Juiz não deixa estudantes comer nem dormir
Colunista do 247 Alex Solnik pede atenção da Anistia Internacional, Instituto Vladimir Herzog, Transparência Internacional e ONU para a decisão do juiz Alex Costa de Oliveira, que, para desocupar escola em Taguatinga (DF), autorizou a Polícia Militar a suspender entrada de alimentos, cortar água e luz, proibir entrada de parentes e estudantes, e "utilizar instrumentos sonoros de uso contínuo para privá-los do sono"; "Nem na ditadura de 64 se viu algo semelhante. Havia tortura institucionalizada, mas era tudo muito bem escondido e nenhum juiz militar alguma vez teve coragem de aprovar tortura de presos políticos", lembra; "Há fortes suspeitas para supor que, usando Brasília como precedente, todas as mais de 1000 escolas ocupadas atualmente poderão ser atacadas da mesma forma", alerta Solnik
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Atenção, Anistia Internacional, STF, OAB, Instituto Vladimir Herzog, Transparência Internacional, ONU!
Quando li a notícia num site de esquerda achei que fosse exagero. Mas não era não. Pela primeira vez em toda a minha vida eu vi um juiz autorizando tortura de estudantes que ocupam desde quinta-feira o Centro de Ensino Asa Branca, em Taguatinga. Isso em plena democracia!
Nem na ditadura de 64 se viu algo semelhante. Havia tortura institucionalizada, mas era tudo muito bem escondido e nenhum juiz militar alguma vez teve coragem de aprovar tortura de presos políticos.
Pois o juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal (TJDFT), autorizou a Polícia Militar a proibir na escola o acesso de parentes e amigos dos estudantes, cortar luz, a entrada de alimentos (o que ele, mata-los de fome?) e ainda permitiu, como está em seu despacho "o uso de instrumentos sonoros contínuos, direcionados ao local da ocupação, para impedir o período de sono". Isso é tortura!
Há fortes suspeitas para supor que, usando Brasília como precedente, todas as mais de 1000 escolas ocupadas atualmente poderão ser atacadas da mesma forma, se os órgão competentes e a sociedade brasileira não reagirem contra essa medida ditatorial e anticonstitucional, que atenta contra a liberdade de expressão e até a vida de jovens brasileiros.
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