Lava Jato não prendeu um único tucano ladrão — Homens da lei e a luta de classe
Somente quem é um completo pateta ou um total idiota, mesmo a ser um eleitor e apoiador de Jair Bolsonaro, não percebe que a Lava Jato é um enclave político e ideológico que atua no campo da direita
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Por Davis Sena Filho
Somente quem é um completo pateta ou um total idiota, mesmo a ser um eleitor e apoiador de Jair Bolsonaro, não percebe que a Lava Jato é um enclave político e ideológico que atua no campo da direita, bem como foi criada com o propósito de combater a corrupção no Brasil.
Porém, e rapidamente, policiais, procuradores e juízes perceberam a força que tinham para agir politicamente e, consequentemente, aplicaram a Constituição e todos os códigos civis e penais conforme seus interesses políticos, ideológicos e eleitorais, assim como entraram de cabeça na luta de classe ao perseguirem o ex-presidente Lula e a se utilizarem de todas as covardias possíveis para que o político trabalhista fosse impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018.
A verdade é que esses servidores públicos de PF, Justiça e MPF, empoderados desde ano de 2013, quando bandos ensandecidos da classe média tradicional e média alta saíram às ruas por puro oportunismo político e ideológico, a fim de derrubar uma presidente legitimamente e legalmente reeleita, pois derrotara o tucano Aécio Neves, político do PSDB que, derrotado, não reconheceu o resultado das urnas.
Este fato rocambolesco fortaleceu a sublevação nas ruas e mobilizou uma direita com sangue nos olhos e muita disposição para destruir tudo o que foi construído nos governos petistas, no que concerne aos direitos e benefícios dos cidadãos brasileiros, como os programas de inclusão social, além de paralisar obras importantes, destruir empresas brasileiras multinacionais, congelar os orçamentos da saúde e da educação por 20 anos e entregar sem nenhuma resistência o pré-sal.
Além disso, os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro demoliram (e ainda estão a demolir) os códigos ambientais e de proteção de índios, quilombolas, mulheres, trabalhadores, negros, deficientes, aposentados, além de desconstruir o Estado Nacional, com o programa de lesa-pátria “Uma Ponte para o Futuro”, que efetiva a entrega de estatais estratégicas, a exemplo da Petrobras, Eletrobras, Correios, Embraer, dentre muitas outras empresas públicas, que, na verdade, são historicamente as pontas de lanças do desenvolvimento brasileiro. Empresário quer lucro, e só.
A resumir: uma “revolução” de direita, como sempre às avessas, que tem por finalidade transformar o Brasil no quintal dos países desenvolvidos, notadamente os Estados Unidos, país referência da turba golpista e inconsequente, que foi às ruas vestida de papagaio, com o pensamento colonizado e pleno de ódios, rancores e ressentimentos contra os governos de Lula e Dilma, que colocaram o Brasil na condição de player internacional, de forma que o gigante sul-americano se tornasse a sexta maior economia do mundo.
Os governos do PT causaram ainda às classes médias e ricas grande descontentamento, quando incluíram o pobre no orçamento da União e, com efeito, facilitaram o acesso das classes populares aos ensinos técnico e universitário, bem como ao consumo, de forma avassaladora e surpreendente para as classes médias e ricas, que passaram a sentir cólera das políticas públicas de inclusão e proteção social, pois que ódio entranhado em suas mentes e almas, desde os tempos de seus antepassados.
As classes média e média alta das quais a incluir os juízes, generais, procuradores, policiais de alto escalão, tanto das PM, Civil e Federal, sendo que muitos deles em cargos e funções de poder e mando, de forma a levar para suas ações políticas e ideológicas os atos persecutórios, que tiveram e ainda tem a finalidade de combater as pessoas que tais servidores públicos, politizados e partidarizados, consideram inimigas.
Neste caso, e com maior destaque e ênfase, os políticos do Partido dos Trabalhadores, de modo que esse processo planejado e levado, irresponsavelmente, a cabo ainda está a trafegar pelos escaninhos da Justiça, MPF e PF, porque essa gente reacionária e que se considera “conservadora” cometeu crimes em série na Lava Jato e farão de tudo para que Lula não seja candidato a presidente da República.
