Juros Altos | Basta de sabotagem!

Está mais do que na hora de o BC rever sua postura e fazer o papel de uma instituição pública que trabalha em prol do País

Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto


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A manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% é sabotagem do projeto popular eleito nas urnas. É com essa frase ─ em com profunda insatisfação ─ que inicio o artigo desta semana. A deliberação descabível foi tomada em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nessa quarta-feira (21). Um tamanho descaso com o Brasil e seu povo.

Nem mesmo a pressão do governo, de empresários, das centrais sindicais e de movimentos populares, fez com que o Copom recuasse de sua política monetária. Formado pelo presidente do BC, Campos Neto ─ indicado por Bolsonaro ─, e outros diretores da instituição, o Comitê tem se mostrado um verdadeiro entrave para o crescimento econômico e social do país.

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A justificativa do Copom é que “medidas de inflação subjacente seguem acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação". Mas a verdade é que os indicadores econômicos mostram que é possível, sim, abaixar os juros. O próprio mercado já recuou de suas análises equivocadas sobre o governo Lula e projetou um novo cenário para a economia brasileira. Um cenário, diga-se de passagem, bastante promissor. Não há mais motivos para tamanha barbaridade ─ se é que houve em algum momento.

Lembra da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aquela que, em 2015, apoiou o golpe contra Dilma? Pois bem, a entidade sinalizou seu descontentamento com o BC e afirmou que “este é um momento crucial para a autoridade monetária decidir pelo início do ciclo de baixa da taxa de referência, dando fôlego à economia".

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A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) também se posicionou contra os juros altos e afirmou que o alto valor da Selic compromete a geração de empregos e "torna inviável a compra de imóveis por milhares de famílias, comprometendo o desempenho de um setor que gera 10% dos empregos formais no Brasil”.

A CUT, pioneira na mobilização pela redução dos juros, também se manifestou após a manutenção da Selic e afirmou que a taxa de 13,75% “mesmo diante de um cenário de queda da inflação e melhoria dos indicadores macroeconômicos, é um atentado ao esforço do governo para a reconstrução do Brasil”.

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E por aí vai. Empresários, trabalhadores, governo, entidades sindicais, movimentos populares, todos os setores da sociedade estão dizendo: “não aguentamos mais!”. Está mais do que na hora de o BC rever sua postura e fazer o papel de uma instituição pública que trabalha em prol do país. Queremos o Brasil crescendo, com geração de empregos com direitos, comida na mesa, inflação baixa, PIB nas alturas e o povo feliz. Mas, apesar dos esforços e do trabalho árduo de Lula, isso só será possível com a Selic baixa.

Basta de juros altos!

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