Kremlin desmente Kremlin
"A Rússia pretende continuar negociando com a faca no pescoço de Zelensky", avalia Alex Solnik
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Dmitry Pescov, porta-voz do Kremlin, jogou um balde de água fria na esperança de fim próximo da guerra, insinuada pelo principal negociador russo, Vladimir Medinsky, depois da reunião de ontem, na qual a Ucrânia se comprometeu a abdicar da Otan e a Rússia a não se opor à adesão da Ucrânia à União Europeia.
“Não houve nada muito promissor”, disse ele.
Medinsky, falando também em nome do Kremlin, conselheiro de Putin que é, havia declarado que a reunião foi “um passo construtivo para chegar a um compromisso”.
A declaração de uma alta autoridade militar russa de que as hostilidades contra Kiev e Kharkiv seriam reduzidas pareceu ter sido feita em consonância com as palavras de Medinsky.
Mas não houve, na prática, qualquer recuo. Chernihiv, no entorno da capital, foi alvo de bombas, por terra e por via aérea toda a noite de terça para quarta-feira. Como também Nizhyn, a 90 km de Chernihiv. Explosões foram ouvidas em Irpin, subúrbio de Kiev.
O comentário lacônico do porta-voz de Putin deixou claro que a Rússia pretende continuar negociando com a faca no pescoço de Zelensky, sem dar ouvidos aos apelos de cessar-fogo.
Também ficou claro que Medinsky perdeu credibilidade para falar em nome do Kremlin.
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