É aquele negócio: se não derrotamos a esquerda nas urnas, a derrotamos no tapetão, nem que seja necessário continuar a criminalizar o PT e suas lideranças, bem como judicializar a política e o sistema eleitoral, a engessar o processo legal sob a guarda de servidores públicos.
Agentes que deveriam ter a obrigação de respeitar os ditames da Constituição ao invés de manipulá-la e distorcê-la em proveito próprio ou de grupos corporativos, além de resguardar os interesses da escravocrata casa grande brasileira, a promotora histórica do golpe de estado bananeiro e infame contra Dilma Rousseff e da prisão injusta e covarde de Lula.
Entrementes, a Lava Jato continuará com molecagens e patifarias jurídicas por intermédio do Lawfare, palavra que significa guerra jurídica, no qual o Direito é usado como arma política, partidária e ideológica, para que os agentes políticos considerados inimigos sejam derrotados ao serem perseguidos geralmente por agentes do Estado com salários altos pagos com o dinheiro dos contribuintes. É o fim da picada...
Não se pode, portanto, dissociar os procuradores, juízes, delegados e generais, por exemplo, das classes médias que foram às ruas para dar um golpe de estado (mais um) e que vivem em guerra na internet contra as pessoas que pensam diferente dos que trilham pelo campo da direita.
A realidade é que grande parte desses servidores públicos participaram efetivamente de passeatas, protestos e carreatas, assim como tiveram atuações intensas e sistemáticas nas redes sociais, inclusive muitos deles membros da Lava Jato, não somente em Curitiba, mas também em outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, pois a verdade é que se trata de uma frente jurídica, política e partidária, que trabalha e age nos subterrâneos de Justiça, MPF e PF.
Por seu turno, aconteceu também a participação decisiva das Forças Armadas, que conspiraram contra o governo trabalhista de Dilma, além de fazerem forte pressão contra os juízes golpistas do STF, TSE e TRF-4, para que Lula fosse mantido preso, sua candidatura impugnada, além de muitos generais, naquele momento, darem declarações odientas e sórdidas contra o Partido dos Trabalhadores e seus líderes. Lawfare, cara pálida! Simples assim. Entendeu ou quer que eu desenhe?
Outrossim, ver os pobres melhorar de vida neste País, além das conquistas sociais e de consumo, fez com que essa gente da classe média provinciana, tosca e tacanha, porque indelevelmente mesquinha, de ações preconceituosas e atos de intolerância, passasse a abandonar o PSDB, partido entreguista e altamente corrupto, mas receptor até então dos votos e da confiança das “elites” brasileiras, se tornasse “objeto” do passado, sendo que o político fascista Jair Bolsonaro se transformasse em “herdeiro” da maioria dos votos dos eleitores tucanos.
Enfim, quero asseverar que o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão de Lula tem tudo a ver com preconceito e luta de classe. A perda de quatro eleições consecutivas para o PT e o impedimento de a direita novamente implementar o modelo neoliberal dos tempos de FHC na economia acarretou no golpe de 2016, além da insatisfação de políticos acomodados no Centrão, que tiveram as torneiras de estatais, órgãos e fundações fechadas. Ponto!
Os servidores golpistas e de direita da Lava Jato são os responsáveis diretos, juntamente com o Grupo Globo, Folha, Veja e CIA., pela ascensão do fascista Bolsonaro ao poder central. Um político medíocre, integrante do baixo clero, preconceituoso, violento, defensor da ditadura e da tortura, autor de pronunciamentos e declarações que envergonham profundamente a condição humana, além de exercer mandato de deputado federal por quase 30 anos, sem apresentar quaisquer projetos para melhorar as condições de vida da população brasileira ou defender os interesses do Brasil.
