Justus não é justo e representa a alma vazia e egoísta da burguesia brasileira

A verdade é que o grupo social e econômico do qual o empresário Roberto Justus faz parte vive, secularmente, a se valer das instituições do estado burguês para manter as vergonhosas realidades brasileiras intactas



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Pois é, meus camaradas! Os empresários brasileiros se consideram, orgulhosamente, membros da "elite" deste País e cantam loas e boas sobre suas "competências", que, de acordo com eles, consistem em um conjunto de méritos, que os levam, em coro uníssono, a evidenciar a meritocracia como forma "democrática" de acesso ao desenvolvimento social, econômico e financeiro por parte das pessoas.

Abrem a boca para falar tamanha bobagem que se alicerça em má-fé intelectual, porque sem argumentos lógicos para defender suas imensas riquezas e a boa vida de seus filhos, familiares e amigos, e por isso preferem enveredar pela falácia, farsa e mentira, de maneira a amenizar suas vidas de magnatas que dão sequência à história da escravidão deste País brutalmente desigual e violento desde os primórdios de sua lamentável história de injustiça social.

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Por sua vez, Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, asseverou sobre a questão da meritocracia, a seguir: "90% dos meninos nascidos em lares pobres morrem pobres, não importa quão capazes sejam. Mais de 90% dos meninos nascidos em lares ricos morrem ricos, não importa o quão estúpidos sejam. Portanto, o mérito não é um valor.

A verdade é que o grupo social e econômico do qual o empresário Roberto Justus faz parte vive, secularmente, a se valer das instituições do estado burguês para manter as vergonhosas realidades brasileiras intactas, de maneira a eternizar o status quo do qual usufrui sem a mínima dor de consciência, porque o que importa é concretizar seus interesses e, com efeito, manter a hegemonia de classe para todo o sempre.

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Justus "ensinava" aos participantes e aos telespectadores de seu programa mequetrefe "O Aprendiz", que mais parecia com uma arena televisiva de inspiração romana falsamente estilizada, como desmoralizar um profissional ou candidato a emprego nas suas empresas e em outras companhias, por intermédio de assédio moral e cobranças severas, que transformavam os candidatos a emprego daquele programa em monstros ou vítimas.

Entretanto, a questão primordial por parte deste articulista não é o tema meritocracia, porém, faço uma narrativa sobre ela para chegar onde eu quero, que é a viagem recente do milionário Roberto Justus aos Estados Unidos para ser vacinado contra a Covid-19, sendo que o medicamento existe no Brasil, sendo que o empresário já tem idade para tomar a vacina, de acordo com o calendário dos estados e municípios.

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Porém, não esqueçamos: A "celebridade" Roberto Justus é um brasileiro rico, com a cabecinha colonizada do brasileiro rico; com o deslumbramento cafona do brasileiro rico; com o desprezo pelo Brasil do brasileiro rico, que se se veste de verde amarelo somente para dar golpe de estado e não assinar a carteira dos trabalhadores, como faz o brasileiro rico; com a visão colonial do brasileiro rico sobre o povo; e com o sentimento de ódio de classe e inúmeros preconceitos tão caros aos brasileiros ricos.

Roberto Justos é um playboy, assim como a cara e a alma dos brasileiros ricos que amam subalternamente os Estados Unidos, mas sempre se mostram contrários que as coisas boas da gringada  malandra e esperta sejam implementadas no Brasil para o povão usufruir, afinal perderia a graça passar temporadas em Miami e ir para Orlando visitar o Mickey, o Pluto e o Donald, sempre, evidentemente, a se comportar como um Pateta.

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Ora bolas, perderia a graça viajar para fora da Terra Brasilis se o povo daqui tivesse acesso às mesmas coisas do povo de lá. Esta é a lógica sem pé nem cabeça da burguesia tacanha, bisonha e tosca do Brasil bárbaro de 300 anos de escravidão oficial e que hoje enfrenta um verdadeiro pesadelo nas mãos do fascista Jair Bolsonaro e seu desgoverno militarista, responsável maior pela crise sanitária sem precedentes, por ser um desgoverno omisso, irresponsável, negacionista, estúpido, negligente, incompetente e violento.

