Jurgen Habermas e a volta da comunidade
Habermas fala de uma sociedade civil mundial, animada pela solidariedade de ongs, sem fronteiras nacionais
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A visão do filósofo Jurgen Habermas sobre as virtualidades solidárias da "comunidade" se insere na sua veemente crítica ao socialismo real e ao Estado de Bem-Estar europeu (o Estado providência). Isso levou seus críticos a o julgarem próximo ao neoliberalismo. Mas a crítica do filósofo parte de outros pressupostos distintos.
Ele constata que a interferência do Estado na vida social nunca é neutra, em razão do tipo de racionalidade (instrumental) que caracteriza o Estado moderno e o mercado. E propõe um outro tipo de política baseada na solidariedade, no mundo da vida ( como uma estrutura articulada pelos atos de fala locucionários) e um novo tipo de racionalidade (comunicativo).
Na verdade, pode-se dizer que é o protagonismo da chamada sociedade civil, a ação civil pública, não estatal, moldada pela iniciativa autônoma das comunidades na busca de arranjos e soluções para seus problemas. Iniciativas minadas pela interferência do Estado.
Em outros textos, Habermas fala de uma sociedade civil mundial, animada pela solidariedade de ongs, sem fronteiras nacionais. O que permitiria pensar em comunidades virtuais, através das redes, com agendas humanitárias e universais.
Essa ação pública civil voluntária ocorre por ocasião de grandes catástrofes, guerras, perseguições políticas, étnicas e religiosas. Tudo isso levaria a uma nova cidadania em rede e a um mundo sem fronteiras. Um novo conceito de sociedade civil, animada pela racionalidade comunicativa.
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