Os servidores públicos de inúmeras instituições e corporações, associados à imprensa de negócios privados, conforme a narrativa deste artigo, montaram um consórcio de direita, com a cooperação de FBI e Departamento de Estado dos EUA, ao ponto de a Lava Jato tratar de assuntos relativos aos interesses do País sem passar pelo crivo ou aprovação do Ministério da Justiça e do Itamaraty.
Eles realizaram rotineiramente ações, a desrespeitar criminosamente a hierarquia, bem como a cometer crimes, que se acontecessem em países sérios tais procuradores, delegados e juízes seriam sumariamente demitidos e presos por muitos anos, pois acusados de conspiração e traição, só para início de conversa.
Contudo, vamos ao que interessa: a Lava Jato chega ao fim em São Paulo sem punir um único tucano ladrão, sendo que muitos deles foram gravados, filmados, tiveram documentos retidos, assim como ocorreu a quebra dos sigilos fiscais, telefônicos, bancários e telemáticos.
Como poder isso acontecer? Ou seja, os tucanos ficaram impunes, a ter o chefe da força tarefa, cuja alcunha é Marreco, jamais e em hipótese alguma, junto com seus asseclas e partícipes do bando da Lava Jato ter sequer por um rápido momento colocar um tucano na cadeia. E tem muitos: Aécio Neves, FHC, José Serra, Geraldo Alckmin, dentre muitos tucanos de alta plumagem de outros estados, a exemplo de Beto Richa, Yeda Crusius, Marconi Perillo, Aloysio Nunes Ferreira, Antônio Anastasia e Álvaro Dias, que está fora do PSDB, mas se trata de um tucano nato...
Sérgio Moro é filho de um tucano, que é fundador do PSDB de Maringá. Tal juiz, denunciado e acusado de cometer incontáveis crimes, inclusive contra o ex-presidente Lula, é a cara e o focinho do golpe de 2016 acontecido na Bananolândia, só para termos ideia em que buraco fétido e lodoso caiu este País.
E não tem como sair do buraco com um presidente inepto ao tempo que inapto, cujo apelido é Bozo, chefe de um desgoverno ultraliberal, em que praticamente todos os números e índices sociais, econômicos e sanitários são um fracasso retumbante, que aponta para a conotação de escandaloso.
Quem não quer a Lava Jato é a direita! Ponto. Tanto é verdade que o desgoverno de extrema direita de Bolsonaro está a estrangular a Lava Jato, como também os chamados bolsominions, como se observa na Internet, querem ver o diabo, mas não querem ver o Moro, que é atacado nas redes sociais pela direita que apoia o ex-capitão do Exército.
O militar medíocre e ignorante cercado de generais elitistas, privatistas e entreguistas, que agem como subalternos dos norte-americanos, em uma subserviência vergonhosa e humilhante. E depois essa gente bate continência, hipocritamente, à bandeira nacional, quando a sociedade sabe que os militares brasileiros sempre tiveram lado: a burguesia nacional e a plutocracia internacional, pois distantes que são historicamente dos interesses do povo brasileiro e do desenvolvimento do Brasil.
A geração de generais que está no poder é a mais alienada, despolitizada, entreguista, privatista e historicamente oportunista que as Forças Armadas produziu, sem sombra de dúvida. E tenho certeza absoluta que essa gente do governo militarista não tem um único projeto de País e programas para melhorar as condições de vida do povo brasileiro.
Contudo, a força tarefa da Lava Jato é a maior farsa política e jurídica que aconteceu na história deste País com vocação para o fracasso e desimportante no mundo, porque a Casa Grande escravocrata assim quer para poder roubar e explorar em um tempo sem limites e fim. Compreendeu, companheiro?
O Brasil dos golpes de estado e do vale tudo. O País do quem pode mais chora menos. A Lava Jato agiu como um bando de porão a aplicar todo tipo de golpes acima e abaixo da cintura. Destruiu a economia do Brasil, desempregou aos milhões, quebrou grandes empresas, se valeu de ações e atos criminosos para alcançar seus interesses políticos e projeto de poder. “Já podeis da Pátria, filhos...” É isso aí.
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