Juramento de Mourão foi de general, não de vice-presidente
"Mesmo estando dentro do Congresso para cumprir rito constitucional, Mourão explicitamente usou voz grossa para se dirigir aos poderes legislativo e judiciário e, com o timbre mais forte que Bolsonaro, transmitiu o recado de que, na lógica militar, general é superior e fala mais alto que capitão", diz o colunista Jeferson Miola. Ele lembra ainda que "antes de iniciar seu pronunciamento no Parlatório, sintomaticamente Bolsonaro pediu autorização a Mourão para falar"
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No juramento de posse feito no Congresso, o vice-presidente agiu como general expedindo ordens para a tropa da caserna. E Bolsonaro correspondeu como 1 capitão dócil e subordinado.
Não só o tom, mas o acento em certas palavras da ordem-unida esteve muitos decibéis acima daquele tom empregado pelo capitão subalterno, ou melhor, pelo presidente empossado.
O pior é a sensação que ficou, de que Mourão não se confundiu de plateia.
Mesmo estando dentro do Congresso para cumprir rito constitucional, Mourão explicitamente usou voz grossa para se dirigir aos poderes legislativo e judiciário e, com o timbre mais forte que Bolsonaro, transmitiu o recado de que, na lógica militar, general é superior e fala mais alto que capitão.
Apesar de vice eleito, Mourão pensa e age como o comandante hierarquicamente superior de 1 governo militar.
Antes de iniciar seu pronunciamento no Parlatório, sintomaticamente Bolsonaro pediu autorização a Mourão para falar.
Na primeira frase do capitão antes de proferir as bobagens que proferiu, ele pediu ao seu comandante: "Meu prezado general, com licença" ...
Esse pedido, por si só, evidencia o militarismo reinante.
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