocqueville: transparece em apontamentos basais do Manifesto Comunista de 1848, como a seguir: "Na sociedade burguesa o capital é independente e pessoal, ao passo que o indivíduo que trabalha é dependente e impessoal"

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“Nós não deveríamos construir muros, deveríamos construir pontes”.

Zygmunt Bauman - filósofo.

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