Jovens sem futuro: acesso ao FIES despenca sob Temer
Pesquisa divulgada nesta terça-feira 25 pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mostra quer as restrições impostas pelo governo Temer para o acesso ao FIES, o número de estudantes universitários beneficiados despencou; em 2014, 730 mil jovens cursavam uma faculdade graças ao financiamento governamental; este ano, o número caiu para meros 150 mil; "Não faltam vagas, falta compromisso do governo com o futuro da juventude brasileira. Este ano, segundo a ABMES, 40% delas não foram preenchidas por causa das novas exigências para o financiamento do curso", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel
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Uma pesquisa divulgada hoje pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES, confirma o esperado. Com as restrições impostas pelo governo Temer para o acesso ao FIES, o número de estudantes universitários beneficiados despencou. Em 2014, 730 mil jovens cursavam uma faculdade graças ao financiamento governamental. Este ano, o número caiu para meros 150 mil. A pesquisa foi realizada em quatro capitais: Rio, São Paulo, Salvador e Porto Alegre.
Não faltam vagas, falta compromisso do governo com o futuro da juventude brasileira. Este ano, segundo a ABMES, 40% delas não foram preenchidas por causa das novas exigências para o financiamento do curso.
A frustração também é grande. Segundo a pesquisa, sete em cada dez estudantes gostariam de ingressar no ensino superior logo após concluir o ensino médio. No entanto, 76% deles dizem ter adiado o ingresso na faculdade por absoluta falta de condições financeiras para pagar as mensalidade. Ou seja, por não terem conseguido o acesso a bolsas ou ao FIES.
A pesquisa ouviu também jovens que já concluíram o ensino médio e constatou que 62% deles gostariam de ter ido para a faculdade mas que 52% desistiram pelo mesmo motivo. Falta de dinheiro para bancar o curso, falta de bolsa ou de financiamento.
Já entre os pais, 78% gostariam que os filhos não parassem de estudar após concluir o ensino médio mas 62% dizem que isso acontece porque não conseguem ser aprovadas nas universidades públicas e não conseguem meios para bancar escolas particulares: nem bolsas, nem financiamento. E como conseguir emprego é praticamente impossível nesta recessão para um jovem inexperiente, eles acabam virando nem-nem. Nem trabalham, nem estudam.
Conseguir um bom emprego no futuro é apontado por pais (67%) e filhos (66%) como a principal motivação para o ingresso no ensino superior. Eles também apontam que é uma exigência do mercado de trabalho - 39% para pais e 28% dos filhos.
Discursando em seminário do PT nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exortou os militantes a denunciarem o desmonte das políticas públicas de educação, conclamando os ex-ministros Fernando Haddad e Aloisio Mercadante a participarem deste esforço.
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