Será que é por isso que o milionário Roberto Justus foi para os "esteites" tomar vacina contra a covid? Não. Claro que não. Homens como o Justus não são justos. Desculpem a piada! Ele, como incontáveis milionários brasileiros, consideram-se, na verdade, norte-americanos e vivem há muitos anos nos EUA com suas mulheres e filhos.

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As proles deles que praticamente são criadas em terras yankees. E por quê? Ora, para eles, brazucas endinheirados, os EUA são mais civilizados e com menos problemas sociais, além de menor violência e miséria em comparação com o bárbaro Brasil, cujo número exponencial de moradores de ruas, por exemplo, envergonharia até o capeta — o rei do inferno.   

Justos foi tomar vacina no exterior, razão pela qual tal atitude é chamada pelos observadores e críticos de "turismo da vacina". Todavia, ele e sua mulher tiveram que, a exemplo de muitos ricos como eles, "sofrer" muito durante duas semanas. Primeiro, o casal teve que voar em um avião super confortável até o México e logo após emendar com o "sacrifício" de parar num resort de luxo, o Banyan Tree Mexico – Mayakoba. A suíte em frente ao mar onde ficaram tem piscina exclusiva. A luta pela vacina nos "esteites" foi muito dura para o casal, que desembolsou cerca de US$ 27,5 mil, ou seja, mais de R$ 144 mil.   

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Há cerca de um mês, esta é a nova prática dos ricos brasileiros, o grupo social mais alienado e descompromissado com as questões humanas em termos mundiais, sem sombra de dúvida, pois basta observar a situação calamitosa do Brasil, totalmente desorganizado em todos os setores e segmentos de atividade humana, a levar o País à bancarrota, além de ter de conviver com um empresariado predador do nível de Roberto Justus, que sempre foi desprovido de projeto de País, porque se recusa, historicamente, a pensar o Brasil para que os brasileiros possam se estabelecer em uma Pátria justa, democrática e plena de oportunidades e solidariedade. Enfim...

Justos e os empresários que fazem o ridículo turismo da vacina, a evidenciar o caráter leviano e hedonista dessa gente sem projeto para o País apoiaram o golpe de terceiro mundo contra a presidente honesta, Dilma Rousseff, deposta por uma quadrilha de golpistas que ocupou o Congresso, bem como são cúmplices em atitudes e pensamentos dos delinquentes da Lava Jato, que prenderam o ex-presidente Lula injustamente, com requintes de crueldade, a denotar total desrespeito à pessoa humana que foi vítima de armações jurídicas e policiais, como está mais do que comprovado pelas decisões inequivocadas do STF.

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Para finalizar, vale lembrar que Roberto Justus, do alto de sua vocação para ser predador e divorciado das necessidades e demandas do povo brasileiro, seguiu o pensamento torpe e lúgubre de Jair Bolsonaro em relação à propagação da Covid-19, assim como se acha melhor que a sociedade brasileira resolveu se vacinar nos EUA, volto a lembrar, tendo vacina no Brasil.

Porém, essa gente sem eira nem beira e completamente sem noção, considera-se especial, mas o interessante é que tem medo de morrer, bem como tem dor de dente e de barriga, além de precisar se alimentar e beber água para poder viver. Interessante esse tipo de gente subserviente aos ditames e interesses dos EUA, mas, paradoxalmente, tem um olhar colonial para com o povo brasileiro e seus trabalhadores.

E por que digo isso? Porque para entrar nos Estados Unidos, o "paraíso" dos brasileiros ricos e irremediavelmente colonizados e plenos de complexos de vira-latas, o casal Justos foi obrigado a fazer "quarentena" no México, que abre as portas para brazucas como o Roberto Justos, basta ele pagar um pequena fortuna, a demonstrar, ipsis litteris, que o Justus não é justo e representa a alma vazia e profundamente egoísta da burguesia brasileira. É isso aí. 

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