Juiz de província cassa honoris causa de Lula e ratifica ser a Justiça um enclave do golpe, da burguesia e da luta de classe
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“Agora, Lula só tem 32 títulos de doutor honoris causa” — ironiza Fernando Haddad ao comentar decisão de juiz que cassou o título de doutor honoris causa concedido a Lula pela Universidade Estadual de Alagoas.
Desde a farsa do Mensalão de 2005, uma acusação e denúncia sem provas, mas estratégica da direita brasileira, por intermédio do indigesto e incorrigível, Roberto Jefferson, contra o PT, suas lideranças e, principalmente, José Dirceu, a Justiça tem atuado como interventora no processo político brasileiro ao ponto de nas eleições vindouras influenciar em eleições majoritárias, a favorecer, indubitavelmente, políticos e partidos de direita.
Ao mesmo tempo se fortalece a parceria de partidos do campo conservador com a imprensa de mercado e de negócios privados, cujo propósito era dar um golpe de estado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que imediatamente foi às ruas na região Nordeste.
Consequentemente, a direita de terceiro mundo e promotora contumaz de golpes bananeiros recuou, porque o presidente Lula estava com índices altos de aprovação popular, bem como inúmeros setores da direita ainda não estavam mobilizados, como começou acontecer a partir de 2013.
Conspirações e sublevações lideradas em conjunto com o Grupo Globo, da malfadada e golpista família Marinho. Portanto, os juízes, procuradores federais e delegados da PF se tornaram figurinhas carimbadas e passaram a se mobilizar politicamente para que, oito anos depois, uma turba de reacionários de classe média saísse às ruas ensandecida, a dar fôlego ao consórcio golpista do qual juízes de primeira instância, a exemplo de alagoano Carlos Bruno de Oliveira Ramos, fazem parte.
O juizeco de Araparica (AL) resolveu atender uma idiota candidata ou candidata idiota (a ordem dos fatores não altera o produto), a perder seu precioso tempo, que poderia ser destinado a democratizar a Justiça para que o povo de Alagoas pudesse ter acesso rápido às resoluções dos tribunais e, por conseguinte, ter seus problemas resolvidos perante a Justiça que, na verdade, apenas resolvem os problemas de seus membros, do grande empresariado urbano e rural, bem como rearruma os interesses dos políticos que representam o establishment.
A verdade é que se trata de uma Justiça que se recusa a fazer Justiça, sendo que há muito tempo seus membros estão totalmente distanciados das questões do Brasil e de seu povo. Trata-se de Justiça elitista, preconceituosa, seletiva, injusta e comprometida com os interesses empresariais, além de se auto-gratificar com mordomias, privilégios e benefícios gerados pelo Estado, que, por sua vez, é sustentado pelo contribuinte brasileiro. A resumir: juízes pequenos burgueses com punhos de renda e a disfarçar que não são sustentados pelo dinheiro suado do povo brasileiro.
Pois bem, o juiz de Arapiraca, a imitar os malfeitos de seus parceiros de primeira instância de outros rincões do País, resolveu atender à candidata do PSDB, Maria Tavares Ferro, ao que parece uma mulher mesquinha, ressentida e rancorosa, mas que está muito a fim de ficar em evidência midiática e tentar mais uma vez humilhar o ex-presidente Lula perante a sociedade brasileira e alagoana, como se todos os alagoanos e a comunidade universitária de Alagoas tivessem as cabecinhas lamentavelmente medíocres e perversas de tal juizeco e da candidata à Câmara de Maceió, Maria Tavares Ferro.
Trata-se, objetivamente, de uma tucana da “elite” do atraso e do retrocesso, que há séculos impede o desenvolvimento e a plena soberania do povo alagoano, em todos os segmentos de atividade humana. Surreal! Porém, nada que surpreenda vindo de uma direita covarde e impiedosa, infame e sórdida.
