Juíza confirma blindagem a Flávio Bolsonaro
"Quando a juíza proíbe a exibição de provas, ela impede que a matéria tenha credibilidade. Ou seja: a matéria fica sem sustentação. E matéria sem sustentação não vai ao ar. E se a matéria não vai ao ar informações fundamentais são sonegadas à população", analisa o jornalista Alex Solnik
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A juíza que, em decisão monocrática, resolveu proibir o Jornal Nacional de exibir documentos que comprometem o senador Flávio Bolsonaro, o 01, além de atropelar o artigo 5o. da constituição, que todos os brasileiros deveriam saber de cor, talvez queira ensinar o Padre Nosso ao vigário.
Todos que um dia fizeram um curso de jornalismo ou que publicaram matérias em jornais sabem que uma boa matéria investigativa se sustenta em provas. E a melhor das provas é um documento oficial.
Quando a juíza proíbe a exibição de provas, ela impede que a matéria tenha credibilidade. Impõe que apenas as palavras possam ser veiculadas, mas não aquilo que as torna verazes.
Ou seja: a matéria fica sem sustentação.
E matéria sem sustentação não vai ao ar.
E se a matéria não vai ao ar informações fundamentais são sonegadas à população.
E trata-se, aqui, de fatos atribuídos a uma pessoa de grande relevância, pela posição que ocupa, de senador, e por ser o primogênito do presidente da República.
Esse é mais um capítulo da história que começou logo depois da eleição de Jair Bolsonaro e se constitui na sua principal preocupação desde então, tanto é que não vacilou em dar um pontapé nos fundilhos de Sérgio Moro quando o então ministro da Justiça se negou a ajudá-lo na blindagem do filho.
Enquanto Bolsonaro for presidente o inquérito será empurrado com a barriga, graças à rede bolsonarista que se estende da Polícia Federal a setores do Judiciário, dado o seu potencial destrutivo: é uma bomba que pode explodir no colo do presidente.
E tudo o que a rede bolsonarista quer é reeleger Bolsonaro.
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