Juízes do bem enfrentam o mal. Ainda bem!
Dos "vivas" dos homens velhos de terno preto, de colarinhos brancos e posturas frívolas descem a violência, a truculência e a gana de sangue, abatendo-se com fúria sobre crianças e adolescentes que ousam lutar pela educação pública que gera sujeitos pensantes, inteligentes, sonhadores e lutadores autônomos
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Caríssimo Dr. André Augusto Bezerra, MD Presidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD)
A associação presidida pelo senhor é digna de apoio e solidariedade. Sua postura anima a luta pelo bem em forma de justiça e democracia.
Nossa conjuntura é de polarização e confronto entre golpistas, que a tudo fazem para impor a destruição dos valores democráticos e de defesa dos direitos sociais, que nosso povo consagrou na Constituição de 1988.
O que se percebe nos atos dos golpistas são autoritarismos, estes naturalmente incapazes de diálogo, convivência pacífica e criativa com a sociedade.
Dialogar implica necessariamente em ouvir, falar, propor e recuar, quando teses precisam de correção e reformulação.
Desde 17 de abril de 2016, a partir da noite de deus, da família, dos filhos, dos netos, do moralismo, da hipocrisia, do fundamentalismo de tez fascista e das amantes não declaradas o parlamento, o judiciário e o executivo federal viraram farra de surdos, cegos e desalmados, que se dependuraram no Estado para usá-lo como ferramenta e até armas de caprichos maldosos.
Adeus à ciência. Adeus ao bom senso. Adeus à democracia. Adeus aos direitos humanos. Adeus ao respeito. Adeus à justiça.
Viva o fanatismo. Viva às convicções contra as investigações sérias e honestas. Viva as seletividades que perseguem inimigos e protegem favorecidos e corruptos, os gatos pardos dos telhados das noites tenebrosas que aviltam a democracia. Viva às decisões de juízes de primeiras instâncias, plenas de individualismos e de favorecimentos dos poderosos do mundo financeiro e imperialista. Viva o enfraquecimento do Estado para todos em favor do Estado mínimo em direitos, em cidadania e dignidade. Viva os banquetes da morte onde se convencem os inimigos do povo a serem ainda mais inimigos do povo, em meio a cardápios refinados e bebidas caras pagos com o dinheiro público.
A trama dos "vivas" do mal parece aumentar e assustar.
Dos "vivas" dos homens velhos de terno preto, de colarinhos brancos e posturas frívolas descem a violência, a truculência e a gana de sangue, abatendo-se com fúria sobre crianças e adolescentes que ousam lutar pela educação pública que gera sujeitos pensantes, inteligentes, sonhadores e lutadores autônomos.
Das festas dos "vivas" nascem decisões tresloucadas e mutiladoras de juízes entreguistas que mandam policiais sem cérebro, sem consciência e sem alma cidadã bater, prender, cortar água, luz, gás e comida de jovens que ousam pensar o não pensado da sociedade dos "vivas" sem alma brasileira.
Felizmente a juventude resiste, avança e reacende a esperança revolucionária dos que celebram a vida e a liberdade de pensar, de criar e reinventar outra sociedade que não a dos "vivas" dos bandidos desalmados.
Felizmente cresce o número de intelectuais dos corpos discentes e docentes das universidades públicas que amam barricadas contra a burrice do ministro da desuducação, o ministro golpista orientado por Alexandre Frota, que pensa que educação é filme pornô.
Felizmente, caríssimo Dr. Augusto Bezerra, o céu azul da Pátria brasileira, ameaçado pelas tempestades do horror dos banquetes dos "vivas" se ilumina com sua Associação Juízes para a Democracia (AJD).
Ao contrário de posturas de juízes menores moralmente os que compõem sua entidade alçam voo a partir da plataforma constitucional, enquanto os "vivas" rasgam nossa Constituição cidadã e republicana.
Sua congregação propõe diálogo do Estado com a juventude estudantil no confronto ao festival dos juízes e procuradores antiéticos, movidos a convicções fundamentalistas, incentivando a barbárie fascista.
O documento que sua associação produziu defende o Estatuto da Juventude e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que definem que estudantes podem manifestar-se acerca das pretendidas modificações na legislação pertinente.
A postura consignada pelo senhor e por sua associação é a negação da negação dos direitos à livre manifestação e luta das crianças, adolescentes, jovens estudantes e intelectuais, que a corriola dos "vivas" autoritariamente tenta em vão sufocar, com o objetivo de matar os movimentos de resistência ao golpe expresso na medida provisória 746/2016, que impõe a destruição da formação humanista no Ensino Médio, e na PEC 241/055, que rouba recursos para investir na educação, na saúde e no futuro do Brasil para entregá-los aos bancos.
Finalmente, num documento maravilhoso – que posto abaixo para apreciação de todos e de todas – de sua associação democrática, os senhores fazem leitura dos movimentos vitoriosos da juventude contra tudo o que a velharia assaltante dos Estados tentou impor às suas sociedades.
Essa é uma diferença fundamental em relação aos banquetes da morte promovidos pelos senhores dos "vivas": enquanto aqueles se estribam na morte, no estático, como o golpista MiShel Temer que homenageou a criminosa neoliberal Margaret Thatcher, a reflexão dos senhores projeta-se a partir dos movimentos que reformam, que derrubam escórias e até revolucionam.
Parabéns ao senhor e à Associação Juízes para a Democracia (AJD). Que regam a sociedade brasileira do bem dos juízes de bom juízo, que dão exemplo para a luta por justiça. Em tempos em que juízes se vendem para quebrar o Estado brasileiro com o objetivo de entregar nosso patrimônio pátrio às aves de rapina internacionais o documento e o testemunho democrático dos senhores são sopros na alma da luta em defesa do Brasil.
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