O juizeco, ao invés de se importar com assuntos mais sérios e tratar de organizar melhor as condições de trabalho dos servidores da 4ª Vara Cível de Arapiraca, para que desse modo possam dar celeridade aos processos e, com efeito, atender melhor o público, prefere enveredar pelos escaninhos da política subterrânea, onde existe um lodo fétido e tóxico, tal qual acontece desde as primeiras manifestações das hordas de direita, em 2013, com consequências tão violentas e danosas que levará o Brasil a uma tentativa de recuperação econômica e social que levará décadas, a ter como protagonistas dessa porcaria toda juízes do naipe de Carlos Bruno de Oliveira Ramos.
A dupla “dinâmica” Maria Tavares Ferro e Carlos Bruno de Oliveira Ramos, anônimos, arrogantes e intolerantes, resolveram dar voz aos covardes que infestam como ratos a internet e às ruas, pois a intimidar e insultar toda e qualquer voz que não pense igual à extrema direita que chegou ao poder central, por meio de um golpe de estado contra Dilma Rousseff e que teve desdobramentos com a prisão injusta e injustificável de Lula, para que ele não fosse candidato e pudesse lutar para vencer as eleições presidenciais de 2018.
A que ponto chega essa mesma direita ao tentar viabilizar, absurdamente, o fechamento definitivo do Partido dos Trabalhadores, o partido reformista mais importante de toda a história republicana deste País azarado e fadado eternamente ao fracasso e que hoje está nas mãos de uma extrema direita totalmente incompetente e odienta, a ter como prova para que eu digo os números e índices negativos em todos os segmentos e setores econômicos, sociais e ambientais. Trata-se, realmente, de um fracasso retumbante.
Entretanto, e apesar da situação falimentar em que se encontra este País de juízes partidarizados, ideologizados, que tem lado e se negam a fazer Justiça, porque se submeteram à vaidade, à iniquidade, à ignorância e ao analfabetismo político, a dupla dinâmica das Alagoas achou por bem fazer tal covardia para dar sequência ao linchamento moral da imagem de Lula, a terem os monopólios midiáticos, corruptos e meramente de mercado como parceiros, pois o propósito é manter Lula sob constante pressão, de forma que ele seja impedido de fazer política e viajar pelo País com assertividade.
E por quê? Por dois motivos. O primeiro é o preconceito de classe e origem enraizado na sociedade brasileira, assim como na Justiça e no Legislativo. O segundo motivo é porque se aproximam as eleições municipais e nada como ter o Lula para cometer covardias, safadezas e sandices, que essa gente intelectualmente limitada e espiritualmente atrasada pensa que dessa forma o manterá sob seu domínio.
Certamente que outra finalidade para ação tão calhorda e ordinária perpetrada pelo juizeco e candidata tucana é demonizar o PT e criar confusão e amparo nas hordas da direita, de maneira também que a comunidade universitária recorra à Justiça para que a decisão monocrática e estúpida desse juiz caia por terra. Quem pensa que Lula se submete a covardias está redondamente enganado e basicamente perdido em suas próprias convicções tão deletérias e dignas dos egoístas e perversos.
Lula provou e comprovou, no decorrer de sua vida, que nunca pediu e pedirá licença para a burguesia nacional para pensar e fazer política, pois homem corajoso e resiliente, que somente terá paz após sua morte, sendo que muitos broncos e ogros ainda continuarão a insultá-lo por ele ter tido a ousadia de fazer um Brasil forte e respeitado, soberano e democrático, além de ter incluído o povo pobre e remediado no orçamento da União. É isto, cara pálida, foi demais para as burguesias e pequenas burguesias de ignorâncias atrozes, que se consideram brancas e superiores, porque passaram em um concurso ou fizeram faculdade. A verdade é que essa gente detestou ver seus empregados melhorar de vida e ter acesso ao consumo. Ponto.
Contudo, vamos ao que mais interessa: o juiz Carlos Bruno de Oliveira Ramos resolveu fazer política, inadvertidamente, como estão a fazer os juízes, nacionalmente, desde que o PT assumiu o poder em 2003, de forma gradativa, ao ponto de o País, em 2020, estar totalmente dividido e economicamente quebrado. São números econômicos, sociais, sanitários e ambientais reais e verdadeiros, conforme indicadores publicados pelo IBGE, Ibama, Funasa, Funai, Anvisa, Inpe, Banco Central, Ministério da Economia, FMI, Bird e Fundação Getúlio Vargas.
Não tem para onde correr para manipular tais números e índices extremamente negativos. O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro e seus apoiadores de Justiça, MPF e PF, além dos generais podem tentar mentir, manipular, distorcer e rebater com agressividade a confirmação do gigantesco fracasso econômico, mas não adianta: uma hora, por mais que demore, a conta vai vir alta e esses golpistas terão seus galardões justos em forma de punição. Não somente a punição da Justiça, mas, sobretudo, do retorno que a vida dá aos que apoiaram malfeitos para derrubar uma presidente legítima e honesta, a exemplo de Dilma Rousseff.
Além disso, Lula está aos poucos a derrubar as acusações e denúncias levianas e criminosas imputadas a ele por parte do bando da Lava Jato, cuja força tarefa está a ser destroçada pelos fascistas que estão no poder central, bem como se percebe que tal juizeco das Alagoas não está nem aí para os donos do poder que estão a acabar com a Lava Jato, que morreu nas mãos de Bolsonaro. E aí, juiz de Arapiraca, não era o Fernando Haddad com o apoio de Lula que iria dar fim à criminosa força tarefa, aquela que por anos cometeu crimes em série e acusou e denunciou sem provas?
Porém, e apesar tudo, o juiz e a candidata tucana só tem o Lula na cabeça, e pensaram com raciocínios dignos de camarões: “Por que a gente não anula o ‘doutor honoris causa’ do Lula, concedido pela Universidade Estadual? Dane-se a comunidade acadêmica! A idiotia e a mediocridade é que valem mais...” Porque não é possível, assim como comento a ilegalidade do pedido da Maria Tavares Ferro e a decisão estapafúrdia do juiz Carlos Bruno de Oliveira Ramos.
Vamos à explicação. O pedido da tucana mesquinha e ressentida para cassar o título de doutor honoris causa concedido a Lula, em 2017, teve decisão liminar negada. Depois, o MP se manifestou pelo o arquivamento da ação mequetrefe da tucana candidata a vereadora. Mesmo assim o juiz perdeu seu precioso tempo a cassar homenagem de honoris causa, a fim dar continuidade à política rasteira, covarde e persecutória que membros da Justiça resolveram implementar no Brasil e, com efeito, manter sob seu jugo perverso e calhorda figuras históricas como o presidente Lula. Não é incrível, o sentimento fortíssimo de classe por parte desse juiz provinciano, que se deve achar o suprassumo da própria razão de existir? Lamentável!
Por seu turno, Flávio Dino, o governador do Maranhão, afirmou: (...) Trata-se de uma série de “amontoados de erros jurídicos”. Evidentemente que a finalidade é anular o honoris causa a Lula ao bel-prazer do juiz Carlos Bruno. Evidentemente que é uma ação política de má-fé jurídica e moralmente incompatível com a magistratura. Todavia, até os mortos e os recém-nascidos sabem e compreendem que a Justiça se partidarizou e, por sua vez, tornou-se uma dos poderes judiciários mais improdutivos e injustos do mundo.
Flávio Dino disse ainda: “Houve invasão na esfera da autonomia universitária e da discricionariedade administrativa. E decisão não passa no teste da ‘reserva de consistência’ por uma razão objetiva: o ex-presidente Lula possui dezenas de títulos em dezenas de universidades”. Não é impressionante, cara pálida. É assim que a banda toca nesses pagos da América do Sul.
O que o juiz envolvido na luta de classe irá fazer agora? Lutar para que as dezenas de homenagens a Lula nas universidades nacionais e internacionais sejam cassadas? Como pode, fico sempre a me perguntar, uma pessoa que faz Direito ser tão injusta, mesquinha e inconsequente, porque coloca à frente suas convicções e crenças dignas da profundidade de uma novela mexicana.
Como disse Fernando Haddad: “Agora Lula só tem 32 títulos de doutor honoris causa”. O ex-presidente nunca pediu para ser homenageado, porque cidadão reconhecido no mundo. Juiz de província cassa honoris causa de Lula e ratifica ser a Justiça um dos enclaves do golpe, da burguesia e da luta de classe. É isso aí.
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